Secretário de Educação defende reclassificação etária no ensino infantil de Ribeirão Preto: ‘Distorceram’on julho 27, 2022 at 9:17 pm
- julho 27, 2022 Felipe Elias Miguel disse que reorganização foi feita para corrigir distorção de alunos com idades diferentes na mesma sala de aula e negou que haja superlotação. O secretário municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP), Felipe Elias Miguel
Reprodução/Facebook
O secretário municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP) defendeu nesta quarta-feira (27) a reclassificação etária do ensino infantil. A medida entrou em vigor na segunda-feira (25), quando os alunos voltaram às escolas após o recesso de julho.
Segundo Felipe Elias Miguel, a mudança promovida pela secretaria foi distorcida por grupos contrários. Ele também negou que o reagrupamento das crianças de zero a três anos vá superlotar as salas de aula.
“É uma questão que muitas pessoas distorceram, não há nenhuma superlotação na rede. Nós temos essa regra de ouro, que é a proporção do aluno/professor. A segunda regra de ouro é o código de obras, que define que a metragem por aluno é de um metro e meio quadrado. Isso foi vistoriado pelos nossos professores em todas as nossas escolas municipais.”
A resolução 14/2022 foi publicada no Diário Oficial no início de julho. O texto altera a nomenclatura das turmas de alunos de zero a três anos para ciclos e a data-corte da matrícula para 31 de julho. Com isso, crianças que tenham completado a idade limite no primeiro semestre voltaram do recesso escolar automaticamente no nível seguinte, com mais alunos por sala e com docentes e projetos pedagógicos diferentes.
O que prevê a resolução
A data-corte de matrícula, que era 31 de março, passa a ser 31 de julho para crianças de zero a três anos;
As turmas berçários e maternais I e II passam a ser agrupamentos nomeados ciclos do I ao IV;
O ciclo I compreende crianças de até um ano; cada sala pode ter de seis a oito crianças por professor;
O ciclo II compreende crianças de um e dois anos; cada sala pode ter de oito a 12 crianças por professor;
O ciclo III compreende crianças de dois a três anos; cada sala pode ter de 12 a 15 crianças por professor;
O ciclo IV compreende crianças a partir de três anos; o limite na sala é de 15 crianças por professor;
Com a reorganização, a Divisão de Atribuição de Aulas do Departamento da Educação Básica deverá providenciar a realocação de classes aos professores e aos servidores efetivos da educação básica, assim como aos professores contratados em caráter temporário.
Os alunos permanecem nas mesmas escolas frequentadas no primeiro semestre.
Dificuldades de professores com alunos de faixas diferentes
Nesta quarta-feira, o secretário afirmou que não houve uma reclassificação, mas uma reorganização para corrigir a diferença de idades entre crianças em uma mesma sala, o que pode prejudicar o desenvolvimento pedagógico delas e o trabalho dos professores.
“Vamos considerar que seis crianças de dez meses de idade começam o ano letivo em fevereiro. Quando chega o meio do ano, todo esse agrupamento de crianças que começou com idade próxima já tem mais de um ano de idade. Se uma criança sai, entra uma nova criança nesse agrupamento com quatro meses de idade. Então você tem crianças ali que já estão caminhando, já estão andando pela sala de aula, já trabalhando outras habilidades, conhecimento, experiências, e você tem uma criança de colo com o professor. Isso cria algumas dificuldades para o professor na sala de aula.”
De acordo com o secretário, a mudança possibilita que mais crianças possam entrar na sala de aula.
“Essa reorganização simplesmente fez com que essas faixas sejam fluidas ao longo do ano letivo e também que quando nós formos matricular uma criança no meio do ano letivo, o que vai acontecer agora, que essa criança ingressante esteja em idades próximas daquela criança que está na sala de aula e não daquela data-corte do começo do ano quando foi considerada a formação daquela turma inicialmente.”
Elogio e alfinetada
Chefe do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP Ribeirão Preto, Elaine Assolini diz que o reagrupamento já é praticado em outros países, integrando projetos políticos pedagógicos. Segundo a especialista, já havia queixas de professores por causa da desigualdade de idades das crianças em sala de aula.
“Esse distanciamento entre faixas etárias, dificuldades de alguns educadores em trabalhar essas diferentes faixas etárias é uma queixa que já estava acontecendo. Particularmente, eu vejo essa reorganização com bons olhos.”
Elaine, no entanto, criticou a forma da Secretaria de Educação comunicar as mudanças aos professores da rede infantil.
“Tomo a liberdade, secretário, de dizer que tem havido um investimento consistente, assertivo no ensino fundamental sobre a sua gestão. Neste momento dessa reorganização, talvez os professores da educação infantil também poderiam escutá-lo mais de perto. As suas elucidações poderiam chegar a esses professores que, em um primeiro momento, entenderam como algo que pudesse ser não tão positivo assim.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoFelipe Elias Miguel disse que reorganização foi feita para corrigir distorção de alunos com idades diferentes na mesma sala de aula e negou que haja superlotação. O secretário municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP), Felipe Elias Miguel
Reprodução/Facebook
O secretário municipal de Educação de Ribeirão Preto (SP) defendeu nesta quarta-feira (27) a reclassificação etária do ensino infantil. A medida entrou em vigor na segunda-feira (25), quando os alunos voltaram às escolas após o recesso de julho.
Segundo Felipe Elias Miguel, a mudança promovida pela secretaria foi distorcida por grupos contrários. Ele também negou que o reagrupamento das crianças de zero a três anos vá superlotar as salas de aula.
“É uma questão que muitas pessoas distorceram, não há nenhuma superlotação na rede. Nós temos essa regra de ouro, que é a proporção do aluno/professor. A segunda regra de ouro é o código de obras, que define que a metragem por aluno é de um metro e meio quadrado. Isso foi vistoriado pelos nossos professores em todas as nossas escolas municipais.”
A resolução 14/2022 foi publicada no Diário Oficial no início de julho. O texto altera a nomenclatura das turmas de alunos de zero a três anos para ciclos e a data-corte da matrícula para 31 de julho. Com isso, crianças que tenham completado a idade limite no primeiro semestre voltaram do recesso escolar automaticamente no nível seguinte, com mais alunos por sala e com docentes e projetos pedagógicos diferentes.
O que prevê a resolução
A data-corte de matrícula, que era 31 de março, passa a ser 31 de julho para crianças de zero a três anos;
As turmas berçários e maternais I e II passam a ser agrupamentos nomeados ciclos do I ao IV;
O ciclo I compreende crianças de até um ano; cada sala pode ter de seis a oito crianças por professor;
O ciclo II compreende crianças de um e dois anos; cada sala pode ter de oito a 12 crianças por professor;
O ciclo III compreende crianças de dois a três anos; cada sala pode ter de 12 a 15 crianças por professor;
O ciclo IV compreende crianças a partir de três anos; o limite na sala é de 15 crianças por professor;
Com a reorganização, a Divisão de Atribuição de Aulas do Departamento da Educação Básica deverá providenciar a realocação de classes aos professores e aos servidores efetivos da educação básica, assim como aos professores contratados em caráter temporário.
Os alunos permanecem nas mesmas escolas frequentadas no primeiro semestre.
Dificuldades de professores com alunos de faixas diferentes
Nesta quarta-feira, o secretário afirmou que não houve uma reclassificação, mas uma reorganização para corrigir a diferença de idades entre crianças em uma mesma sala, o que pode prejudicar o desenvolvimento pedagógico delas e o trabalho dos professores.
“Vamos considerar que seis crianças de dez meses de idade começam o ano letivo em fevereiro. Quando chega o meio do ano, todo esse agrupamento de crianças que começou com idade próxima já tem mais de um ano de idade. Se uma criança sai, entra uma nova criança nesse agrupamento com quatro meses de idade. Então você tem crianças ali que já estão caminhando, já estão andando pela sala de aula, já trabalhando outras habilidades, conhecimento, experiências, e você tem uma criança de colo com o professor. Isso cria algumas dificuldades para o professor na sala de aula.”
De acordo com o secretário, a mudança possibilita que mais crianças possam entrar na sala de aula.
“Essa reorganização simplesmente fez com que essas faixas sejam fluidas ao longo do ano letivo e também que quando nós formos matricular uma criança no meio do ano letivo, o que vai acontecer agora, que essa criança ingressante esteja em idades próximas daquela criança que está na sala de aula e não daquela data-corte do começo do ano quando foi considerada a formação daquela turma inicialmente.”
Elogio e alfinetada
Chefe do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP Ribeirão Preto, Elaine Assolini diz que o reagrupamento já é praticado em outros países, integrando projetos políticos pedagógicos. Segundo a especialista, já havia queixas de professores por causa da desigualdade de idades das crianças em sala de aula.
“Esse distanciamento entre faixas etárias, dificuldades de alguns educadores em trabalhar essas diferentes faixas etárias é uma queixa que já estava acontecendo. Particularmente, eu vejo essa reorganização com bons olhos.”
Elaine, no entanto, criticou a forma da Secretaria de Educação comunicar as mudanças aos professores da rede infantil.
“Tomo a liberdade, secretário, de dizer que tem havido um investimento consistente, assertivo no ensino fundamental sobre a sua gestão. Neste momento dessa reorganização, talvez os professores da educação infantil também poderiam escutá-lo mais de perto. As suas elucidações poderiam chegar a esses professores que, em um primeiro momento, entenderam como algo que pudesse ser não tão positivo assim.”
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