
‘Olha Isso EPTV’: fotógrafo explica como funciona a câmera com sensor infravermelhoon março 15, 2022 at 3:54 pm
- março 15, 2022 Christian Camilo é especialista na técnica e detalha as vantagens desse tipo de fotografia. Colecionador de câmeras vê com pessimismo futuro dos fotógrafos profissionais. ‘Olha Isso’: veja a evolução tecnológica da fotografia ao longo da história
Captar em uma foto uma frequência de cores impossível de ser vista a olho nu é algo que se torna possível ao fotografar com uma câmera com sensor infravermelho. A explicação é do fotógrafo Christian Camilo, de Campinas (SP), especialista nessa técnica.
Para que uma foto assim seja possível, Camilo destaca a necessidade de remover uma espécie de bloqueador que as câmeras digitais possuem.
“As câmeras digitais têm um bloqueador removível nesse processo para tornar essa câmera capaz de ver essa luz infravermelha. Eles removem esse bloqueador, e então sua câmera consegue ver tudo. A partir disso, você fala: ‘agora que você vê tudo, eu vou escolher o que você pode ver’. Daí você começa a colocar na frente da lente quais filtros bloqueadores você deseja”, explica.
Foto da Maria Fumaça de Campinas tirada com sensor infravermelho
Reprodução/EPTV
Nesta semana, uma série de reportagens sobre a fotografia está indo ao ar no EPTV1 e no g1 Campinas. O conteúdo abordará aspectos da história da fotografia, personagens e curiosidades que envolvem a região e esta arte que se transformou tanto nos últimos tempos, em comemoração ao aniversário de um ano do quadro ‘Olha Isso EPTV’. Veja a reportagem anterior:
Por que o inventor da ‘fotografia’ no Brasil se sentia pouco reconhecido
Além disso, já está disponível uma enquete, desde segunda-feira (14), que premiará uma das fotos tiradas por telespectadores em cenários da região ao longo desse um ano de projeto. Clique aqui e participe!
De acordo com o fotógrafo, apesar de não ser possível visualizar a frequência captada pelo infravermelho, é possível senti-la, através do calor que ela produz.
“O sensor digital tem um bloqueador do espectro total de luz. Esse bloqueador elimina a frequência ultravioleta, que deixaria as imagens meio roxas, e elimina a frequência que é predominante, que se chama infravermelho. Essas duas frequências são muito maiores do que a gente consegue ver. A gente tende a ver uma luz mais branca, uma faixa mais amarelada. Nossos olhos não conseguem ver o espectro infravermelho, mas a gente consegue sentir. A luz infravermelha é a que produz calor na nossa pele. Tudo que é calor é a luz infravermelha que produz.”
Ao citar um tipo de utilidade prática dessa técnica de fotografia, Camilo lembra que ela costuma ser utilizada por autoridades policiais para encontrar vestígios não vistos a olho nu.
“Perito utiliza a câmera infravermelha para tentar ver vestígios, digitais, alguma coisa que está despercebido. Eles podem usar diferentes filtros para ver se algum detalhe que pode ajudar na investigação aparece.”
Profissão de fotógrafo sob risco?
O também fotógrafo Antônio Carlos Vassalo presenciou e ainda pode presenciar a transformação das técnicas fotográficas ao longo de décadas. Isso porque, além da experiência na profissão, Vassalo é um colecionador de câmeras fotográficas.
Com modelos que vão desde os chamados monóculos na coleção, ele detalha a forma como gosta de trabalhar e destaca o carinho pela profissão.
“Quando você vai em um determinado evento, você vai olhando já o ambiente, você vai vendo se ai precisar mais de luz, se está muito escuro ou muito claro, vai antecipando. Você tem que fazer os cálculos, já acertando, regulando, para, na hora do pega, você estar pronto. Sempre gostei [de fotografia]. Não libero um trabalho meu para um cliente, enquanto não estiver tudo correto, certinho”, diz.
Ao mesmo tempo em que olha para o passado e lembra das primeiras câmeras e dos primeiros trabalhos, Vassalo vislumbra, por outro lado, um futuro com pouco otimismo. Ele acredita que as facilidades atuais para se fotografar, com o avanço da tecnologia, deve desvalorizar o trabalho do fotógrafo.
“Nossa profissão começou a cair em decadência, devido a esse equipamento que veio com a geração nova, que é o celular. Eu fico triste. Se for ver, a gente vai até chorar, porque nossa profissão de fotógrafo está caindo”, relata.
Antônio Carlos Vassalo coleciona câmeras fotográficas
Reprodução/EPTV
VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias da região no g1 CampinasChristian Camilo é especialista na técnica e detalha as vantagens desse tipo de fotografia. Colecionador de câmeras vê com pessimismo futuro dos fotógrafos profissionais. ‘Olha Isso’: veja a evolução tecnológica da fotografia ao longo da história
Captar em uma foto uma frequência de cores impossível de ser vista a olho nu é algo que se torna possível ao fotografar com uma câmera com sensor infravermelho. A explicação é do fotógrafo Christian Camilo, de Campinas (SP), especialista nessa técnica.
Para que uma foto assim seja possível, Camilo destaca a necessidade de remover uma espécie de bloqueador que as câmeras digitais possuem.
“As câmeras digitais têm um bloqueador removível nesse processo para tornar essa câmera capaz de ver essa luz infravermelha. Eles removem esse bloqueador, e então sua câmera consegue ver tudo. A partir disso, você fala: ‘agora que você vê tudo, eu vou escolher o que você pode ver’. Daí você começa a colocar na frente da lente quais filtros bloqueadores você deseja”, explica.
Foto da Maria Fumaça de Campinas tirada com sensor infravermelho
Reprodução/EPTV
Nesta semana, uma série de reportagens sobre a fotografia está indo ao ar no EPTV1 e no g1 Campinas. O conteúdo abordará aspectos da história da fotografia, personagens e curiosidades que envolvem a região e esta arte que se transformou tanto nos últimos tempos, em comemoração ao aniversário de um ano do quadro ‘Olha Isso EPTV’. Veja a reportagem anterior:
Por que o inventor da ‘fotografia’ no Brasil se sentia pouco reconhecido
Além disso, já está disponível uma enquete, desde segunda-feira (14), que premiará uma das fotos tiradas por telespectadores em cenários da região ao longo desse um ano de projeto. Clique aqui e participe!
De acordo com o fotógrafo, apesar de não ser possível visualizar a frequência captada pelo infravermelho, é possível senti-la, através do calor que ela produz.
“O sensor digital tem um bloqueador do espectro total de luz. Esse bloqueador elimina a frequência ultravioleta, que deixaria as imagens meio roxas, e elimina a frequência que é predominante, que se chama infravermelho. Essas duas frequências são muito maiores do que a gente consegue ver. A gente tende a ver uma luz mais branca, uma faixa mais amarelada. Nossos olhos não conseguem ver o espectro infravermelho, mas a gente consegue sentir. A luz infravermelha é a que produz calor na nossa pele. Tudo que é calor é a luz infravermelha que produz.”
Ao citar um tipo de utilidade prática dessa técnica de fotografia, Camilo lembra que ela costuma ser utilizada por autoridades policiais para encontrar vestígios não vistos a olho nu.
“Perito utiliza a câmera infravermelha para tentar ver vestígios, digitais, alguma coisa que está despercebido. Eles podem usar diferentes filtros para ver se algum detalhe que pode ajudar na investigação aparece.”
Profissão de fotógrafo sob risco?
O também fotógrafo Antônio Carlos Vassalo presenciou e ainda pode presenciar a transformação das técnicas fotográficas ao longo de décadas. Isso porque, além da experiência na profissão, Vassalo é um colecionador de câmeras fotográficas.
Com modelos que vão desde os chamados monóculos na coleção, ele detalha a forma como gosta de trabalhar e destaca o carinho pela profissão.
“Quando você vai em um determinado evento, você vai olhando já o ambiente, você vai vendo se ai precisar mais de luz, se está muito escuro ou muito claro, vai antecipando. Você tem que fazer os cálculos, já acertando, regulando, para, na hora do pega, você estar pronto. Sempre gostei [de fotografia]. Não libero um trabalho meu para um cliente, enquanto não estiver tudo correto, certinho”, diz.
Ao mesmo tempo em que olha para o passado e lembra das primeiras câmeras e dos primeiros trabalhos, Vassalo vislumbra, por outro lado, um futuro com pouco otimismo. Ele acredita que as facilidades atuais para se fotografar, com o avanço da tecnologia, deve desvalorizar o trabalho do fotógrafo.
“Nossa profissão começou a cair em decadência, devido a esse equipamento que veio com a geração nova, que é o celular. Eu fico triste. Se for ver, a gente vai até chorar, porque nossa profissão de fotógrafo está caindo”, relata.
Antônio Carlos Vassalo coleciona câmeras fotográficas
Reprodução/EPTV
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