
Pesquisa indica que duas em cada dez famílias em Ribeirão Preto, SP, estão com contas atrasadason julho 15, 2022 at 10:24 pm
- julho 15, 2022 Levantamento foi feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Valor médio que cada ribeirão-pretano deve é de R$ 5,5 mil. Moradores de Ribeirão Preto têm o maior volume de dívidas desde 2020
Ribeirão Preto voltou a ter o maior volume de dívidas desde abril de 2020. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, mostra que, atualmente, 26% das famílias estão endividadas.
Na prática, isso significa que a cada dez famílias, duas estão com as contas atrasadas em bancos e lojas na cidade.
A cada dez famílias em Ribeirão Preto (SP), duas estão com as contas atrasadas
Cecília Bastos/USP Imagens
e
O valor médio que cada ribeirão-pretano deve hoje é de R$ 5.538,98. Para o economista Adnan Jebailey, isso está longe de significar que as pessoas estão comprando mais. É o dinheiro que está valendo menos.
“A inflação corrói o poder de compra das famílias. Se eu vou no supermercado hoje, não consigo comprar, com a mesma quantidade de dinheiro, o que eu comprava, por exemplo, a dois, três anos atrás”.
Segundo ele, o orçamento familiar, que antes beirava 70% para gastos com transporte, alimentação e habitação, hoje beira 90%.
“Aquelas dívidas que eu tinha, uma parcela, um carnê, uma fatura do cartão de crédito, estão se tornando marginais. Não sobra dinheiro para pagar as contas. Não significa que as pessoas estão comprando mais. Elas não estão conseguindo arcar com dívidas de coisas que elas já compraram no passado, porque têm que gastar o salário em aluguel, supermercado, pagar luz, água. É o essencial”.
Segundo economista Adnan Jebailey, inflação é a responsável por crescimento das dívidas na cidade.
Aurélio Sal/EPTV
A aposentada Tárcia Silva teve de recorrer a um consignado para pagar as dívidas, mas até isso se tornou um problema. “Ajuda muito, só que você não consegue sair dele. Chega no final do mês, pago com cartão”.
A autônoma Kelly Angelica Luiz Antonio também sentiu as dívidas aumentarem nos últimos meses. “A gente entra nos lugares, tudo está caro. Ou você compra um pacote de arroz, ou você paga conta de luz”.
A cabeleireira Larissa Aparecida Zari também sentiu no bolso os últimos gastos. “Tenho dívidas com perfume, roupa, sapato. Não consegui pagar. Vou ver se mês que vem consigo, juntou um pouco as contas e as coisas estão caras. O salário que a gente ganha não dá pra pagar”
A manicure Ana Laura Camargo de Souza concorda. “Não tem como arrumar dinheiro e aí vai só acumulando. As coisas subiram demais”.
Empresário do ramo de festas, Erivelton Jesus de Carvalho chegou a cancelar contratos e devolver dinheiro aos clientes no começo da pandemia e agora tem tido dificuldade para manter o caixa no azul.
“Eu tinha consciência que faria muita falta no meu caixa, mas preferi devolver. Preferi fechar, não fazer festa, não pegar contrato. Fiquei apertado tanto com conta de casa, quanto cartão e empréstimo que cheguei a fazer”.
Escolher o que pagar
Com a inflação, Jebaley explica, cai o poder de compra e as dívidas crescem.
“A inflação tira a vida das pessoas. As pessoas deixam de viver e começam a sobreviver com o salário que ganham”, diz o economista.
Segundo ele, o momento então é de escolher quais dívidas serão pagas.
“Há três grandes eixos de pagamento. O primeiro é pagar as contas básicas, aluguel, luz, água, comida. O segundo são contas que tem taxas de juros muito altas, cheque especial, rotativo do cartão de crédito. O terceiro é pegar suas contas menores e classificar da menor para a maior. Com o dinheiro que sobra, paga as contas menores para ir quitando, de alguma maneira, essas dívidas”.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoLevantamento foi feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Valor médio que cada ribeirão-pretano deve é de R$ 5,5 mil. Moradores de Ribeirão Preto têm o maior volume de dívidas desde 2020
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Na prática, isso significa que a cada dez famílias, duas estão com as contas atrasadas em bancos e lojas na cidade.
A cada dez famílias em Ribeirão Preto (SP), duas estão com as contas atrasadas
Cecília Bastos/USP Imagens
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O valor médio que cada ribeirão-pretano deve hoje é de R$ 5.538,98. Para o economista Adnan Jebailey, isso está longe de significar que as pessoas estão comprando mais. É o dinheiro que está valendo menos.
“A inflação corrói o poder de compra das famílias. Se eu vou no supermercado hoje, não consigo comprar, com a mesma quantidade de dinheiro, o que eu comprava, por exemplo, a dois, três anos atrás”.
Segundo ele, o orçamento familiar, que antes beirava 70% para gastos com transporte, alimentação e habitação, hoje beira 90%.
“Aquelas dívidas que eu tinha, uma parcela, um carnê, uma fatura do cartão de crédito, estão se tornando marginais. Não sobra dinheiro para pagar as contas. Não significa que as pessoas estão comprando mais. Elas não estão conseguindo arcar com dívidas de coisas que elas já compraram no passado, porque têm que gastar o salário em aluguel, supermercado, pagar luz, água. É o essencial”.
Segundo economista Adnan Jebailey, inflação é a responsável por crescimento das dívidas na cidade.
Aurélio Sal/EPTV
A aposentada Tárcia Silva teve de recorrer a um consignado para pagar as dívidas, mas até isso se tornou um problema. “Ajuda muito, só que você não consegue sair dele. Chega no final do mês, pago com cartão”.
A autônoma Kelly Angelica Luiz Antonio também sentiu as dívidas aumentarem nos últimos meses. “A gente entra nos lugares, tudo está caro. Ou você compra um pacote de arroz, ou você paga conta de luz”.
A cabeleireira Larissa Aparecida Zari também sentiu no bolso os últimos gastos. “Tenho dívidas com perfume, roupa, sapato. Não consegui pagar. Vou ver se mês que vem consigo, juntou um pouco as contas e as coisas estão caras. O salário que a gente ganha não dá pra pagar”
A manicure Ana Laura Camargo de Souza concorda. “Não tem como arrumar dinheiro e aí vai só acumulando. As coisas subiram demais”.
Empresário do ramo de festas, Erivelton Jesus de Carvalho chegou a cancelar contratos e devolver dinheiro aos clientes no começo da pandemia e agora tem tido dificuldade para manter o caixa no azul.
“Eu tinha consciência que faria muita falta no meu caixa, mas preferi devolver. Preferi fechar, não fazer festa, não pegar contrato. Fiquei apertado tanto com conta de casa, quanto cartão e empréstimo que cheguei a fazer”.
Escolher o que pagar
Com a inflação, Jebaley explica, cai o poder de compra e as dívidas crescem.
“A inflação tira a vida das pessoas. As pessoas deixam de viver e começam a sobreviver com o salário que ganham”, diz o economista.
Segundo ele, o momento então é de escolher quais dívidas serão pagas.
“Há três grandes eixos de pagamento. O primeiro é pagar as contas básicas, aluguel, luz, água, comida. O segundo são contas que tem taxas de juros muito altas, cheque especial, rotativo do cartão de crédito. O terceiro é pegar suas contas menores e classificar da menor para a maior. Com o dinheiro que sobra, paga as contas menores para ir quitando, de alguma maneira, essas dívidas”.
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