
Fenasucro 2022: empresa coloca em testes dispositivo que move drones a partir do etanolon agosto 18, 2022 at 1:16 pm
- agosto 18, 2022 Tecnologia converte o derivado da cana em energia elétrica. Sistema pode dar mais autonomia a equipamentos usados na agricultura. VÍDEO: Sistema usa etanol para dar mais autonomia a drone
Um dispositivo desenvolvido por uma empresa de Sorocaba (SP) é o primeiro do mundo a permitir o funcionamento de drones com etanol. A tecnologia (veja acima), apresentada na 28ª edição da Fenasucro & Agrocana, que vai até esta sexta-feira (19) em Sertãozinho (SP), deve possibilitar maior praticidade e economia nas operações e que o abastecimento seja feito em postos de combustíveis.
A ideia foi do engenheiro mecânico João Vitor Valentin Arruda, de 26 anos. Em 2019, quando ele terminava o curso superior na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), começou a projetar um sistema de motor híbrido movido a etanol que promete substituir as baterias de lítio e dar mais autonomia a diversos tipos de drones, entre eles os modelos utilizados na agricultura.
Drone movido a etanol está em testes no interior de São Paulo
Divulgação/Liconic
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A partir de estudos de tecnologia, de problemas apontados por agricultores e da participação em um congresso da Força Aérea Brasileira (FAB), Arruda fundou a Liconic Technology para concluir o desenvolvimento e divulgar o produto: um hibridizador, que converte, por meio de um processo de combustão em um microgerador, a energia do combustível em eletricidade.
Esse dispositivo é conectado aos drones no lugar das baterias, o que dá uma autonomia aos veículos de até quatro horas e, segundo o engenheiro, é capaz de reduzir os custos, em média, em 40%.
O projeto é ousado: promover, aos poucos, a substituição das baterias, que são importadas, pelo combustível nacional.
“O etanol é uma soberania do Brasil. Pensamos ‘poxa, por que não fazer um drone a etanol?’. Um drone de 25 quilos tem, geralmente, de nove a doze minutos de voo. A gente consegue aumentar esse tempo para 13, 15 minutos, ou até, em outras aplicações, sem ancoragem de sensores, até quatro horas”, diz.
O engenheiro mecânico João Vitor Valentin Arruda
Lucas Faleiros
Testes
O dispositivo está sendo testado por em usinas sucroenergéticas pela Vibra Energia, empresa que nasceu de uma ex-subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora, que já manifestou interesse em aderir ao etanol de forma definitiva.
A Vibra controla os drones à distância para fazer entregas de peças, mas, segundo Arruda, o veículo também poderia ser utilizado no campo para pulverização, monitoramento de áreas, contagem de gado, além de transportar vários tipos de itens.
Após os testes, uma das propostas é que Liconic produza o dispositivo e o integre a fabricantes de drones. Os agricultores e industriais contratariam os serviços da empresa sorocabana, que ficaria responsável pela operação e manutenção do equipamento alugado,
Além dos drones, a Liconic trabalha com sistemas a etanol para outros setores industriais e para veículos elétricos.
Tecnologia converte etanol em energia elétrica e dá mais autonomia a drones
Divulgação/Liconic
Aviação e bioenergia
O etanol já é utilizado no espaço aéreo brasileiro há algum tempo. A Embraer deu início à empreitada em 2004 com o avião agrícola Ipanema, totalmente movido com o biocombustível. Segundo a companhia, a aeronave foi capaz de reduzir custos de operação e o impacto ambiental, além de que o etanol aumentou o desempenho dela.
Paulo Montabone, diretor da Fenasucro, afirma que o segmento sucroenergético brasileiro demonstra, a cada dia, grande capacidade de produzir novas soluções a partir das demandas ambientais.
“Quando pensamos em uma solução, sempre temos de levar em conta a pegada de carbono dela. Um drone a bateria tem metais pesados e baixa autonomia, o que pode ser resolvido pelo funcionamento a etanol, que ainda é ambientalmente correto. Tem também o avião a etanol da Embraer. Conforme surge uma solução que prejudica o planeta, o setor responde com outra que pode ajudar”.
*Colaborou Lucas Faleiros
Veja mais notícias do campo na região de Ribeirão Preto
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A ideia foi do engenheiro mecânico João Vitor Valentin Arruda, de 26 anos. Em 2019, quando ele terminava o curso superior na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), começou a projetar um sistema de motor híbrido movido a etanol que promete substituir as baterias de lítio e dar mais autonomia a diversos tipos de drones, entre eles os modelos utilizados na agricultura.
Drone movido a etanol está em testes no interior de São Paulo
Divulgação/Liconic
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Esse dispositivo é conectado aos drones no lugar das baterias, o que dá uma autonomia aos veículos de até quatro horas e, segundo o engenheiro, é capaz de reduzir os custos, em média, em 40%.
O projeto é ousado: promover, aos poucos, a substituição das baterias, que são importadas, pelo combustível nacional.
“O etanol é uma soberania do Brasil. Pensamos ‘poxa, por que não fazer um drone a etanol?’. Um drone de 25 quilos tem, geralmente, de nove a doze minutos de voo. A gente consegue aumentar esse tempo para 13, 15 minutos, ou até, em outras aplicações, sem ancoragem de sensores, até quatro horas”, diz.
O engenheiro mecânico João Vitor Valentin Arruda
Lucas Faleiros
Testes
O dispositivo está sendo testado por em usinas sucroenergéticas pela Vibra Energia, empresa que nasceu de uma ex-subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora, que já manifestou interesse em aderir ao etanol de forma definitiva.
A Vibra controla os drones à distância para fazer entregas de peças, mas, segundo Arruda, o veículo também poderia ser utilizado no campo para pulverização, monitoramento de áreas, contagem de gado, além de transportar vários tipos de itens.
Após os testes, uma das propostas é que Liconic produza o dispositivo e o integre a fabricantes de drones. Os agricultores e industriais contratariam os serviços da empresa sorocabana, que ficaria responsável pela operação e manutenção do equipamento alugado,
Além dos drones, a Liconic trabalha com sistemas a etanol para outros setores industriais e para veículos elétricos.
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Divulgação/Liconic
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O etanol já é utilizado no espaço aéreo brasileiro há algum tempo. A Embraer deu início à empreitada em 2004 com o avião agrícola Ipanema, totalmente movido com o biocombustível. Segundo a companhia, a aeronave foi capaz de reduzir custos de operação e o impacto ambiental, além de que o etanol aumentou o desempenho dela.
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“Quando pensamos em uma solução, sempre temos de levar em conta a pegada de carbono dela. Um drone a bateria tem metais pesados e baixa autonomia, o que pode ser resolvido pelo funcionamento a etanol, que ainda é ambientalmente correto. Tem também o avião a etanol da Embraer. Conforme surge uma solução que prejudica o planeta, o setor responde com outra que pode ajudar”.
*Colaborou Lucas Faleiros
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