‘Verdade sempre vem à tona’, dizem pais de menino com AME após Justiça arquivar investigação de desvio de verba das doaçõeson julho 27, 2022 at 11:54 am
- julho 27, 2022 Campanha em Ribeirão Preto, SP, foi alvo de inquérito no Ministério Público. De acordo com promotor, denunciantes não apresentavam provas que indicassem crime dos pais. Alexandre e Marina, pais do menino Joaquim Okano Marques
Valdinei Malaguti/EPTV/arquivo
Ao anunciar nas redes sociais que a Justiça arquivou o inquérito que investigava denúncias de desvio de verba da campanha “AME Joaquim” em Ribeirão Preto (SP), os pais de Joaquim Okano Marques, portador de atrofia muscular espinhal (AME), comemoraram a decisão.
Em texto publicado no perfil da campanha no Instagram, Alexandre Stenio Marques e Marina Ambrósio Marques chamaram de boatos as denúncias feitas contra eles e disseram que as investigações causaram apuros aos cuidados com a família.
“Esses apuros foram causados por boatos injustificadamente lançados ao vento, por pessoas mal-intencionadas, que tentaram colocar em descrédito a família do Joaquim. Mas a verdade sempre vem à tona, para que Justiça se faça. Esse dia chegou! Findaram todas as investigações sobre as calúnias divulgadas e agora a notícia que todos aqui já esperavam é oficial: as denúncias foram arquivadas”.
A publicação ainda reproduz trechos do parecer do promotor José Ademir Campos Borges, responsável pelas investigações. No dia 5 de julho ele enviou a solicitação de arquivamento para a Justiça de Ribeirão Preto, que aceitou no dia seguinte.
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Denúncias
A campanha “AME Joaquim” foi criada em 2016 pela família do menino com intuito de angariar fundos ao tratamento de Joaquim.
A família conseguiu arrecadar R$ 3 milhões em 2017, inclusive, com ajuda de famosos. A verba, segundo os familiares, foi usada para a compra do medicamento Spinraza, lançado nos Estados Unidos para conter os avanços da doença.
No entanto, em 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público começaram a investigar denúncias de que parte do dinheiro estava sendo usado para benefício próprio dos pais e familiares, com gastos pessoais e não só de forma exclusiva para a campanha.
Quebra de sigilo
No início do inquérito e após colher indícios de crime, o Ministério Público pediu a quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas relacionadas à campanha até o valor de R$ 300 mil. Agora, após decisão da Justiça, as contas e os valores foram desbloqueados.
Ainda segundo o MP, os pais do menino Joaquim foram ouvidos e negaram desvio do valor. O caso estava em segredo de Justiça, mas o parecer da promotoria foi disponibilizado aos seguidores da família no perfil do Instagram.
“Informaram que a campanha começou em dezembro de 2016. O valor do tratamento era exorbitante. A Unimed, depois de longa demanda judicial, arcou com o tratamento. Contudo, além da medicação, tiveram vários gastos astronômicos que giravam em torno de Joaquim. Ao final, descobriram que na Itália havia um tratamento eficaz e gratuito. Então, tomara providências para que a criança lá fosse tratada”, escreveu o promotor José Ademir Campos Borges no pedido de arquivamento à Justiça.
De acordo com o MP, o pai de Joaquim disse que uma amiga da família ajudou com as despesas do tratamento do menino e que arcou com gastos pessoais do casal, como o casamento, o que foi confirmado pelo depoimento da testemunha e documentos.
O pai de Joaquim produziu um cofre para arrecadar fundos para o tratamento do filho que possui uma doença rara
Gustavo Tonetto/G1/arquivo
Parecer do Ministério Público
O pai confirmou ao Ministério Público que, na primeira campanha de arrecadação para o tratamento de Joaquim, o valor era depositado em uma conta virtual e depois ia para uma conta do Banco Bradesco. Na segunda campanha, o dinheiro ia para o Banco do Brasil.
O promotor informou que foram analisados extratos bancários das duas contas, declarações de Imposto de Renda de Alexandre, informações sobre a empresa online que fez a “vaquinha” da campanha e cópias de processos que comprovam a doença de Joaquim e os gastos que a família precisava ter com o tratamento, como notas fiscais. Os denunciantes do caso foram ouvidos, assim como outras testemunhas.
“De concreto nada trouxeram aos autos capaz de auxiliar nas investigações para relevar estivessem os pais da criança levando uma vida nababesca por conta de desvios de dinheiro obtido na campanha”, escreveu o promotor.
Além do arquivamento do inquérito, a Justiça também desbloqueou os valores nas contas da família.
Marina e Alexandre com o filho Joaquim
Valdinei Malaguti/EPTV/arquivo
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre a regiãoCampanha em Ribeirão Preto, SP, foi alvo de inquérito no Ministério Público. De acordo com promotor, denunciantes não apresentavam provas que indicassem crime dos pais. Alexandre e Marina, pais do menino Joaquim Okano Marques
Valdinei Malaguti/EPTV/arquivo
Ao anunciar nas redes sociais que a Justiça arquivou o inquérito que investigava denúncias de desvio de verba da campanha “AME Joaquim” em Ribeirão Preto (SP), os pais de Joaquim Okano Marques, portador de atrofia muscular espinhal (AME), comemoraram a decisão.
Em texto publicado no perfil da campanha no Instagram, Alexandre Stenio Marques e Marina Ambrósio Marques chamaram de boatos as denúncias feitas contra eles e disseram que as investigações causaram apuros aos cuidados com a família.
“Esses apuros foram causados por boatos injustificadamente lançados ao vento, por pessoas mal-intencionadas, que tentaram colocar em descrédito a família do Joaquim. Mas a verdade sempre vem à tona, para que Justiça se faça. Esse dia chegou! Findaram todas as investigações sobre as calúnias divulgadas e agora a notícia que todos aqui já esperavam é oficial: as denúncias foram arquivadas”.
A publicação ainda reproduz trechos do parecer do promotor José Ademir Campos Borges, responsável pelas investigações. No dia 5 de julho ele enviou a solicitação de arquivamento para a Justiça de Ribeirão Preto, que aceitou no dia seguinte.
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Denúncias
A campanha “AME Joaquim” foi criada em 2016 pela família do menino com intuito de angariar fundos ao tratamento de Joaquim.
A família conseguiu arrecadar R$ 3 milhões em 2017, inclusive, com ajuda de famosos. A verba, segundo os familiares, foi usada para a compra do medicamento Spinraza, lançado nos Estados Unidos para conter os avanços da doença.
No entanto, em 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público começaram a investigar denúncias de que parte do dinheiro estava sendo usado para benefício próprio dos pais e familiares, com gastos pessoais e não só de forma exclusiva para a campanha.
Quebra de sigilo
No início do inquérito e após colher indícios de crime, o Ministério Público pediu a quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas relacionadas à campanha até o valor de R$ 300 mil. Agora, após decisão da Justiça, as contas e os valores foram desbloqueados.
Ainda segundo o MP, os pais do menino Joaquim foram ouvidos e negaram desvio do valor. O caso estava em segredo de Justiça, mas o parecer da promotoria foi disponibilizado aos seguidores da família no perfil do Instagram.
“Informaram que a campanha começou em dezembro de 2016. O valor do tratamento era exorbitante. A Unimed, depois de longa demanda judicial, arcou com o tratamento. Contudo, além da medicação, tiveram vários gastos astronômicos que giravam em torno de Joaquim. Ao final, descobriram que na Itália havia um tratamento eficaz e gratuito. Então, tomara providências para que a criança lá fosse tratada”, escreveu o promotor José Ademir Campos Borges no pedido de arquivamento à Justiça.
De acordo com o MP, o pai de Joaquim disse que uma amiga da família ajudou com as despesas do tratamento do menino e que arcou com gastos pessoais do casal, como o casamento, o que foi confirmado pelo depoimento da testemunha e documentos.
O pai de Joaquim produziu um cofre para arrecadar fundos para o tratamento do filho que possui uma doença rara
Gustavo Tonetto/G1/arquivo
Parecer do Ministério Público
O pai confirmou ao Ministério Público que, na primeira campanha de arrecadação para o tratamento de Joaquim, o valor era depositado em uma conta virtual e depois ia para uma conta do Banco Bradesco. Na segunda campanha, o dinheiro ia para o Banco do Brasil.
O promotor informou que foram analisados extratos bancários das duas contas, declarações de Imposto de Renda de Alexandre, informações sobre a empresa online que fez a “vaquinha” da campanha e cópias de processos que comprovam a doença de Joaquim e os gastos que a família precisava ter com o tratamento, como notas fiscais. Os denunciantes do caso foram ouvidos, assim como outras testemunhas.
“De concreto nada trouxeram aos autos capaz de auxiliar nas investigações para relevar estivessem os pais da criança levando uma vida nababesca por conta de desvios de dinheiro obtido na campanha”, escreveu o promotor.
Além do arquivamento do inquérito, a Justiça também desbloqueou os valores nas contas da família.
Marina e Alexandre com o filho Joaquim
Valdinei Malaguti/EPTV/arquivo
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