Mãe manteve contato com padrasto de torturar filhos mesmo após denúncia em Jardinópolis, SP, diz delegadoon julho 21, 2022 at 8:02 am
- julho 21, 2022 Também investigada por tortura, Caroline Menezes de Lima foi presa na quarta-feira (20). Segundo delegado, casal continuou junto após meninos de 4 e 7 anos terem sido espancados. Mãe de crianças agredidas em Jardinópolis é presa
Presa na quarta-feira (20) por suspeita de torturar os filhos de 4 e 7 anos em Jardinópolis (SP), Caroline Menezes de Lima, de 22 anos, manteve contato com o padrasto das crianças mesmo após a denúncia de que ele havia espancado os meninos com fio e chinelo. A afirmação é do delegado André Baldochi, que investiga o caso.
Deivid dos Santos, de 21 anos, também teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira pela Justiça, mas é considerado foragido. Em contato com a defesa do suspeito, Baldochi espera que Santos se apresente à delegacia nesta quinta-feira (21). Ele também é investigado por tortura.
“Ela continua conversando com o companheiro. Quando eu falei que até meio-dia nós vamos ter alguma novidade sobre ele, é porque nós estamos monitorando, inclusive hoje nós já conversamos com ela e ela disse que conversou com ele duas ou três vezes, demonstrando que eles estão juntos e que ela realmente está alheia aos fatos. Ela está tranquila como se nada tivesse acontecido.”
Segundo o delegado, há pelo menos dois meses a mãe tinha conhecimento de agressões cometidas pelo companheiro contra os filhos dela. No entanto, Caroline não teria participado diretamente das agressões na quarta-feira (13), quando as crianças tiveram os rostos desfigurados.
Inicialmente, Caroline foi considerada omissa, mas acabou indiciada por tortura. Baldochi juntou elementos do Código Penal e da lei federal que especifica o crime.
“É uma questão jurídica. O Código Penal fala em uma participação menor ou algum grau de participação. A própria lei da tortura fala que aquele que tem o dever de evitar e não o faz é considerado autor também. Não estamos nos pautando só pelo Código Penal, mas também na lei de tortura. Então o padrasto é por tortura direta e ela, por não evitar que isso ocorresse.”
Caroline de Menezes Lima foi presa por suspeita de tortura contra filhos em Jardinópolis (SP)
Bruno Bellomi/CBN Ribeirão
Violência não é recente
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) emitido na segunda-feira (18) atestou que além das lesões que os deixaram desfigurados há uma semana, os meninos tinham marcas mais antigas de violência pelo corpo, inclusive de queimaduras.
Baldochi disse que os meninos, de 4 e 7 anos, foram espancados na quarta-feira (13), e não na quinta-feira (14) como a família havia informado antes. Caroline teria tentado esconder a situação.
“A mãe, depois de quarta-feira, ficou com as crianças, tentou esconder da família e só viu que a situação era grave quando foi ao hospital e não conseguiu esconder.”
Deivid Santos é suspeito de agredir os enteados de 4 e 7 anos em Jardinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Informalmente, as crianças contaram aos conselheiros tutelares que eram agredidas com frequência pelo padrasto. Pai do menino de 4 anos, Vitor Manoel Zeferino, disse que o filho relatou ter apanhado de chinelo, de fio, além de ter recebido chutes e socos.
Em depoimento à Polícia Civil, Caroline apresentou versões contraditórias, segundo o delegado. O Conselho Tutelar informou que já havia histórico de agressões contra os irmãos.
Quedas causaram marcas, diz mãe
O delegado disse que Caroline se surpreendeu com a ordem de prisão contra ela nesta quarta-feira, negou qualquer tipo de envolvimento no crime e se manteve tranquila.
Na sexta-feira (15), quando o caso foi denunciado à Polícia Civil, a mãe contou que chegou em casa de madrugada após o trabalho e encontrou os filhos feridos. Depois, seguiu para o pronto-socorro municipal com as crianças. Na porta da delegacia, ela disse que o companheiro não estava em casa, mas que os vizinhos informaram ter ouvido o barulho das agressões.
Menino de 4 anos foi agredido com sapatadas no rosto em Jardinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Sobre as marcas mais antigas no corpo dos filhos, Caroline justificou que foram causadas por quedas porque os meninos são travessos.
“Ela disse que eles eram crianças arteiras, travessas, que viviam caindo, né? Mas com marcas de queimaduras, com marcas assim bem específicas de que não é de um machucado simples, um machucado de alguém que caiu ou um ralado, e sim de alguém que levou um golpe com algum instrumento contundente”, diz.
O delegado da Polícia Civil de Jardinópolis, André Baldochi
Fabio Junior/EPTV
O delegado informou que cerca de dez testemunhas prestaram depoimento, inclusive a atual sogra de Caroline, que contou à polícia ter sido procurada por Caroline na quinta-feira para esconder a gravidade do quadro dos filhos.
“Realmente só veio à tona depois que não teve jeito, que ela teve que levar as crianças ao hospital porque a situação, vocês viram, era grave e veio à tona. A própria sogra dela, a mãe do padrasto, do foragido, a própria sogra falou que a mãe a procurou para esconder isso daí.”
Após a denúncia, as crianças, que são irmãs por parte de mãe, foram entregues aos respectivos pais e se recuperam.
Por determinação judicial, Caroline está proibida de se aproximar dos filhos até que a investigação seja concluída.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoTambém investigada por tortura, Caroline Menezes de Lima foi presa na quarta-feira (20). Segundo delegado, casal continuou junto após meninos de 4 e 7 anos terem sido espancados. Mãe de crianças agredidas em Jardinópolis é presa
Presa na quarta-feira (20) por suspeita de torturar os filhos de 4 e 7 anos em Jardinópolis (SP), Caroline Menezes de Lima, de 22 anos, manteve contato com o padrasto das crianças mesmo após a denúncia de que ele havia espancado os meninos com fio e chinelo. A afirmação é do delegado André Baldochi, que investiga o caso.
Deivid dos Santos, de 21 anos, também teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira pela Justiça, mas é considerado foragido. Em contato com a defesa do suspeito, Baldochi espera que Santos se apresente à delegacia nesta quinta-feira (21). Ele também é investigado por tortura.
“Ela continua conversando com o companheiro. Quando eu falei que até meio-dia nós vamos ter alguma novidade sobre ele, é porque nós estamos monitorando, inclusive hoje nós já conversamos com ela e ela disse que conversou com ele duas ou três vezes, demonstrando que eles estão juntos e que ela realmente está alheia aos fatos. Ela está tranquila como se nada tivesse acontecido.”
Segundo o delegado, há pelo menos dois meses a mãe tinha conhecimento de agressões cometidas pelo companheiro contra os filhos dela. No entanto, Caroline não teria participado diretamente das agressões na quarta-feira (13), quando as crianças tiveram os rostos desfigurados.
Inicialmente, Caroline foi considerada omissa, mas acabou indiciada por tortura. Baldochi juntou elementos do Código Penal e da lei federal que especifica o crime.
“É uma questão jurídica. O Código Penal fala em uma participação menor ou algum grau de participação. A própria lei da tortura fala que aquele que tem o dever de evitar e não o faz é considerado autor também. Não estamos nos pautando só pelo Código Penal, mas também na lei de tortura. Então o padrasto é por tortura direta e ela, por não evitar que isso ocorresse.”
Caroline de Menezes Lima foi presa por suspeita de tortura contra filhos em Jardinópolis (SP)
Bruno Bellomi/CBN Ribeirão
Violência não é recente
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) emitido na segunda-feira (18) atestou que além das lesões que os deixaram desfigurados há uma semana, os meninos tinham marcas mais antigas de violência pelo corpo, inclusive de queimaduras.
Baldochi disse que os meninos, de 4 e 7 anos, foram espancados na quarta-feira (13), e não na quinta-feira (14) como a família havia informado antes. Caroline teria tentado esconder a situação.
“A mãe, depois de quarta-feira, ficou com as crianças, tentou esconder da família e só viu que a situação era grave quando foi ao hospital e não conseguiu esconder.”
Deivid Santos é suspeito de agredir os enteados de 4 e 7 anos em Jardinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Informalmente, as crianças contaram aos conselheiros tutelares que eram agredidas com frequência pelo padrasto. Pai do menino de 4 anos, Vitor Manoel Zeferino, disse que o filho relatou ter apanhado de chinelo, de fio, além de ter recebido chutes e socos.
Em depoimento à Polícia Civil, Caroline apresentou versões contraditórias, segundo o delegado. O Conselho Tutelar informou que já havia histórico de agressões contra os irmãos.
Quedas causaram marcas, diz mãe
O delegado disse que Caroline se surpreendeu com a ordem de prisão contra ela nesta quarta-feira, negou qualquer tipo de envolvimento no crime e se manteve tranquila.
Na sexta-feira (15), quando o caso foi denunciado à Polícia Civil, a mãe contou que chegou em casa de madrugada após o trabalho e encontrou os filhos feridos. Depois, seguiu para o pronto-socorro municipal com as crianças. Na porta da delegacia, ela disse que o companheiro não estava em casa, mas que os vizinhos informaram ter ouvido o barulho das agressões.
Menino de 4 anos foi agredido com sapatadas no rosto em Jardinópolis, SP
Reprodução/EPTV
Sobre as marcas mais antigas no corpo dos filhos, Caroline justificou que foram causadas por quedas porque os meninos são travessos.
“Ela disse que eles eram crianças arteiras, travessas, que viviam caindo, né? Mas com marcas de queimaduras, com marcas assim bem específicas de que não é de um machucado simples, um machucado de alguém que caiu ou um ralado, e sim de alguém que levou um golpe com algum instrumento contundente”, diz.
O delegado da Polícia Civil de Jardinópolis, André Baldochi
Fabio Junior/EPTV
O delegado informou que cerca de dez testemunhas prestaram depoimento, inclusive a atual sogra de Caroline, que contou à polícia ter sido procurada por Caroline na quinta-feira para esconder a gravidade do quadro dos filhos.
“Realmente só veio à tona depois que não teve jeito, que ela teve que levar as crianças ao hospital porque a situação, vocês viram, era grave e veio à tona. A própria sogra dela, a mãe do padrasto, do foragido, a própria sogra falou que a mãe a procurou para esconder isso daí.”
Após a denúncia, as crianças, que são irmãs por parte de mãe, foram entregues aos respectivos pais e se recuperam.
Por determinação judicial, Caroline está proibida de se aproximar dos filhos até que a investigação seja concluída.
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