Pesquisa aponta que 38% dos moradores de Ribeirão Preto, SP, vão utilizar 13º salário para quitar dívidason novembro 29, 2022 at 10:25 pm

Levantamento foi feito pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). Cidade tem 280,6 mil inadimplentes. ‘Hora do bom senso’, diz economista. O Calçadão de Ribeirão Preto (SP), principal ponto comercial da cidade
Carlos Trinca/EPTV
Pesquisa realizada pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) aponta que 38% da população vai utilizar o 13º salário para quitar dívidas.
O prazo para pagamento da primeira parcela vence nesta quarta-feira (30). As empresas têm até 20 de dezembro para pagar o segundo lote.
De acordo com levantamento do Serasa, a cidade conta com 280,6 mil pessoas em situação de inadimplência.
O balanço divulgado pela Acirp também traz as seguintes classificações:
33% vão optar por bens de consumo;
17% vão gastar com serviços;
12% vão guardar o dinheiro.
‘Dinheiro abençoado’
A auxiliar de limpeza Eliane Almeida já foi em busca de calçados e roupas para os filhos. A intenção também é comprar uma cama e, se possível, guardar uma parte do dinheiro para 2023.
“[O 13º salário] ajuda muito. As crianças amam, porque a gente compra as roupas e calçados. Mas tem que guardar um pouquinho”, diz a auxiliar de limpeza.
Já a atendente Evelin Gabrieli garante estar ansiosa para receber a segunda parcela. Ela diz que o 13º será exclusivo para as compras de fim de ano.
“O 13º é só para gastar com Natal e ano novo. É um dinheiro abençoado. Já as dívidas ficam com o pagamento”, afirma.
A auxiliar de limpeza Eliane Almeida, de Ribeirão Preto (SP), quer guardar uma parte do 13º salário
Carlos Trinca/EPTV
Bom senso
O economista Adnan Jebailey explica que a orientação é equacionar os gastos. Ele menciona dois cenários: o de pessoas endividadas e o de pessoas que não estão.
“Se você pega todo o dinheiro e paga suas dívidas, o que acontece é que você vai se endividar logo mais. Com o Natal, você vai querer comprar presentes, os produtos da ceia. Nesse caso, o melhor caminho é ponderar. Por exemplo, usar 50% dele e fazer o pagamento de dívida. Se não tiver dívida, guarde ele pensando no IPTU e IPVA”, recomenda.
“Nesse momento é a hora do bom senso. A vida não é só boleto, mas também não é só gastança”, conclui.
O economista Adnan Jebailey, de Ribeirão Preto (SP)
Carlos Trinca/EPTV
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Carlos Trinca/EPTV
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O prazo para pagamento da primeira parcela vence nesta quarta-feira (30). As empresas têm até 20 de dezembro para pagar o segundo lote.
De acordo com levantamento do Serasa, a cidade conta com 280,6 mil pessoas em situação de inadimplência.
O balanço divulgado pela Acirp também traz as seguintes classificações:
33% vão optar por bens de consumo;
17% vão gastar com serviços;
12% vão guardar o dinheiro.
‘Dinheiro abençoado’
A auxiliar de limpeza Eliane Almeida já foi em busca de calçados e roupas para os filhos. A intenção também é comprar uma cama e, se possível, guardar uma parte do dinheiro para 2023.
“[O 13º salário] ajuda muito. As crianças amam, porque a gente compra as roupas e calçados. Mas tem que guardar um pouquinho”, diz a auxiliar de limpeza.
Já a atendente Evelin Gabrieli garante estar ansiosa para receber a segunda parcela. Ela diz que o 13º será exclusivo para as compras de fim de ano.
“O 13º é só para gastar com Natal e ano novo. É um dinheiro abençoado. Já as dívidas ficam com o pagamento”, afirma.
A auxiliar de limpeza Eliane Almeida, de Ribeirão Preto (SP), quer guardar uma parte do 13º salário
Carlos Trinca/EPTV
Bom senso
O economista Adnan Jebailey explica que a orientação é equacionar os gastos. Ele menciona dois cenários: o de pessoas endividadas e o de pessoas que não estão.
“Se você pega todo o dinheiro e paga suas dívidas, o que acontece é que você vai se endividar logo mais. Com o Natal, você vai querer comprar presentes, os produtos da ceia. Nesse caso, o melhor caminho é ponderar. Por exemplo, usar 50% dele e fazer o pagamento de dívida. Se não tiver dívida, guarde ele pensando no IPTU e IPVA”, recomenda.
“Nesse momento é a hora do bom senso. A vida não é só boleto, mas também não é só gastança”, conclui.
O economista Adnan Jebailey, de Ribeirão Preto (SP)
Carlos Trinca/EPTV
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