Ribeirão Preto, SP, é a cidade do interior do Brasil com mais clínicas de fertilização in vitro, diz Anvisaon agosto 7, 2022 at 11:00 am
- agosto 7, 2022 São sete estabelecimentos, sendo 101 mil habitantes para cada clínica, levando a cidade ao topo da proporção nacional. Ribeirão é pioneira do procedimento no SUS no país, realizado há 30 anos. Ribeirão Preto, SP, tem o maior número de clínicas de fertilização do estado
Ribeirão Preto (SP) é a primeira cidade fora das capitais do Brasil com mais clínicas de fertilização in vitro, apontam dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) referentes a 2021.
De acordo com balanço do órgão, são sete estabelecimentos no município, que fica atrás apenas de São Paulo (29), Belo Horizonte (10), Rio de Janeiro (9), Porto Alegre (9) e Curitiba (7) no ranking geral da agência.
O número também credencia a cidade como a que tem mais proporção de clínicas por habitantes no país. São 101 mil moradores para cada estabelecimento. Em Curitiba e São Paulo, por exemplo, são 280 mil e 413 mil, respectivamente.
Ainda segundo a Anvisa, dos 22.700 procedimentos realizados no estado de São Paulo em 2021, 4.700 ocorreram em Ribeirão, representando 20,7%.
Os dados também apontam que 3.187 fertilizações foram feitas em mulheres com 35 anos ou mais. Há quatro anos, ainda de acordo com o órgão, a proporção dos procedimentos em Ribeirão no estado era de 16%.
Ribeirão Preto, SP, tem o maior número de fertilização in vitro do estado
Fábio Júnior/EPTV
Cidade pioneira no SUS
Ribeirão Preto foi a primeira cidade do Brasil a realizar fertilização in vitro pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que resultou em nascimento da criança.
Tudo aconteceu no Hospital das Clínicas em junho de 1992 e foi coordenado pelo ginecologista especialista em reprodução humana Marcos Moura, que hoje trabalha em uma clínica particular.
O bebê de proveta nasceu em 1993. Moura destaca a evolução do procedimento em 30 anos.
“Mudou para melhor. Era muito mais difícil, nós não conhecíamos o que nós conhecemos hoje. A segurança das medicações melhorou muito, as técnicas no laboratório melhoraram muito, questão de meio de cultivo, placa, cateter, incubadora, tudo isso melhorou. Hoje a gente tem uma taxa de sucesso muito maior que nós tínhamos há 30 anos”, disse.
Fertilização in vitro
Reprodução/TV Globo
De acordo com ele, a procura por fertilização em Ribeirão Preto e no Brasil nos últimos anos deve-se à pandemia, que gerou uma demanda reprimida.
Os dados da Anivsa apontam que em 2020, na comparação com 2019, houve uma queda nos procedimentos no país, passando de 43.956 para 34.623, mas em 2021 o número voltou a subir e foi de 45.952 ciclos no Brasil.
“Nós tivemos a questão da pandemia que acabou criando uma demanda reprimida, casais que precisavam fazer e ficaram receosos em fazer durante a pandemia, e com razão”.
Ginecologista Marcos Moura, especialista em reprodução humana em Ribeirão Preto, SP
Fábio Júnior/EPTV
‘Super importante’
Para o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, e chefe do setor de reprodução humana do Hospital das Clínicas, Rui Alberto Ferriani, a fertilização in vitro oferecida no SUS é de extrema importância para garantia do bem-estar de famílias que não podem pagar pelo procedimento.
“A pessoa que tem problema de infertilidade, se ela não tem recursos, vai ficar sem uma demanda de atendimento. Isso é muito ruim. As pessoas às vezes acham que a infertilidade é um luxo, mas é uma doença, tem código de doença, afeta a saúde do casal, da mulher. E dar esse atendimento, então, é superimportante. O serviço público tem essa obrigação. Faz parte da lei, que o estado tem que dar todos os recursos de anticoncepção e de concepção”.
Ferriani ainda estaca que pelo menos 10% das mulheres têm dificuldade para engravidar, considerado um número muito grande. Segundo ele, dessa proporção, quem tem acesso ao serviço privado é uma parcela pequena, por isso a importância de oferecer o procedimento no SUS.
“As famílias se completam. É uma sensação muito boa ver isso tudo acontecendo. A família que consegue realizar esse sonho se completa demais, as pessoas ficam muito felizes. A gente que lida com isso no dia a dia, mesmo os outros colegas de outras especialidades, não avalia o impacto que a doença tem no bem-estar quando elas não conseguem e no impacto que tem quando elas conseguem. A felicidade e o carinho como essas crianças são criadas, são cuidadas, é uma coisa bonita”.
Rui Alberto Ferriani, chefe do setor de reprodução humana do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP
Fábio Júnior/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre a regiãoSão sete estabelecimentos, sendo 101 mil habitantes para cada clínica, levando a cidade ao topo da proporção nacional. Ribeirão é pioneira do procedimento no SUS no país, realizado há 30 anos. Ribeirão Preto, SP, tem o maior número de clínicas de fertilização do estado
Ribeirão Preto (SP) é a primeira cidade fora das capitais do Brasil com mais clínicas de fertilização in vitro, apontam dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) referentes a 2021.
De acordo com balanço do órgão, são sete estabelecimentos no município, que fica atrás apenas de São Paulo (29), Belo Horizonte (10), Rio de Janeiro (9), Porto Alegre (9) e Curitiba (7) no ranking geral da agência.
O número também credencia a cidade como a que tem mais proporção de clínicas por habitantes no país. São 101 mil moradores para cada estabelecimento. Em Curitiba e São Paulo, por exemplo, são 280 mil e 413 mil, respectivamente.
Ainda segundo a Anvisa, dos 22.700 procedimentos realizados no estado de São Paulo em 2021, 4.700 ocorreram em Ribeirão, representando 20,7%.
Os dados também apontam que 3.187 fertilizações foram feitas em mulheres com 35 anos ou mais. Há quatro anos, ainda de acordo com o órgão, a proporção dos procedimentos em Ribeirão no estado era de 16%.
Ribeirão Preto, SP, tem o maior número de fertilização in vitro do estado
Fábio Júnior/EPTV
Cidade pioneira no SUS
Ribeirão Preto foi a primeira cidade do Brasil a realizar fertilização in vitro pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que resultou em nascimento da criança.
Tudo aconteceu no Hospital das Clínicas em junho de 1992 e foi coordenado pelo ginecologista especialista em reprodução humana Marcos Moura, que hoje trabalha em uma clínica particular.
O bebê de proveta nasceu em 1993. Moura destaca a evolução do procedimento em 30 anos.
“Mudou para melhor. Era muito mais difícil, nós não conhecíamos o que nós conhecemos hoje. A segurança das medicações melhorou muito, as técnicas no laboratório melhoraram muito, questão de meio de cultivo, placa, cateter, incubadora, tudo isso melhorou. Hoje a gente tem uma taxa de sucesso muito maior que nós tínhamos há 30 anos”, disse.
Fertilização in vitro
Reprodução/TV Globo
De acordo com ele, a procura por fertilização em Ribeirão Preto e no Brasil nos últimos anos deve-se à pandemia, que gerou uma demanda reprimida.
Os dados da Anivsa apontam que em 2020, na comparação com 2019, houve uma queda nos procedimentos no país, passando de 43.956 para 34.623, mas em 2021 o número voltou a subir e foi de 45.952 ciclos no Brasil.
“Nós tivemos a questão da pandemia que acabou criando uma demanda reprimida, casais que precisavam fazer e ficaram receosos em fazer durante a pandemia, e com razão”.
Ginecologista Marcos Moura, especialista em reprodução humana em Ribeirão Preto, SP
Fábio Júnior/EPTV
‘Super importante’
Para o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, e chefe do setor de reprodução humana do Hospital das Clínicas, Rui Alberto Ferriani, a fertilização in vitro oferecida no SUS é de extrema importância para garantia do bem-estar de famílias que não podem pagar pelo procedimento.
“A pessoa que tem problema de infertilidade, se ela não tem recursos, vai ficar sem uma demanda de atendimento. Isso é muito ruim. As pessoas às vezes acham que a infertilidade é um luxo, mas é uma doença, tem código de doença, afeta a saúde do casal, da mulher. E dar esse atendimento, então, é superimportante. O serviço público tem essa obrigação. Faz parte da lei, que o estado tem que dar todos os recursos de anticoncepção e de concepção”.
Ferriani ainda estaca que pelo menos 10% das mulheres têm dificuldade para engravidar, considerado um número muito grande. Segundo ele, dessa proporção, quem tem acesso ao serviço privado é uma parcela pequena, por isso a importância de oferecer o procedimento no SUS.
“As famílias se completam. É uma sensação muito boa ver isso tudo acontecendo. A família que consegue realizar esse sonho se completa demais, as pessoas ficam muito felizes. A gente que lida com isso no dia a dia, mesmo os outros colegas de outras especialidades, não avalia o impacto que a doença tem no bem-estar quando elas não conseguem e no impacto que tem quando elas conseguem. A felicidade e o carinho como essas crianças são criadas, são cuidadas, é uma coisa bonita”.
Rui Alberto Ferriani, chefe do setor de reprodução humana do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP
Fábio Júnior/EPTV
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