Três anos após morte de aluno, prefeitura de Ribeirão Preto conclui 100% de AVCB das escolason julho 27, 2022 at 10:18 pm
- julho 27, 2022 Em 2018, fiscalização apontou que 105 das 108 escolas da rede municipal estavam sem a documentação. Estudante de 13 anos morreu após receber descarga elétrica e cair de laje. Escola municipal em Ribeirão Preto, SP ensino infantil creche
Divulgação/Prefeitura de Ribeirão Preto
Três anos após a descoberta de que 90% das escolas municipais funcionavam sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) informou nesta quarta-feira (27) que concluiu a regularização da documentação.
Segundo o secretário Felipe Elias Miguel, em 2017, das 108 escolas, apenas três estavam com o documento em dia. Hoje, são 136 unidades, 110 próprias e 26 conveniadas, com a licença para o funcionamento.
“Era um dos pontos mais críticos (…) todo esse processo de obtenção do AVCB trata de rotas de fuga, trata das questões de incêndio, risco de incêndio, então tem diversas intervenções que garantem a segurança das nossas crianças, profissionais que estão na escola.”
Morte de estudante revelou problemas
Os problemas com a documentação irregular das escolas foram descobertos após a morte do estudante Lucas da Costa Souza, em novembro de 2018, na escola Municipal Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, zona Oeste da cidade.
Segundo a investigação, Lucas, que tinha 13 anos, morreu após receber uma descarga elétrica. Ele caiu da laje da escola após subir em uma grade para acessar o local.
Lucas Costa de Souza, de 13 anos, morreu em escola no último dia de aulas em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal/Divulgação
Na época, o Ministério Público determinou vários problemas estruturais nas unidades escolares do município. O trabalho foi realizado em conjunto com representantes da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Em março de 2019, um laudo técnico elaborado por um engenheiro da prefeitura apontou condições precárias nas instalações elétricas de escolas municipais. O documento apresentado ao Ministério Público mostrava fios desencapados, ligações improvisadas, disjuntores alimentados inadequadamente e falta de proteção.
Depois disso, foi feito um ranking das escolas classificadas como prioritárias para início das reformas.
Imagem mostra Lucas Costa de Souza correndo em direção à grade de onde caiu dentro da escola em Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Em dezembro de 2021, a Prefeitura de Ribeirão Preto foi condenada em primeira instância a pagar R$ 400 mil de indenização por danos morais aos pais do estudante Lucas.
O juiz Gustavo Müller Lorenzato considerou que o laudo da perícia encontrou falhas na parte elétrica da escola, como fios sem proteção, assim como os encontrados no local do acidente.
O magistrado descartou culpa por parte da equipe de professores e inspetores da escola, já que, para ele, não havia como exigir dos profissionais a vigilância constante de todas as atitudes individuais dos estudantes.
Lorenzato argumentou ainda que houve imprudência de Lucas, que, aos 13 anos, assumiu o risco ao subir em uma grade metálica para acessar a laje da escola sem autorização e receber uma descarga elétrica causada por fios desencapados. O adolescente também havia ingerido bebida alcoólica.
Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoEm 2018, fiscalização apontou que 105 das 108 escolas da rede municipal estavam sem a documentação. Estudante de 13 anos morreu após receber descarga elétrica e cair de laje. Escola municipal em Ribeirão Preto, SP ensino infantil creche
Divulgação/Prefeitura de Ribeirão Preto
Três anos após a descoberta de que 90% das escolas municipais funcionavam sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) informou nesta quarta-feira (27) que concluiu a regularização da documentação.
Segundo o secretário Felipe Elias Miguel, em 2017, das 108 escolas, apenas três estavam com o documento em dia. Hoje, são 136 unidades, 110 próprias e 26 conveniadas, com a licença para o funcionamento.
“Era um dos pontos mais críticos (…) todo esse processo de obtenção do AVCB trata de rotas de fuga, trata das questões de incêndio, risco de incêndio, então tem diversas intervenções que garantem a segurança das nossas crianças, profissionais que estão na escola.”
Morte de estudante revelou problemas
Os problemas com a documentação irregular das escolas foram descobertos após a morte do estudante Lucas da Costa Souza, em novembro de 2018, na escola Municipal Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, zona Oeste da cidade.
Segundo a investigação, Lucas, que tinha 13 anos, morreu após receber uma descarga elétrica. Ele caiu da laje da escola após subir em uma grade para acessar o local.
Lucas Costa de Souza, de 13 anos, morreu em escola no último dia de aulas em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal/Divulgação
Na época, o Ministério Público determinou vários problemas estruturais nas unidades escolares do município. O trabalho foi realizado em conjunto com representantes da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Em março de 2019, um laudo técnico elaborado por um engenheiro da prefeitura apontou condições precárias nas instalações elétricas de escolas municipais. O documento apresentado ao Ministério Público mostrava fios desencapados, ligações improvisadas, disjuntores alimentados inadequadamente e falta de proteção.
Depois disso, foi feito um ranking das escolas classificadas como prioritárias para início das reformas.
Imagem mostra Lucas Costa de Souza correndo em direção à grade de onde caiu dentro da escola em Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Em dezembro de 2021, a Prefeitura de Ribeirão Preto foi condenada em primeira instância a pagar R$ 400 mil de indenização por danos morais aos pais do estudante Lucas.
O juiz Gustavo Müller Lorenzato considerou que o laudo da perícia encontrou falhas na parte elétrica da escola, como fios sem proteção, assim como os encontrados no local do acidente.
O magistrado descartou culpa por parte da equipe de professores e inspetores da escola, já que, para ele, não havia como exigir dos profissionais a vigilância constante de todas as atitudes individuais dos estudantes.
Lorenzato argumentou ainda que houve imprudência de Lucas, que, aos 13 anos, assumiu o risco ao subir em uma grade metálica para acessar a laje da escola sem autorização e receber uma descarga elétrica causada por fios desencapados. O adolescente também havia ingerido bebida alcoólica.
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