‘Invadida’, diz mulher que teve partes íntimas fotografadas enquanto fazia compras de saia em Sertãozinho, SPon março 12, 2022 at 2:01 pm

Vítima estava distraída e foi alertada por funcionárias de loja que viram a ação. Polícia Civil instaurou inquérito por registro não autorizado da intimidade sexual. Homem fotografa por baixo de saia de mulher em loja de Sertãozinho, SP
“Invadida”. É como se sente a professora de 36 anos que teve as partes íntimas fotografadas enquanto estava de saia em uma loja em Sertãozinho (SP). Ela fazia compras no domingo (6) e não percebeu a atitude do homem desconhecido, que se aproveitou da distração dela para se aproximar e tirar a foto.
“Invadida é uma palavra pequena [para descrever a sensação]. Eu sou mãe, eu tenho marido. Eu não tinha uma saia curta, mas mesmo que tivesse, eu estava no meu direito. Eu estava fazendo uma compra, uma boa ação para as pessoas com quem eu trabalho, e um cara pervertido vai ter uma imagem dos meus órgãos genitais.”
As imagens mostram quando o homem de camisa rosa e bermuda entra na loja, por volta das 11h57, e cobre parte do rosto com as mãos, porque está sem máscara. Ele observa as pessoas e segue para o fundo da loja. (Veja no vídeo acima.)
Cerca de dois minutos depois, a câmera registra o homem em um dos corredores. Ele se abaixa atrás da vítima e estende o braço para fotografá-la por baixo da saia. Uma funcionária que caminhava em direção ao corredor percebe a movimentação e volta para avisar as colegas. Em seguida, o homem vai embora.
De acordo com a vítima, as funcionárias da loja tentaram impedir o suspeito de ir embora, mas ele subiu em uma bicicleta e fugiu.
Câmera registra quando homem fotografa partes íntimas de mulher que usava saia, em loja de Sertãozinho, SP
Reprodução/Câmeras de segurança
A professora só percebeu a ação ao ser alertada pelas funcionárias. O marido dela, que estava em outro corredor, também não viu o homem.
“Eu olhei e ela [funcionária] falou: ‘o cara entrou, tirou foto debaixo da sua saia e saiu’. Eu entrei em estado de choque, porque não acreditava no que estava ouvindo. A gerente estava de folga, o segurança de folga, e eu fiquei paralisada internamente. Meu marido veio, ficou perto de mim, eu terminei a compra e fui embora.”
Abalo emocional
A mulher diz que ficou emocionalmente abalada. Na terça-feira, ela teve acesso às imagens das câmeras de segurança e, desde então, não consegue dormir ou comer direito.
“Eu me sinto muito violada. Eu tenho tentado não deixar transparecer para o meu filho, para o meu marido, porque é um sofrimento muito grande. É um absurdo, um absurdo. Eu acordo já passando mal, não tenho conseguido me alimentar bem”, diz.
Homem caminha por loja em Sertãozinho, SP, e observa clientes antes de fotografar partes íntimas de mulher
Reprodução/Câmeras de segurança
Denúncia à polícia
A vítima procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na sexta-feira (10) e registrou um boletim de ocorrência por crime contra a dignidade sexual, de acordo com o artigo 216-B do Código Penal.
A pena é de seis meses a um ano de prisão mais multa para quem produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização.
Como não percebeu a ação, a mulher desconfia que ele possa ter feito outras vítimas pela cidade. Segundo a professora, as funcionárias da loja disseram o homem não é cliente da loja e que nunca foi visto por elas no estabelecimento.
“Em Sertãozinho, nunca ouvi falar nada parecido, muito menos dentro de um comércio. Eu espero que ele seja identificado porque eu mesma não vi. Então pode ter acontecido em outros lugares.”
A vítima diz ter sido desencorajada por policiais militares de registrar a ocorrência. Mesmo assim, reforça a importância de denúncias como essa serem levadas até as autoridades.
“Eu acho que a gente se sente um pouco desamparada, porque acha que não vai virar nada, que é mais um papel ali. Eu ouvi de polícia mesmo isso. ‘Ah, você pode fazer a denúncia, mas é mais um papel, não vai virar nada’. Isso é um desamparo muito grande para a mulher.”
A Delegacia de Defesa da Mulher de Sertãozinho instaurou inquérito policial. As investigações tramitam sob sigilo, por se tratar de crime sexual.
Quem tiver informações que possam levar a polícia ao suspeito pode fazer denúncia de forma anônima pelo telefone 181.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoVítima estava distraída e foi alertada por funcionárias de loja que viram a ação. Polícia Civil instaurou inquérito por registro não autorizado da intimidade sexual. Homem fotografa por baixo de saia de mulher em loja de Sertãozinho, SP
“Invadida”. É como se sente a professora de 36 anos que teve as partes íntimas fotografadas enquanto estava de saia em uma loja em Sertãozinho (SP). Ela fazia compras no domingo (6) e não percebeu a atitude do homem desconhecido, que se aproveitou da distração dela para se aproximar e tirar a foto.
“Invadida é uma palavra pequena [para descrever a sensação]. Eu sou mãe, eu tenho marido. Eu não tinha uma saia curta, mas mesmo que tivesse, eu estava no meu direito. Eu estava fazendo uma compra, uma boa ação para as pessoas com quem eu trabalho, e um cara pervertido vai ter uma imagem dos meus órgãos genitais.”
As imagens mostram quando o homem de camisa rosa e bermuda entra na loja, por volta das 11h57, e cobre parte do rosto com as mãos, porque está sem máscara. Ele observa as pessoas e segue para o fundo da loja. (Veja no vídeo acima.)
Cerca de dois minutos depois, a câmera registra o homem em um dos corredores. Ele se abaixa atrás da vítima e estende o braço para fotografá-la por baixo da saia. Uma funcionária que caminhava em direção ao corredor percebe a movimentação e volta para avisar as colegas. Em seguida, o homem vai embora.
De acordo com a vítima, as funcionárias da loja tentaram impedir o suspeito de ir embora, mas ele subiu em uma bicicleta e fugiu.
Câmera registra quando homem fotografa partes íntimas de mulher que usava saia, em loja de Sertãozinho, SP
Reprodução/Câmeras de segurança
A professora só percebeu a ação ao ser alertada pelas funcionárias. O marido dela, que estava em outro corredor, também não viu o homem.
“Eu olhei e ela [funcionária] falou: ‘o cara entrou, tirou foto debaixo da sua saia e saiu’. Eu entrei em estado de choque, porque não acreditava no que estava ouvindo. A gerente estava de folga, o segurança de folga, e eu fiquei paralisada internamente. Meu marido veio, ficou perto de mim, eu terminei a compra e fui embora.”
Abalo emocional
A mulher diz que ficou emocionalmente abalada. Na terça-feira, ela teve acesso às imagens das câmeras de segurança e, desde então, não consegue dormir ou comer direito.
“Eu me sinto muito violada. Eu tenho tentado não deixar transparecer para o meu filho, para o meu marido, porque é um sofrimento muito grande. É um absurdo, um absurdo. Eu acordo já passando mal, não tenho conseguido me alimentar bem”, diz.
Homem caminha por loja em Sertãozinho, SP, e observa clientes antes de fotografar partes íntimas de mulher
Reprodução/Câmeras de segurança
Denúncia à polícia
A vítima procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na sexta-feira (10) e registrou um boletim de ocorrência por crime contra a dignidade sexual, de acordo com o artigo 216-B do Código Penal.
A pena é de seis meses a um ano de prisão mais multa para quem produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização.
Como não percebeu a ação, a mulher desconfia que ele possa ter feito outras vítimas pela cidade. Segundo a professora, as funcionárias da loja disseram o homem não é cliente da loja e que nunca foi visto por elas no estabelecimento.
“Em Sertãozinho, nunca ouvi falar nada parecido, muito menos dentro de um comércio. Eu espero que ele seja identificado porque eu mesma não vi. Então pode ter acontecido em outros lugares.”
A vítima diz ter sido desencorajada por policiais militares de registrar a ocorrência. Mesmo assim, reforça a importância de denúncias como essa serem levadas até as autoridades.
“Eu acho que a gente se sente um pouco desamparada, porque acha que não vai virar nada, que é mais um papel ali. Eu ouvi de polícia mesmo isso. ‘Ah, você pode fazer a denúncia, mas é mais um papel, não vai virar nada’. Isso é um desamparo muito grande para a mulher.”
A Delegacia de Defesa da Mulher de Sertãozinho instaurou inquérito policial. As investigações tramitam sob sigilo, por se tratar de crime sexual.
Quem tiver informações que possam levar a polícia ao suspeito pode fazer denúncia de forma anônima pelo telefone 181.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Quer aprender como investir no mercado financeiro de forma segura e eficiente de forma automatizada?

Conheça o Scalper Trader Auto Bot, Agora!