O que é blefaroplastia, cirurgia feita por mulher que acusa dermatologista de erro médico em Franca, SPon julho 20, 2022 at 8:02 am
- julho 20, 2022 Procedimento nas pálpebras é o quarta mais realizado no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além da estética, também é recomendada a pessoas com restrição do campo visual. Mulher acusa médico de erro em cirurgia nas pálpebras após perder parte da visão em Franca
Quando as máscaras se tornaram obrigatórias, os olhos ganharam destaque e o número de pessoas em busca de procedimentos cirúrgicos que rejuvenescem o olhar cresceu no Brasil. Um deles é a blefaroplastia, para retirar o excesso de pele da pálpebra.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a blefaroplastia é a quarta cirurgia mais realizada no Brasil, atrás apenas de lipoaspiração, implante de silicone e abnominoplastia.
“No Brasil, a blefaroplastia é a quarta cirurgia mais realizada no país, seguindo o ranking: lipoaspiração (15,5%), implante silicone (11,1%), abnominoplastia (10,4%) e blefaroplastia (9,7%)”, diz a cirurgiã plástica Eliza Minami, membro titular da SBCP.
Ainda de acordo com a especialista, a blefaroplastia é também a cirurgia facial mais realizada no mundo.
“A blefaroplastia é a terceira cirurgia mais feita no mundo, perdendo apenas para a colocação de silicone e a lipoaspiração”.
O procedimento, segundo a dermatologista Giovanna Guzzo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é realizado para tratar tanto o excesso de pele quanto bolsas de gordura das pálpebras superiores e inferiores.
“Muitas vezes, o que traz o paciente [ao consultório] é queixa estética de aparência cansada e envelhecida. Mas não é raro o paciente nos procurar já com queixas de disfunção por um olhar pesado, causado pelo excesso de pele e até restrição do campo visual. Então, não é uma cirurgia puramente estética”, diz.
Taísa Helena Ferreira Oliveira perdeu parte da visão após cirurgia de blefaroplastia em Franca, SP
Jefferson Severiano Neves/EPTV
Apesar de ser considerada uma cirurgia simples, precisa ser realizada por médicos que tenham experiência e sejam habilitados, uma vez que algumas complicações podem ser catastróficas, ainda segundo a dermatologista.
A mais preocupante delas é a hemorragia retrobulbar com cegueira, com incidência de 0,04% dos casos.
Esse tipo de complicação é justamente o que pode ter acontecido com a designer de sobrancelhas Taísa Helena Ferreira de Oliveira, de 49 anos, que acusa um dermatologista de Franca (SP) de erro médico durante uma blefaroplastia realizada em fevereiro.
Segundo Taísa, um dos olhos chegou a cair do globo ocular após a cirurgia e ela perdeu 70% da visão esquerda. A designer afirma que um dos médicos chamados para atendê-la após as complicações disse que ela poderia morrer.
“Escutei o cirurgião plástico falando ‘doutor, tira ela daqui que ela vai morrer na sua mesa’. Aí chamaram o Samu para me levar para o hospital”.
Nesta reportagem você vai entender o que é a blefaroplastia, quando e onde deve ser realizada e quais cuidados antes, durante e depois da operação.
O que é blefaroplastia?
Quando ela é recomendada?
Há idade mínima do paciente para o procedimento?
Quando deve ser evitada?
Quais profissionais estão aptos a realizar a blefaroplastia?
Pode ser realizada em consultórios?
Quais cuidados pré-operatórios?
Quanto tempo dura a cirurgia?
O paciente sai do consultório enxergando?
Quais cuidados pós-operatórios?
Qual é a durabilidade do procedimento?
Qual o valor da cirurgia?
Quais complicações da cirurgia?
Mulher de Franca (SP) passou por blefaroplastia, mas diz ter ficado com sequelas por causa de complicações
Arquivo pessoal
1.O que é blefaroplastia?
A blefaroplastia é um tipo de cirurgia que trata as pálpebras. É um procedimento cirúrgico realizado para tratar tanto o excesso de pele quanto as bolsas de gordura das pálpebras superiores e pálpebras inferiores.
2.Quando ela é recomendada?
Segundo a cirurgiã plástica Eliza Minami, a cirurgia é recomendada a pacientes que desejam remover o excesso de pele, as bolsas de gordura, a flacidez muscular, geralmente decorrente do envelhecimento facial.
“Mas há a cirurgia de caráter funcional, não relacionada à parte estética, que pode corrigir a ptose palpebral [caimento anormal da pálpebra superior], o entrópio [inversão da margem palpebral em direção ao globo ocular], o ectrópio [inversão para fora da margem palpebral], trauma e tumores”, explica.
3.Há idade mínima do paciente para o procedimento?
Não. “Pode ser realizada quando surgir a necessidade de correção de alterações na região da pálpebra. Geralmente, podemos indicar a blefaroplastia estética a partir da faixa etária dos 30 anos”, diz Eliza.
Segundo Giovanna, não há uma idade mínima, o que há é indicação. “O que a gente precisa realmente avaliar é se há a necessidade real da realização desse procedimento”.
4.Quando deve ser evitada?
Giovanna explica que essa cirurgia deve ser evitada por pacientes que fazem uso de anticoagulante.
“É uma contraindicação para a realização do procedimento. A gente tem que ver o motivo pelo qual o paciente faz o uso desse anticoagulante e suspender dias antes da cirurgia. A quantidade de dias varia de acordo com o tipo de anticoagulante, mas a gente tem que colocar na balança o risco e o benefício do paciente, porque ele usa essa medicação e, aí sim, suspender”.
5.Quais profissionais estão aptos a realizar a blefaroplastia?
Normalmente, é uma cirurgia feita por dermatologistas que atuam na área da cirurgia dermatológica, ou seja, cirurgiões dermatológicos, além de oftalmologistas e cirurgiões plásticos com experiência na região orbito-palpebral.
A dermatologista Giovana Guzzo durante procedimento em paciente
Arquivo pessoal
6.Pode ser realizada em consultórios?
Segundo Eliza Minami, a cirurgia pode ser realizada em regime ambulatorial ou com paciente internado, com anestesia local, sedação ou anestesia geral. O tipo de anestesia deverá ser avaliado de acordo com cada caso.
A resolução nº 2010/2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM) divide consultórios médicos que podem ou não realizar procedimentos clínicos ou diagnósticos, sob anestesia local, com ou sem sedação a depender do tipo de estabelecimento:
Tipo I – Exerce a medicina básica sem procedimentos, sem anestesia local e sem sedação.
Tipo II – Executam procedimentos sem anestesia local e sem sedação.
Tipo III – Executam procedimentos invasivos de risco de anafilaxias, insuficiência respiratória e cardiovascular, inclusive aqueles com anestesia local sem sedação ou onde se aplicam procedimentos para sedação leve e moderada.
Tipo IV – Executam procedimentos, com anestesia local mais sedação.
Também é importante que o paciente acesse o site do Conselho Regional de Medicina para checar o registro profissional do médico e se ele tem registrada a especialidade que afirma ter.
7.Quais cuidados pré-operatórios?
São necessários exames pré-operatórios. A paciente de Franca, por exemplo, alega que o médico não solicitou nenhuma avaliação da saúde dela antes da cirurgia.
“Além do exame clínico, a gente precisaria de um hemograma e um coagulograma para ver se o paciente tem alguma alteração no processo de coagulação do sangue. Através do hemograma e do coagulograma, a gente consegue avaliar se o paciente tem algum distúrbio de coagulação que possa somar como um fator de risco para o desenvolvimento de um hematoma retrobulbar”, diz a dermatologista Giovanna Guzzo.
8.Quanto tempo dura a cirurgia?
No caso de cirurgia estética, é possível realizar o tratamento das pálpebras superiores e inferiores ou somente as pálpebras superiores ou inferiores.
“O tempo de duração do ato operatório pode variar entre uma a duas horas, pois depende do tipo de intervenção e técnica a ser utilizada. Vale ressaltar que o tempo do ato cirúrgico é diferente do tempo de permanência no centro cirúrgico, pois, esse tempo de permanência envolve o tempo de preparo do paciente na sala de cirurgia e o tempo de recuperação pós anestesia”, afirma Eliza.
9.O paciente sai do consultório enxergando?
Segundo a dermatologista, sim. “A gente faz curativos, principalmente para a blefaro inferior. A superior faz um curativo um pouco mais delicado para o paciente conseguir abrir os olhos e enxergar”.
Ainda segundo a dermatologista, é normal que o paciente fique com os olhos inchados. “A gente orienta o uso de uma pomada por sete dias, que ajuda na regeneração da pele e tem também antibiótico”.
10.Quais cuidados pós-operatórios?
Segundo Giovanna Guzzo, é indicada a aplicação de compressas geladas de aproximadamente 20 minutos, cinco vezes ao dia com chá de camomila, soro fisiológico ou água filtrada. “Isso é superimportante para tentar diminuir o edema”.
Ainda segundo a dermatologista, de forma geral, a recuperação costuma ser bastante tranquila. O paciente pode tirar o curativo em 24 horas e não precisa ficar fazendo curativo em casa, apenas utilizar a pomada antibiótica.
“Nos primeiros três dias, dormir com o dorso um pouquinho elevado, usar uns três travesseiros para dormir, não coçar os olhos, usar óculos escuros sempre que se expuser à luz natural, ficar em casa nos quatro primeiros dias, óculos de TV e leitura a partir do segundo dia, sem forçar a visão”.
Os pontos são retirados entre cinco e sete dias.
“A partir do quarto dia, se não houver nenhuma restrição de campo visual pelo edema, já pode dirigir, fazer alguma atividade de trabalho mais leve, mas nenhum esforço físico. Esforço físico, caminhadas e esporte são permitidos após 20 dias do procedimento”, explica.
11.Qual é a durabilidade do procedimento?
O resultado final pode ser observado em seis meses, mas é importante ressaltar que o procedimento não dura para sempre.
“O paciente, às vezes, acredita que, por se tratar de um procedimento cirúrgico, o resultado é definitivo, mas esquece que a gente continua envelhecendo. Então, de forma geral, os resultados duram entre sete e dez anos, mas depois desse tempo a pele vai continuar envelhecendo, vai ficando cada vez mais fina e vai voltando a ficar com algum grau de flacidez. Não é incomum precisar reabordar esses pacientes depois de aproximadamente dez anos”, diz Giovanna.
12.Qual o valor da cirurgia?
De acordo com a dermatologista, o custo da cirurgia pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil.
“Isso varia de acordo com o cirurgião. Se o cirurgião faz em consultório ou em bloco cirúrgico, de acordo com a técnica e complexidade de cada caso. Além, claro, se a blefaroplastia vai ser realizada somente nas pálpebras superiores ou se vai ser realizada também nas pálpebras inferiores. Isso influencia bastante no valor da cirurgia”.
13.Quais complicações da cirurgia?
A mais comum, segundo Giovanna, é o hematoma (olho roxo).
No entanto, uma revisão de literatura médica que avaliou 98.814 blefaroplastias apontou um relato de 40 casos de cegueira secundária a hematoma retrobulbar, diz a dermatologista.
“Então, na literatura a gente tem uma incidência de 0,04% dessa complicação. A cegueira é a complicação mais temida da blefaroplastia. O mecanismo pelo qual ela mais frequentemente ocorre é por uma hemorragia retrobulbar e isso causa um comprometimento da circulação do nervo óptico e da artéria central da retina”.
Outras possíveis complicações menos graves, porém, que podem ocorrer, são cicatrizes inestéticas, anomalias da prega palpebral, infecções e ectrópio.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoProcedimento nas pálpebras é o quarta mais realizado no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além da estética, também é recomendada a pessoas com restrição do campo visual. Mulher acusa médico de erro em cirurgia nas pálpebras após perder parte da visão em Franca
Quando as máscaras se tornaram obrigatórias, os olhos ganharam destaque e o número de pessoas em busca de procedimentos cirúrgicos que rejuvenescem o olhar cresceu no Brasil. Um deles é a blefaroplastia, para retirar o excesso de pele da pálpebra.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a blefaroplastia é a quarta cirurgia mais realizada no Brasil, atrás apenas de lipoaspiração, implante de silicone e abnominoplastia.
“No Brasil, a blefaroplastia é a quarta cirurgia mais realizada no país, seguindo o ranking: lipoaspiração (15,5%), implante silicone (11,1%), abnominoplastia (10,4%) e blefaroplastia (9,7%)”, diz a cirurgiã plástica Eliza Minami, membro titular da SBCP.
Ainda de acordo com a especialista, a blefaroplastia é também a cirurgia facial mais realizada no mundo.
“A blefaroplastia é a terceira cirurgia mais feita no mundo, perdendo apenas para a colocação de silicone e a lipoaspiração”.
O procedimento, segundo a dermatologista Giovanna Guzzo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é realizado para tratar tanto o excesso de pele quanto bolsas de gordura das pálpebras superiores e inferiores.
“Muitas vezes, o que traz o paciente [ao consultório] é queixa estética de aparência cansada e envelhecida. Mas não é raro o paciente nos procurar já com queixas de disfunção por um olhar pesado, causado pelo excesso de pele e até restrição do campo visual. Então, não é uma cirurgia puramente estética”, diz.
Taísa Helena Ferreira Oliveira perdeu parte da visão após cirurgia de blefaroplastia em Franca, SP
Jefferson Severiano Neves/EPTV
Apesar de ser considerada uma cirurgia simples, precisa ser realizada por médicos que tenham experiência e sejam habilitados, uma vez que algumas complicações podem ser catastróficas, ainda segundo a dermatologista.
A mais preocupante delas é a hemorragia retrobulbar com cegueira, com incidência de 0,04% dos casos.
Esse tipo de complicação é justamente o que pode ter acontecido com a designer de sobrancelhas Taísa Helena Ferreira de Oliveira, de 49 anos, que acusa um dermatologista de Franca (SP) de erro médico durante uma blefaroplastia realizada em fevereiro.
Segundo Taísa, um dos olhos chegou a cair do globo ocular após a cirurgia e ela perdeu 70% da visão esquerda. A designer afirma que um dos médicos chamados para atendê-la após as complicações disse que ela poderia morrer.
“Escutei o cirurgião plástico falando ‘doutor, tira ela daqui que ela vai morrer na sua mesa’. Aí chamaram o Samu para me levar para o hospital”.
Nesta reportagem você vai entender o que é a blefaroplastia, quando e onde deve ser realizada e quais cuidados antes, durante e depois da operação.
O que é blefaroplastia?
Quando ela é recomendada?
Há idade mínima do paciente para o procedimento?
Quando deve ser evitada?
Quais profissionais estão aptos a realizar a blefaroplastia?
Pode ser realizada em consultórios?
Quais cuidados pré-operatórios?
Quanto tempo dura a cirurgia?
O paciente sai do consultório enxergando?
Quais cuidados pós-operatórios?
Qual é a durabilidade do procedimento?
Qual o valor da cirurgia?
Quais complicações da cirurgia?
Mulher de Franca (SP) passou por blefaroplastia, mas diz ter ficado com sequelas por causa de complicações
Arquivo pessoal
1.O que é blefaroplastia?
A blefaroplastia é um tipo de cirurgia que trata as pálpebras. É um procedimento cirúrgico realizado para tratar tanto o excesso de pele quanto as bolsas de gordura das pálpebras superiores e pálpebras inferiores.
2.Quando ela é recomendada?
Segundo a cirurgiã plástica Eliza Minami, a cirurgia é recomendada a pacientes que desejam remover o excesso de pele, as bolsas de gordura, a flacidez muscular, geralmente decorrente do envelhecimento facial.
“Mas há a cirurgia de caráter funcional, não relacionada à parte estética, que pode corrigir a ptose palpebral [caimento anormal da pálpebra superior], o entrópio [inversão da margem palpebral em direção ao globo ocular], o ectrópio [inversão para fora da margem palpebral], trauma e tumores”, explica.
3.Há idade mínima do paciente para o procedimento?
Não. “Pode ser realizada quando surgir a necessidade de correção de alterações na região da pálpebra. Geralmente, podemos indicar a blefaroplastia estética a partir da faixa etária dos 30 anos”, diz Eliza.
Segundo Giovanna, não há uma idade mínima, o que há é indicação. “O que a gente precisa realmente avaliar é se há a necessidade real da realização desse procedimento”.
4.Quando deve ser evitada?
Giovanna explica que essa cirurgia deve ser evitada por pacientes que fazem uso de anticoagulante.
“É uma contraindicação para a realização do procedimento. A gente tem que ver o motivo pelo qual o paciente faz o uso desse anticoagulante e suspender dias antes da cirurgia. A quantidade de dias varia de acordo com o tipo de anticoagulante, mas a gente tem que colocar na balança o risco e o benefício do paciente, porque ele usa essa medicação e, aí sim, suspender”.
5.Quais profissionais estão aptos a realizar a blefaroplastia?
Normalmente, é uma cirurgia feita por dermatologistas que atuam na área da cirurgia dermatológica, ou seja, cirurgiões dermatológicos, além de oftalmologistas e cirurgiões plásticos com experiência na região orbito-palpebral.
A dermatologista Giovana Guzzo durante procedimento em paciente
Arquivo pessoal
6.Pode ser realizada em consultórios?
Segundo Eliza Minami, a cirurgia pode ser realizada em regime ambulatorial ou com paciente internado, com anestesia local, sedação ou anestesia geral. O tipo de anestesia deverá ser avaliado de acordo com cada caso.
A resolução nº 2010/2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM) divide consultórios médicos que podem ou não realizar procedimentos clínicos ou diagnósticos, sob anestesia local, com ou sem sedação a depender do tipo de estabelecimento:
Tipo I – Exerce a medicina básica sem procedimentos, sem anestesia local e sem sedação.
Tipo II – Executam procedimentos sem anestesia local e sem sedação.
Tipo III – Executam procedimentos invasivos de risco de anafilaxias, insuficiência respiratória e cardiovascular, inclusive aqueles com anestesia local sem sedação ou onde se aplicam procedimentos para sedação leve e moderada.
Tipo IV – Executam procedimentos, com anestesia local mais sedação.
Também é importante que o paciente acesse o site do Conselho Regional de Medicina para checar o registro profissional do médico e se ele tem registrada a especialidade que afirma ter.
7.Quais cuidados pré-operatórios?
São necessários exames pré-operatórios. A paciente de Franca, por exemplo, alega que o médico não solicitou nenhuma avaliação da saúde dela antes da cirurgia.
“Além do exame clínico, a gente precisaria de um hemograma e um coagulograma para ver se o paciente tem alguma alteração no processo de coagulação do sangue. Através do hemograma e do coagulograma, a gente consegue avaliar se o paciente tem algum distúrbio de coagulação que possa somar como um fator de risco para o desenvolvimento de um hematoma retrobulbar”, diz a dermatologista Giovanna Guzzo.
8.Quanto tempo dura a cirurgia?
No caso de cirurgia estética, é possível realizar o tratamento das pálpebras superiores e inferiores ou somente as pálpebras superiores ou inferiores.
“O tempo de duração do ato operatório pode variar entre uma a duas horas, pois depende do tipo de intervenção e técnica a ser utilizada. Vale ressaltar que o tempo do ato cirúrgico é diferente do tempo de permanência no centro cirúrgico, pois, esse tempo de permanência envolve o tempo de preparo do paciente na sala de cirurgia e o tempo de recuperação pós anestesia”, afirma Eliza.
9.O paciente sai do consultório enxergando?
Segundo a dermatologista, sim. “A gente faz curativos, principalmente para a blefaro inferior. A superior faz um curativo um pouco mais delicado para o paciente conseguir abrir os olhos e enxergar”.
Ainda segundo a dermatologista, é normal que o paciente fique com os olhos inchados. “A gente orienta o uso de uma pomada por sete dias, que ajuda na regeneração da pele e tem também antibiótico”.
10.Quais cuidados pós-operatórios?
Segundo Giovanna Guzzo, é indicada a aplicação de compressas geladas de aproximadamente 20 minutos, cinco vezes ao dia com chá de camomila, soro fisiológico ou água filtrada. “Isso é superimportante para tentar diminuir o edema”.
Ainda segundo a dermatologista, de forma geral, a recuperação costuma ser bastante tranquila. O paciente pode tirar o curativo em 24 horas e não precisa ficar fazendo curativo em casa, apenas utilizar a pomada antibiótica.
“Nos primeiros três dias, dormir com o dorso um pouquinho elevado, usar uns três travesseiros para dormir, não coçar os olhos, usar óculos escuros sempre que se expuser à luz natural, ficar em casa nos quatro primeiros dias, óculos de TV e leitura a partir do segundo dia, sem forçar a visão”.
Os pontos são retirados entre cinco e sete dias.
“A partir do quarto dia, se não houver nenhuma restrição de campo visual pelo edema, já pode dirigir, fazer alguma atividade de trabalho mais leve, mas nenhum esforço físico. Esforço físico, caminhadas e esporte são permitidos após 20 dias do procedimento”, explica.
11.Qual é a durabilidade do procedimento?
O resultado final pode ser observado em seis meses, mas é importante ressaltar que o procedimento não dura para sempre.
“O paciente, às vezes, acredita que, por se tratar de um procedimento cirúrgico, o resultado é definitivo, mas esquece que a gente continua envelhecendo. Então, de forma geral, os resultados duram entre sete e dez anos, mas depois desse tempo a pele vai continuar envelhecendo, vai ficando cada vez mais fina e vai voltando a ficar com algum grau de flacidez. Não é incomum precisar reabordar esses pacientes depois de aproximadamente dez anos”, diz Giovanna.
12.Qual o valor da cirurgia?
De acordo com a dermatologista, o custo da cirurgia pode variar de R$ 4 mil a R$ 10 mil.
“Isso varia de acordo com o cirurgião. Se o cirurgião faz em consultório ou em bloco cirúrgico, de acordo com a técnica e complexidade de cada caso. Além, claro, se a blefaroplastia vai ser realizada somente nas pálpebras superiores ou se vai ser realizada também nas pálpebras inferiores. Isso influencia bastante no valor da cirurgia”.
13.Quais complicações da cirurgia?
A mais comum, segundo Giovanna, é o hematoma (olho roxo).
No entanto, uma revisão de literatura médica que avaliou 98.814 blefaroplastias apontou um relato de 40 casos de cegueira secundária a hematoma retrobulbar, diz a dermatologista.
“Então, na literatura a gente tem uma incidência de 0,04% dessa complicação. A cegueira é a complicação mais temida da blefaroplastia. O mecanismo pelo qual ela mais frequentemente ocorre é por uma hemorragia retrobulbar e isso causa um comprometimento da circulação do nervo óptico e da artéria central da retina”.
Outras possíveis complicações menos graves, porém, que podem ocorrer, são cicatrizes inestéticas, anomalias da prega palpebral, infecções e ectrópio.
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