
Universitários em coma alcoólico: organização de festa no interior de SP nega ter forçado alunos a beberon maio 30, 2025 at 8:02 am
- maio 30, 2025 Dois calouros da Unesp de Jaboticabal (SP) chegaram a ser internados em estado grave no fim de semana. Advogada de comissão da ‘Festa dos 100 dias’ diz que internações são casos isolados ocorridos dentro de repúblicas. Trote e coma alcoólico: polícia começa a ouvir testemunhas em Jaboticabal
A comissão da “Festa dos 100 dias” nega ter forçado universitários de Jaboticabal (SP) a consumir bebidas alcoólicas no último fim de semana, quando dois calouros da Unesp foram internados em estado grave e chegaram a ser entubados porque, segundo os pais, foram submetidos a trotes degradantes com álcool e drogas.
As internações ocorreram no domingo (25), em um evento que teve desfile de trio elétrico pelas ruas próximas às repúblicas e que antecedia a festa marcada para segunda-feira (26) para celebrar os 100 dias restantes até a formatura de alunos da universidade.
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Advogada da comissão organizadora da “Festa dos 100 dias”, Valkíria Xavier confirma que, embora tenha havido consumo e distribuição de bebidas alcoólicas, os eventuais excessos ocorreram dentro das repúblicas, por responsabilidade dos próprios estudantes.
“O que acontece é que houve excesso por parte dos jovens e de forma alguma eu quero culpabilizar cada um pelo ocorrido, mas houve excesso de ingestão de bebida alcoólica, mas não houve essa ingestão de bebida forçada por parte de ninguém ali. (…) Eles estavam celebrando ali, estavam distribuindo bebidas para os amigos deles e os moradores da república deles”, afirma.
Segundo denúncias de familiares, calouros foram obrigados a beber, além de comer alho e cebola, para que conseguissem pulseiras para a “Festa dos 100 dias”, que acabou adiado depois do que ocorreu. De acordo com a Prefeitura, sete estudantes passaram a mal e precisaram ser atendidos na UPA.
Cinco foram liberados ainda no domingo, mas dois foram parar na UTI em coma alcoólico. Eles já receberam alta.
Imagens em redes sociais mostram festa no domingo (25), quando universitários passaram mal após ingestão de bebida alcoólica em Jaboticabal (SP).
Reprodução/ Redes sociais
O caso foi registrado como lesão corporal pela Polícia Civil, que investiga o caso. Além disso, as autoridades querem saber o que tinha na bebida ingerida pelos alunos.
A Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal abriu uma apuração preliminar e começou a ouvir estudantes envolvidos.
A ‘Festa dos 100 dias’ e o ‘esquenta’ no fim de semana
Segundo Valkíria, a “Festa dos 100 dias”, que acabou adiada este ano, é um evento tradicional em Jaboticabal, mas com entrada limitada, e por isso os formandos da Unesp convidam outros alunos por meio da distribuição de pulseiras a critério das repúblicas.
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Geralmente, antes dessa festa, os estudantes se reúnem no fim de semana em uma chácara e, na volta à cidade, no domingo, continuam as comemorações com um trio elétrico passando pelas repúblicas – são 32 casas onde moram cerca de 80 estudantes.
No dia 25, esse evento começou por volta das 20h e terminou cerca de uma hora depois, segundo Valkíria.
“Eles dão de brinde dois litros de pinga por formando pra eles levarem para a república festejarem com o pessoal que mora ali. As pessoas que moram ali nas repúblicas, os estudantes, já sabem que vão retornar no domingo, que vai ter esse desfile com o trio elétrico, com música e tudo mais, então eles já ficam ali dentro das repúblicas com uma espécie de ‘esquenta’ esperando eles chegarem com esse trio elétrico”, explica.
Estudantes foram atendidos na UPA após passarem mal durante festa universitária em Jaboticabal, SP.
Jefferson Severiano Neves/EPTV
Jovens bebem, mas ninguém é forçado, diz advogada
Valkíria confirma que os estudantes das repúblicas bebem antes e durante o desfile, mas cada um a seu critério. Ela também explica que é comum os estudantes que não bebem usarem cartazes indicativos.
“Existe o consumo de bebida, lógico, na hora em que eles estão passando com o trio, quando encerra essa passagem, eles também permanecem ali fora, na praça, ficam ali curtindo, o que não houve foi um trote. Quem não bebe tem uma placa bem grande de papelão escrito ‘não bebo’. Tem foto das pessoas com essas placas em todos os eventos que eles fazem justamente para identificarem e não oferecerem bebida.”
A advogada ressalta que a comissão organizadora da Festa dos 100 dias, formada por cerca de 20 pessoas, não tem qualquer relação com os eventuais excessos de consumo dos estudantes.
“O que é importante frisar é que não foi um trote, não houve essa ingestão de bebida forçada por parte de ninguém ali, pelo menos não por parte da comissão organizadora do evento dos 100 dias e dos formandos que estavam ali confraternizando.”
Valkíria Xavier, advogada da comissã organizadora da Festa dos 100 dias em Jaboticabal (SP).
Ronaldo Gomes/EPTV
Ela também nega que a comissão tenha qualquer participação na forma como as pulseiras da festa são distribuídas dentro das repúblicas dos formandos.
“Existe uma cota de pulseiras distribuídas para cada formando. Cada formando ali leva em torno de dez pulseiras de acesso ao evento. A forma como esses formandos vão distribuir dentro da própria república é a critério de cada um.”
Para Valkíria, quem se sentiu lesado ou obrigado a beber deve procurar a polícia e identificar os responsáveis.
“Cada república tem uma dinâmica entre si, não estou dizendo que isso é certo ou que isso é errado, mas é a dinâmica deles, quem se sentiu lesado diretamente por um formando ou por um veterano que mora ali com eles em república precisam relatar isso ao delegado. O que não pode é colocar um grupo inteiro, uma comissão organizadora, são 17 alunos que organizaram esse evento dos 100 dias que nem aconteceu, responsabilizar por atitudes individuais de uns e de outros.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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As internações ocorreram no domingo (25), em um evento que teve desfile de trio elétrico pelas ruas próximas às repúblicas e que antecedia a festa marcada para segunda-feira (26) para celebrar os 100 dias restantes até a formatura de alunos da universidade.
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Advogada da comissão organizadora da “Festa dos 100 dias”, Valkíria Xavier confirma que, embora tenha havido consumo e distribuição de bebidas alcoólicas, os eventuais excessos ocorreram dentro das repúblicas, por responsabilidade dos próprios estudantes.
“O que acontece é que houve excesso por parte dos jovens e de forma alguma eu quero culpabilizar cada um pelo ocorrido, mas houve excesso de ingestão de bebida alcoólica, mas não houve essa ingestão de bebida forçada por parte de ninguém ali. (…) Eles estavam celebrando ali, estavam distribuindo bebidas para os amigos deles e os moradores da república deles”, afirma.
Segundo denúncias de familiares, calouros foram obrigados a beber, além de comer alho e cebola, para que conseguissem pulseiras para a “Festa dos 100 dias”, que acabou adiado depois do que ocorreu. De acordo com a Prefeitura, sete estudantes passaram a mal e precisaram ser atendidos na UPA.
Cinco foram liberados ainda no domingo, mas dois foram parar na UTI em coma alcoólico. Eles já receberam alta.
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Reprodução/ Redes sociais
O caso foi registrado como lesão corporal pela Polícia Civil, que investiga o caso. Além disso, as autoridades querem saber o que tinha na bebida ingerida pelos alunos.
A Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal abriu uma apuração preliminar e começou a ouvir estudantes envolvidos.
A ‘Festa dos 100 dias’ e o ‘esquenta’ no fim de semana
Segundo Valkíria, a “Festa dos 100 dias”, que acabou adiada este ano, é um evento tradicional em Jaboticabal, mas com entrada limitada, e por isso os formandos da Unesp convidam outros alunos por meio da distribuição de pulseiras a critério das repúblicas.
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No dia 25, esse evento começou por volta das 20h e terminou cerca de uma hora depois, segundo Valkíria.
“Eles dão de brinde dois litros de pinga por formando pra eles levarem para a república festejarem com o pessoal que mora ali. As pessoas que moram ali nas repúblicas, os estudantes, já sabem que vão retornar no domingo, que vai ter esse desfile com o trio elétrico, com música e tudo mais, então eles já ficam ali dentro das repúblicas com uma espécie de ‘esquenta’ esperando eles chegarem com esse trio elétrico”, explica.
Estudantes foram atendidos na UPA após passarem mal durante festa universitária em Jaboticabal, SP.
Jefferson Severiano Neves/EPTV
Jovens bebem, mas ninguém é forçado, diz advogada
Valkíria confirma que os estudantes das repúblicas bebem antes e durante o desfile, mas cada um a seu critério. Ela também explica que é comum os estudantes que não bebem usarem cartazes indicativos.
“Existe o consumo de bebida, lógico, na hora em que eles estão passando com o trio, quando encerra essa passagem, eles também permanecem ali fora, na praça, ficam ali curtindo, o que não houve foi um trote. Quem não bebe tem uma placa bem grande de papelão escrito ‘não bebo’. Tem foto das pessoas com essas placas em todos os eventos que eles fazem justamente para identificarem e não oferecerem bebida.”
A advogada ressalta que a comissão organizadora da Festa dos 100 dias, formada por cerca de 20 pessoas, não tem qualquer relação com os eventuais excessos de consumo dos estudantes.
“O que é importante frisar é que não foi um trote, não houve essa ingestão de bebida forçada por parte de ninguém ali, pelo menos não por parte da comissão organizadora do evento dos 100 dias e dos formandos que estavam ali confraternizando.”
Valkíria Xavier, advogada da comissã organizadora da Festa dos 100 dias em Jaboticabal (SP).
Ronaldo Gomes/EPTV
Ela também nega que a comissão tenha qualquer participação na forma como as pulseiras da festa são distribuídas dentro das repúblicas dos formandos.
“Existe uma cota de pulseiras distribuídas para cada formando. Cada formando ali leva em torno de dez pulseiras de acesso ao evento. A forma como esses formandos vão distribuir dentro da própria república é a critério de cada um.”
Para Valkíria, quem se sentiu lesado ou obrigado a beber deve procurar a polícia e identificar os responsáveis.
“Cada república tem uma dinâmica entre si, não estou dizendo que isso é certo ou que isso é errado, mas é a dinâmica deles, quem se sentiu lesado diretamente por um formando ou por um veterano que mora ali com eles em república precisam relatar isso ao delegado. O que não pode é colocar um grupo inteiro, uma comissão organizadora, são 17 alunos que organizaram esse evento dos 100 dias que nem aconteceu, responsabilizar por atitudes individuais de uns e de outros.”
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