
‘Olha Isso EPTV’: qual é o papel do sentimento em tempos de imediatismo fotográficoon março 18, 2022 at 4:37 pm
- março 18, 2022 Giancarlo Giannelli, fotógrafo há 35 anos, opina sobre as transformações da foto ao longo das décadas. Adeptos ao uso do celular para registrar cliques destacam relação com a fotografia. Série especial mostra os efeitos do imediatismo sobre o processo fotográfico
O que antes levava dias para se tornar possível, agora tudo acontece quase que instantaneamente. As mudanças tecnológicas ao longo das últimas décadas causaram uma verdadeira revolução do processo fotográfico, o que fez com que qualquer tipo de foto pudesse ser tirada por qualquer pessoa enviada a qualquer lugar todo mundo. Mas todas essas transformações podem trazer riscos à essência da fotografia?
Para o fotógrafo Giancarlo Giannelli, a resposta é sim. Segundo ele, se por um lado a chegada das câmeras digitais e dos celulares, por exemplo, facilitou o aprendizado, por outro os significados dos registros podem se tornar rasos. Diante desse risco, Giannelli destaca a importância de usar o sentimento na hora de fotografar.
“Hoje a instantaneidade facilita o aprendizado, porém também há o lado ruim que as pessoas fotografam muito e, às vezes, sem profundidade, sem saber se aquilo realmente era tocante ou não. Elas estão mais motivadas por aquele movimento social de fotografar, ‘todo mundo fotografa, então eu tenho que fotografar também, fazer parte disso’, do que propriamente pelo tema si, que é buscar imagens que você nem sabe o que é que você quer, mas você está buscando.”
“E você está em um monólogo, mas muito cheio de diálogo com as coisas, você bate e volta, e aquilo vai te respondendo, e depois você analisa as fotos e consegue concentrar o sentimento que você tinha naquele momento em que você fotografou. O sentimento é muito importante na fotografia.”
Giancarlo Giannelli é fotógrafo há 35 anos
Reprodução/EPTV
Nesta semana, uma série de reportagens sobre a fotografia está indo ao ar no EPTV1 e no g1 Campinas. O conteúdo abordará aspectos da história da fotografia, personagens e curiosidades que envolvem a região e esta arte que se transformou tanto nos últimos tempos, em comemoração ao aniversário de um ano do quadro ‘Olha Isso EPTV’. Veja as reportagens anteriores:
Por que o inventor da ‘fotografia’ no Brasil se sentia pouco reconhecido
Fotógrafo explica como funciona a câmera com sensor infravermelho
Veja 50 fotos do quadro ‘Olha Isso EPTV’
Fotojornalista com 30 anos de carreira aconselha quem sonha em seguir a profissão
Além disso, já está disponível uma enquete, desde esta segunda-feira (14), que premiará uma das fotos tiradas por telespectadores em cenários da região ao longo desse um ano de projeto. Clique aqui e participe!
Aos 51 anos de idade e fotógrafo desde os 16, Giancarlo afirma que a experiência na profissão contribui para que esse sentimento seja gerado e que a técnica é usada por ele inclusive na hora de formar opiniões sobre determinado assunto.
“Fotografia é a minha profissão, a minha comunicação, a minha linguagem com o universo, a linguagem do universo para mim, então é uma mídia onde eu me conecto com todas as experiências. Para saber meu parecer a respeito de algo, muitas vezes eu me utilizo da fotografia, seja de uma planta, uma paisagem, porque tudo aquilo condensa sentimentos que são desencadeados pela minha visão. Bato o olho naquilo, e aquilo gera um sentimento, e a fotografia eterniza isso.”
Seja com câmeras fotográficas ou com o celular, para quem está começando a fotografar, o profissional aconselha um exercício de autoconhecimento
“Nós temos uma possibilidade de descobrir o mundo com a câmera fotográfica. Então a facilidade de você ter um celular para fotografar é muito interessante, mas o mais importante é que você se aprofunde em si mesmo em busca do que você realmente gosta, do que você realmente quer. Uma ideia quase que de fototerapia, que é você se redescobrir dia após dia por meio da fotografia. E é incrível, porque isso acontece.”
Fotos com o celular
Além de ser um aficionado por fotos, Bruno Vantin também reserva parte do seu tempo para ensinar novos fotógrafos, através de dicas nas redes sociais.
Adepto ao uso do celular, ele resume a fotografia como uma oportunidade de conquistar e guardar os sonhos e momentos especiais.
“Comecei a acreditar nos meus sonhos por causa da fotografia. Quando coloquei isso no meu coração, acreditei nisso 100%, a ponto de sair do meu ponto fixo. […] Fora esse olhar de sonhos, acredito nesse olhar de apreciar os momentos, gravar histórias e deixar eternamente registradas.”
Já Bete Moraes, sempre que sai de casa, leva o celular para não perder oportunidades de captar momentos do cotidiano. Ela vê nos cliques um ato de valorização aos momentos.
“É uma maneira de a gente ser grato pelas coisas que a gente já viveu. Acho que a foto mostra isso porque eu não tenho foto só dos melhores momentos, das grandes viagens, eu tenho foto do dia a dia. Às vezes a gente posta foto de um restaurante bacana, mas a gente também come arroz com feijão e ovo. Isso que é legal.”
Bete Moraes é adepta ao uso do celular para fotografar
Reprodução/EPTV
VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias da região no g1 CampinasGiancarlo Giannelli, fotógrafo há 35 anos, opina sobre as transformações da foto ao longo das décadas. Adeptos ao uso do celular para registrar cliques destacam relação com a fotografia. Série especial mostra os efeitos do imediatismo sobre o processo fotográfico
O que antes levava dias para se tornar possível, agora tudo acontece quase que instantaneamente. As mudanças tecnológicas ao longo das últimas décadas causaram uma verdadeira revolução do processo fotográfico, o que fez com que qualquer tipo de foto pudesse ser tirada por qualquer pessoa enviada a qualquer lugar todo mundo. Mas todas essas transformações podem trazer riscos à essência da fotografia?
Para o fotógrafo Giancarlo Giannelli, a resposta é sim. Segundo ele, se por um lado a chegada das câmeras digitais e dos celulares, por exemplo, facilitou o aprendizado, por outro os significados dos registros podem se tornar rasos. Diante desse risco, Giannelli destaca a importância de usar o sentimento na hora de fotografar.
“Hoje a instantaneidade facilita o aprendizado, porém também há o lado ruim que as pessoas fotografam muito e, às vezes, sem profundidade, sem saber se aquilo realmente era tocante ou não. Elas estão mais motivadas por aquele movimento social de fotografar, ‘todo mundo fotografa, então eu tenho que fotografar também, fazer parte disso’, do que propriamente pelo tema si, que é buscar imagens que você nem sabe o que é que você quer, mas você está buscando.”
“E você está em um monólogo, mas muito cheio de diálogo com as coisas, você bate e volta, e aquilo vai te respondendo, e depois você analisa as fotos e consegue concentrar o sentimento que você tinha naquele momento em que você fotografou. O sentimento é muito importante na fotografia.”
Giancarlo Giannelli é fotógrafo há 35 anos
Reprodução/EPTV
Nesta semana, uma série de reportagens sobre a fotografia está indo ao ar no EPTV1 e no g1 Campinas. O conteúdo abordará aspectos da história da fotografia, personagens e curiosidades que envolvem a região e esta arte que se transformou tanto nos últimos tempos, em comemoração ao aniversário de um ano do quadro ‘Olha Isso EPTV’. Veja as reportagens anteriores:
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Além disso, já está disponível uma enquete, desde esta segunda-feira (14), que premiará uma das fotos tiradas por telespectadores em cenários da região ao longo desse um ano de projeto. Clique aqui e participe!
Aos 51 anos de idade e fotógrafo desde os 16, Giancarlo afirma que a experiência na profissão contribui para que esse sentimento seja gerado e que a técnica é usada por ele inclusive na hora de formar opiniões sobre determinado assunto.
“Fotografia é a minha profissão, a minha comunicação, a minha linguagem com o universo, a linguagem do universo para mim, então é uma mídia onde eu me conecto com todas as experiências. Para saber meu parecer a respeito de algo, muitas vezes eu me utilizo da fotografia, seja de uma planta, uma paisagem, porque tudo aquilo condensa sentimentos que são desencadeados pela minha visão. Bato o olho naquilo, e aquilo gera um sentimento, e a fotografia eterniza isso.”
Seja com câmeras fotográficas ou com o celular, para quem está começando a fotografar, o profissional aconselha um exercício de autoconhecimento
“Nós temos uma possibilidade de descobrir o mundo com a câmera fotográfica. Então a facilidade de você ter um celular para fotografar é muito interessante, mas o mais importante é que você se aprofunde em si mesmo em busca do que você realmente gosta, do que você realmente quer. Uma ideia quase que de fototerapia, que é você se redescobrir dia após dia por meio da fotografia. E é incrível, porque isso acontece.”
Fotos com o celular
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Adepto ao uso do celular, ele resume a fotografia como uma oportunidade de conquistar e guardar os sonhos e momentos especiais.
“Comecei a acreditar nos meus sonhos por causa da fotografia. Quando coloquei isso no meu coração, acreditei nisso 100%, a ponto de sair do meu ponto fixo. […] Fora esse olhar de sonhos, acredito nesse olhar de apreciar os momentos, gravar histórias e deixar eternamente registradas.”
Já Bete Moraes, sempre que sai de casa, leva o celular para não perder oportunidades de captar momentos do cotidiano. Ela vê nos cliques um ato de valorização aos momentos.
“É uma maneira de a gente ser grato pelas coisas que a gente já viveu. Acho que a foto mostra isso porque eu não tenho foto só dos melhores momentos, das grandes viagens, eu tenho foto do dia a dia. Às vezes a gente posta foto de um restaurante bacana, mas a gente também come arroz com feijão e ovo. Isso que é legal.”
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