
Candidatos a governador de SP no g1: Haddad, Tarcísio e Rodrigo falaram na primeira semana; confira destaqueson agosto 27, 2022 at 5:00 am
- agosto 27, 2022 Série do g1 entrevistou, ao vivo, postulantes ao governo paulista que registraram mais de 6% de intenções de voto na pesquisa Ipec de 15 de agosto. Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia
Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo, Leco Viana/Thenews2/Estadão Conteúdo, Alex Silva/Estadão Conteúdo
O g1 entrevistou na última semana, ao vivo, os três candidatos ao governo de São Paulo que tiveram 6% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto. Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) ficaram frente a frente com Alan Severiano, apresentador do SP1, em entrevistas com uma hora de duração transmitidas direto do estúdio em São Paulo.
Os outros sete candidatos foram entrevistados por 20 minutos, em gravações sem corte que serão exibidas entre 29 de agosto e 6 de setembro. Veja ordem e data de exibição das entrevistas gravadas:
Antonio Jorge (DC) – 29/8 – 13h
Elvis Cezar (PDT) – 30/8 – 13h
Gabriel Colombo (PCB) – 31/8 – 13h
Altino Júnior (PSTU) – 1º/9 – 13h
Carol Vigliar (UP) – 2/9 – 13h
Vinicius Poit (Novo) – 5/9 – 13h
Edson Dorta (PCO) – 6/9 – 13h
Confira, abaixo, um resumo do principais momentos das entrevistas.
Fernando Haddad (PT)
O ex-prefeito da capital, que foi entrevistado na terça-feira (23), ao ser questionado sobre como vai lidar com os seis partidos que compõem sua base aliada (PT, PC do B, PV, PSB, PSOL e Rede), disse que prefere lidar com eles do que com o Centrão e que “se puder”, vai “isolar o Centrão”.
“Eu acho que esses partidos que compõem a base, são seis partidos, eles estão no mesmo campo, campo do centro, centro-esquerda. Têm perspectivas aparentadas, embora não sejam as mesmas. Eu prefiro isso do que ter o Centrão na minha base. O Centrão é um grande mal para o país.”
Haddad também fez uma avaliação sobre as mudanças vividas pelo seu partido e pelo PSDB, adversário histórico em eleições. Segundo ele, tanto o PT quanto o PSDB sofreram mudanças simbólicas nos últimos anos e a chegada de João Doria, ex-governador de São Paulo, ao PSDB descaracterizou o partido.
“O PT mudou e o PSDB mudou demais com o Doria na carreira pública. A origem do PSDB era muito democrata. [Mário] Covas, o próprio Geraldo. O Doria empurrou o partido mais para a direita, apoiou o Bolsonaro em 2018 e trouxe o Rodrigo Garcia do DEM para o PSDB, o que fez a saída do Geraldo. Mudou muito o PSDB em virtude da alteração dos quadros”, afirmou.
O petista afirmou que pretende criar um piso salarial para os policiais e que quer rever todos os contratos da área da saúde, que hoje é praticamente gerenciada por organizações sociais, com repasses do estado.
Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Tarcísio afirmou na entrevista, realizada na segunda (22), que policiais da Rota não devem usar câmera em uniformes. Apesar de indicadores mostrarem uma redução de 46% na letalidade policial após a adoção de câmeras em uniformes de policiais, o candidato, que é contrário à medida, disse: “Me preocupa, por exemplo, a questão de uma tropa especial estar usando uma câmera. Será que cabe a câmera pra tropa especial? A Rota, a tropa de choque”.
“Na minha opinião, não [deve usar câmera], na minha opinião, é incompatível com o tipo de atuação, com a natureza de atuação que ela tem. E quem disse que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera. Por que você não acredita que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera?”
O ex-ministro da Infraestrutura afirmou também que será necessário “revisitar” o contrato com a concessionária ViaMobilidade, que opera as Linhas 8 e 9 de trens e coleciona problemas desde que assumiu a operação.
“Temos as linhas 8 e 9, que passaram por processo de concessão e estão apresentando muitos problemas, aí temos que revisitar esse contrato, fazer com que ele seja cumprido. Que aqueles indicadores de performance sejam cumpridos, para que possamos melhorar a prestação de serviço.”
Tarcísio diz que isso pode ser feito “aplicando os instrumentos contratuais, aplicação de multa. Para isso temos o instrumento da encampação, caducidade, acho que tem que mostrar a mão pesada do Estado e precisa mostrar que tem um poder concedente que vai atuar dentro do contrato”.
Ao ser questionado sobre como será sua relação com os movimentos sociais caso seja eleito, e se vai se sentar também com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), afirmou também que irá conversar “com todo mundo”.
O candidato ressaltou que pretende fazer a regularização fundiária em parceria com as prefeituras.
“A atuação junto à prefeitura é fundamental para que a gente possa compartilhar experiência e adequar planos diretores para que eles saiam do conceito e consigam migrar para a prática, que a gente consiga, por exemplo, adensar mais gente onde você tem melhor infraestrutura de saneamento e de transporte, isso não pode ficar só no papel, tem que se tornar uma questão viva”, disse.
Rodrigo Garcia (PSDB)
Entrevistado na quarta (23), o atual governador do estado e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia disse não querer apoio de candidatos à Presidência e afirmou que não será “palanque de presidente da República”.
“Eu não estou aqui como candidato a governador à reeleição para dar palanque pra presidente da República. Eu não fui forjado dentro de um projeto de poder do PT nem de um projeto da família Bolsonaro pra ser candidato a governador de São Paulo, eu sou candidato da minha história, meu padrinho é toda a minha história, história de acertos e erros como todos nós cometemos.”
Sobre saúde, o atual governador também prometeu zerar a fila de cirurgias e negou que o estado tenha perdido o protagonismo na campanha de vacinação contra a Covid-19.
“O meu compromisso é até o final do ano nós não termos mais essa fila de cirurgias. Zerar dessas pessoas que estavam na fila. Natural que entrem outras pessoas.”
Segundo ele, São Paulo “é o estado que mais vacina. Eu entendi que os prefeitos pudessem assumir esse protagonista. São Paulo é fornecedor para as prefeituras. A decisão de crianças foi tomada por outros municípios mesmo sem saber se tinha doses disponíveis. Não vejo perda de protagonismo”.
Ao comentar sobre redução da carga tributária, disse que o estado “tem seus limites” e ressaltou que as unidades da federação precisam de apoio federal para manter a arrecadação.
“Se o governo federal não ajudar estados, por exemplo, e se o Brasil não voltar a crescer, nós teremos muitas dificuldades. Tudo que o estado poder fazer para segurar as tarifas nós vamos fazer, mas o estado tem os seus limites.”Série do g1 entrevistou, ao vivo, postulantes ao governo paulista que registraram mais de 6% de intenções de voto na pesquisa Ipec de 15 de agosto. Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia
Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo, Leco Viana/Thenews2/Estadão Conteúdo, Alex Silva/Estadão Conteúdo
O g1 entrevistou na última semana, ao vivo, os três candidatos ao governo de São Paulo que tiveram 6% ou mais na pesquisa Ipec de 15 de agosto. Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) ficaram frente a frente com Alan Severiano, apresentador do SP1, em entrevistas com uma hora de duração transmitidas direto do estúdio em São Paulo.
Os outros sete candidatos foram entrevistados por 20 minutos, em gravações sem corte que serão exibidas entre 29 de agosto e 6 de setembro. Veja ordem e data de exibição das entrevistas gravadas:
Antonio Jorge (DC) – 29/8 – 13h
Elvis Cezar (PDT) – 30/8 – 13h
Gabriel Colombo (PCB) – 31/8 – 13h
Altino Júnior (PSTU) – 1º/9 – 13h
Carol Vigliar (UP) – 2/9 – 13h
Vinicius Poit (Novo) – 5/9 – 13h
Edson Dorta (PCO) – 6/9 – 13h
Confira, abaixo, um resumo do principais momentos das entrevistas.
Fernando Haddad (PT)
O ex-prefeito da capital, que foi entrevistado na terça-feira (23), ao ser questionado sobre como vai lidar com os seis partidos que compõem sua base aliada (PT, PC do B, PV, PSB, PSOL e Rede), disse que prefere lidar com eles do que com o Centrão e que “se puder”, vai “isolar o Centrão”.
“Eu acho que esses partidos que compõem a base, são seis partidos, eles estão no mesmo campo, campo do centro, centro-esquerda. Têm perspectivas aparentadas, embora não sejam as mesmas. Eu prefiro isso do que ter o Centrão na minha base. O Centrão é um grande mal para o país.”
Haddad também fez uma avaliação sobre as mudanças vividas pelo seu partido e pelo PSDB, adversário histórico em eleições. Segundo ele, tanto o PT quanto o PSDB sofreram mudanças simbólicas nos últimos anos e a chegada de João Doria, ex-governador de São Paulo, ao PSDB descaracterizou o partido.
“O PT mudou e o PSDB mudou demais com o Doria na carreira pública. A origem do PSDB era muito democrata. [Mário] Covas, o próprio Geraldo. O Doria empurrou o partido mais para a direita, apoiou o Bolsonaro em 2018 e trouxe o Rodrigo Garcia do DEM para o PSDB, o que fez a saída do Geraldo. Mudou muito o PSDB em virtude da alteração dos quadros”, afirmou.
O petista afirmou que pretende criar um piso salarial para os policiais e que quer rever todos os contratos da área da saúde, que hoje é praticamente gerenciada por organizações sociais, com repasses do estado.
Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Tarcísio afirmou na entrevista, realizada na segunda (22), que policiais da Rota não devem usar câmera em uniformes. Apesar de indicadores mostrarem uma redução de 46% na letalidade policial após a adoção de câmeras em uniformes de policiais, o candidato, que é contrário à medida, disse: “Me preocupa, por exemplo, a questão de uma tropa especial estar usando uma câmera. Será que cabe a câmera pra tropa especial? A Rota, a tropa de choque”.
“Na minha opinião, não [deve usar câmera], na minha opinião, é incompatível com o tipo de atuação, com a natureza de atuação que ela tem. E quem disse que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera. Por que você não acredita que ela não vai seguir a lei não estando com a câmera?”
O ex-ministro da Infraestrutura afirmou também que será necessário “revisitar” o contrato com a concessionária ViaMobilidade, que opera as Linhas 8 e 9 de trens e coleciona problemas desde que assumiu a operação.
“Temos as linhas 8 e 9, que passaram por processo de concessão e estão apresentando muitos problemas, aí temos que revisitar esse contrato, fazer com que ele seja cumprido. Que aqueles indicadores de performance sejam cumpridos, para que possamos melhorar a prestação de serviço.”
Tarcísio diz que isso pode ser feito “aplicando os instrumentos contratuais, aplicação de multa. Para isso temos o instrumento da encampação, caducidade, acho que tem que mostrar a mão pesada do Estado e precisa mostrar que tem um poder concedente que vai atuar dentro do contrato”.
Ao ser questionado sobre como será sua relação com os movimentos sociais caso seja eleito, e se vai se sentar também com representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), afirmou também que irá conversar “com todo mundo”.
O candidato ressaltou que pretende fazer a regularização fundiária em parceria com as prefeituras.
“A atuação junto à prefeitura é fundamental para que a gente possa compartilhar experiência e adequar planos diretores para que eles saiam do conceito e consigam migrar para a prática, que a gente consiga, por exemplo, adensar mais gente onde você tem melhor infraestrutura de saneamento e de transporte, isso não pode ficar só no papel, tem que se tornar uma questão viva”, disse.
Rodrigo Garcia (PSDB)
Entrevistado na quarta (23), o atual governador do estado e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia disse não querer apoio de candidatos à Presidência e afirmou que não será “palanque de presidente da República”.
“Eu não estou aqui como candidato a governador à reeleição para dar palanque pra presidente da República. Eu não fui forjado dentro de um projeto de poder do PT nem de um projeto da família Bolsonaro pra ser candidato a governador de São Paulo, eu sou candidato da minha história, meu padrinho é toda a minha história, história de acertos e erros como todos nós cometemos.”
Sobre saúde, o atual governador também prometeu zerar a fila de cirurgias e negou que o estado tenha perdido o protagonismo na campanha de vacinação contra a Covid-19.
“O meu compromisso é até o final do ano nós não termos mais essa fila de cirurgias. Zerar dessas pessoas que estavam na fila. Natural que entrem outras pessoas.”
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