
Aumento das exportações para o Chile impulsiona recuperação das fábricas de calçado em Franca, SPon fevereiro 25, 2022 at 10:40 pm
- fevereiro 25, 2022 País já ocupa a segunda posição como principal destino de calçados produzidos na cidade. Mão-de-obra pode ser necessária em breve. Chile supera Argentina como 2º destino das exportações dos calçados de Franca, SP
O Chile tem se tornado um dos principais destinos de exportação de calçados de Franca (SP) na América do Sul. A Argentina, que sempre ocupou o segundo lugar, perdeu a posição em outubro de 2020 e viu as vendas para o país caíram 90%.
Fábrica em Franca (SP) exporta 500 dos 1.200 pares produzidos por dia
Reprodução/EPTV
“Com o Chile, a gente praticamente não tinha negócio. O Chile hoje representa o segundo país [em exportações na América do Sul], isso porque a gente voltou a trabalhar agora, mas começou a ser um país interessante”, diz José Rosa Jacometti, administrador de uma fábrica na cidade onde 500 dos 1.200 pares produzidos por dia vão para fora do Brasil.
Em crise desde 2000, a Argentina perdeu lugar para o Chile nas exportações. De acordo com o economista Adnan Jebailey, dois fatores explicam a situação.
“Primeiro, a gente tem a questão que toda recessão econômica, em qualquer país, o foco é gastar o dinheiro com os bens essenciais. Calçado não é uma coisa que se compra todos os meses, então você compra ao longo do tempo e o processo de vestuário, de maneira geral, acaba não sendo um consumo cotidiano para a população”.
O segundo fator, segundo ele, é a valorização do dólar. “Quando você entra em uma recessão econômica, você tem um descompasso do dólar no sistema de valorização da moeda, no caso da Argentina, o peso. Então, tudo isso torna muito mais complexo e muito mais difícil importar, por conta da desvalorização da moeda local. Mas também, quando o produto chega, você acaba não tendo consumo suficiente, então, mesmo estando inserido no processo do Mercosul, o que acontece é que esses dois fatores acabam estancando o processo de importação”.
Além da crise na Argentina, o Chile se beneficia de um tratado firmado com o governo brasileiro no ano passado para melhorar as relações comerciais entre os dois países.
“Isso acabou reduzindo as taxas aduaneiras, reduzindo muitos tributos de exportação brasileira e, inclusive, de importação por parte do Chile, o que favoreceu o Chile”.
Para José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), outro fator que contribui para o Chile se tornar o segundo país que mais compra sapatos de Franca é a rápida recuperação econômica do país desde o surgimento da covid-19.
“Nossa torcida é para que tanto Argentina quanto Chile continuem disputando o segundo lugar nas importações dos nossos calçados. São dois países interessantes para nós. O equilíbrio na economia está entre a indústria estar exportando e também trabalhando no mercado interno”.
Se o mercado continuar em ascensão, as fábricas em Franca ainda vão precisar contratar mão de obra, aquecendo ainda mais a economia.
“Daqui para frente, se as exportações dos Estados Unidos voltarem a comprar e se os países do Mercosul voltarem a comprar como comprava antes, com certeza, vai ter procura da mão de obra novamente”, diz Jacometti.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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O Chile tem se tornado um dos principais destinos de exportação de calçados de Franca (SP) na América do Sul. A Argentina, que sempre ocupou o segundo lugar, perdeu a posição em outubro de 2020 e viu as vendas para o país caíram 90%.
Fábrica em Franca (SP) exporta 500 dos 1.200 pares produzidos por dia
Reprodução/EPTV
“Com o Chile, a gente praticamente não tinha negócio. O Chile hoje representa o segundo país [em exportações na América do Sul], isso porque a gente voltou a trabalhar agora, mas começou a ser um país interessante”, diz José Rosa Jacometti, administrador de uma fábrica na cidade onde 500 dos 1.200 pares produzidos por dia vão para fora do Brasil.
Em crise desde 2000, a Argentina perdeu lugar para o Chile nas exportações. De acordo com o economista Adnan Jebailey, dois fatores explicam a situação.
“Primeiro, a gente tem a questão que toda recessão econômica, em qualquer país, o foco é gastar o dinheiro com os bens essenciais. Calçado não é uma coisa que se compra todos os meses, então você compra ao longo do tempo e o processo de vestuário, de maneira geral, acaba não sendo um consumo cotidiano para a população”.
O segundo fator, segundo ele, é a valorização do dólar. “Quando você entra em uma recessão econômica, você tem um descompasso do dólar no sistema de valorização da moeda, no caso da Argentina, o peso. Então, tudo isso torna muito mais complexo e muito mais difícil importar, por conta da desvalorização da moeda local. Mas também, quando o produto chega, você acaba não tendo consumo suficiente, então, mesmo estando inserido no processo do Mercosul, o que acontece é que esses dois fatores acabam estancando o processo de importação”.
Além da crise na Argentina, o Chile se beneficia de um tratado firmado com o governo brasileiro no ano passado para melhorar as relações comerciais entre os dois países.
“Isso acabou reduzindo as taxas aduaneiras, reduzindo muitos tributos de exportação brasileira e, inclusive, de importação por parte do Chile, o que favoreceu o Chile”.
Para José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), outro fator que contribui para o Chile se tornar o segundo país que mais compra sapatos de Franca é a rápida recuperação econômica do país desde o surgimento da covid-19.
“Nossa torcida é para que tanto Argentina quanto Chile continuem disputando o segundo lugar nas importações dos nossos calçados. São dois países interessantes para nós. O equilíbrio na economia está entre a indústria estar exportando e também trabalhando no mercado interno”.
Se o mercado continuar em ascensão, as fábricas em Franca ainda vão precisar contratar mão de obra, aquecendo ainda mais a economia.
“Daqui para frente, se as exportações dos Estados Unidos voltarem a comprar e se os países do Mercosul voltarem a comprar como comprava antes, com certeza, vai ter procura da mão de obra novamente”, diz Jacometti.
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