
No interior de SP, ministro do Meio Ambiente defende criação de mercado de créditos de metanoon março 9, 2022 at 4:04 pm
- março 9, 2022 Entre representantes do setor sucroenergético, em Ribeirão Preto (SP), Joaquim Leite citou tramitação de texto no Congresso. Em 2021, Brasil assinou acordo global para reduzir emissão de gás do efeito estufa em 30% até 2030. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante evento do setor sucroenergético em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Youtube
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu nesta quarta-feira (9), em passagem por Ribeirão Preto (SP), a criação de um mercado nacional de comercialização de créditos de metano.
O objetivo do programa, parecido com a negociação de créditos de carbono estabelecido pelo Renovabio e em fase de elaboração, é reduzir a emissão do gás causador do efeito estufa, compromisso assinado pelo Brasil e outros países em novembro do ano passado, durante a COP26, conferência do clima de Glasglow, na Escócia.
“O projeto de lei está andando no Congresso, o Ministério da Economia está estruturando. Em maio vamos ter um evento em que nós devemos lançar essa plataforma e toda essa estrutura para reconhecer o ativo ambiental”, afirmou Leite no início da “Abertura de Safra” da consultoria agrícola Datagro, considerado um dos principais eventos do calendário do setor sucroenergético do país.
Segundo especialistas, o metano é 80 vezes mais potente na elevação das temperaturas da Terra que o dióxido de carbono (CO2), sendo responsável por 30% do aquecimento global desde os tempos pré-industriais.
Mais da metade de suas emissões tem origem em atividades humanas como resíduos de aterros e produção de óleo e gás. Quinto maior emissor do mundo, o Brasil concordou em reduzir em 30% suas emissões do gás até 2030.
De acordo com o ministro, além de ajudar o meio ambiente, o programa vai movimentar atividades econômicas em torno das compensações de produção e da negociação dos títulos na Bolsa de Valores.
“Vamos lançar um programa de metano que vai ter incentivos fiscais em relação a aquisição de equipamentos, gerando crédito de metano e mais do que isso, um ativo ambiental, o reconhecimento perante a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] de um ativo ambiental, que eu possa colocar no meu balanço que tenho um ativo ambiental, e que isso tem valor e que isso gera economia”, disse.
Último relatório da ONU sobre as mudanças climáticas mostrou que o metano é responsável por grande parte do aquecimento atual
Reuters
Biometano
Um dos caminhos para se gerar esses créditos, segundo o ministro, é por meio da produção de biometano, como substituto do diesel.
O combustível é obtido a partir do biogás expelido pela decomposição de materiais orgânicos provenientes, por exemplo, de atividades agropecuárias.
Segundo Leite, o incentivo ao biogás – a propósito utilizado em um ônibus em fase de testes em Ribeirão Preto que levou as autoridades ao recinto do evento – reitera o posicionamento apresentado pelo Brasil na conferência do clima com relação à necessidade de se estimular, além da elétrica, diferentes fontes renováveis de energia.
“O mundo numa rota única, elétrica, pode até ser uma realidade para algum país, não é uma realidade para um continente chamado Brasil, não é uma realidade para o mundo. Nós defendemos todas as rotas, continuaremos defendendo as rotas como a combustão à base de biometano, que também é uma energia renovável. E que é importantíssimo não fecharmos a rota única que alguns países vieram propor como solução para mudança do clima.”
O ministro declarou ainda seu apoio ao agronegócio, considerado por ele um setor amigo do meio ambiente, e colocou a redução das emissões dos gases do efeito estufa como parte de um paradoxo, em que também é preciso garantir segurança energética e alimentar para o planeta, diante de problemas como a guerra na Ucrânia.
“A solução pra mudança do clima não é proibir, reduzir, multar. É empreender, inovar e acelerar, e gerar o emprego verde, é nessa rota que o governo federal vai.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoEntre representantes do setor sucroenergético, em Ribeirão Preto (SP), Joaquim Leite citou tramitação de texto no Congresso. Em 2021, Brasil assinou acordo global para reduzir emissão de gás do efeito estufa em 30% até 2030. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante evento do setor sucroenergético em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Youtube
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, defendeu nesta quarta-feira (9), em passagem por Ribeirão Preto (SP), a criação de um mercado nacional de comercialização de créditos de metano.
O objetivo do programa, parecido com a negociação de créditos de carbono estabelecido pelo Renovabio e em fase de elaboração, é reduzir a emissão do gás causador do efeito estufa, compromisso assinado pelo Brasil e outros países em novembro do ano passado, durante a COP26, conferência do clima de Glasglow, na Escócia.
“O projeto de lei está andando no Congresso, o Ministério da Economia está estruturando. Em maio vamos ter um evento em que nós devemos lançar essa plataforma e toda essa estrutura para reconhecer o ativo ambiental”, afirmou Leite no início da “Abertura de Safra” da consultoria agrícola Datagro, considerado um dos principais eventos do calendário do setor sucroenergético do país.
Segundo especialistas, o metano é 80 vezes mais potente na elevação das temperaturas da Terra que o dióxido de carbono (CO2), sendo responsável por 30% do aquecimento global desde os tempos pré-industriais.
Mais da metade de suas emissões tem origem em atividades humanas como resíduos de aterros e produção de óleo e gás. Quinto maior emissor do mundo, o Brasil concordou em reduzir em 30% suas emissões do gás até 2030.
De acordo com o ministro, além de ajudar o meio ambiente, o programa vai movimentar atividades econômicas em torno das compensações de produção e da negociação dos títulos na Bolsa de Valores.
“Vamos lançar um programa de metano que vai ter incentivos fiscais em relação a aquisição de equipamentos, gerando crédito de metano e mais do que isso, um ativo ambiental, o reconhecimento perante a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] de um ativo ambiental, que eu possa colocar no meu balanço que tenho um ativo ambiental, e que isso tem valor e que isso gera economia”, disse.
Último relatório da ONU sobre as mudanças climáticas mostrou que o metano é responsável por grande parte do aquecimento atual
Reuters
Biometano
Um dos caminhos para se gerar esses créditos, segundo o ministro, é por meio da produção de biometano, como substituto do diesel.
O combustível é obtido a partir do biogás expelido pela decomposição de materiais orgânicos provenientes, por exemplo, de atividades agropecuárias.
Segundo Leite, o incentivo ao biogás – a propósito utilizado em um ônibus em fase de testes em Ribeirão Preto que levou as autoridades ao recinto do evento – reitera o posicionamento apresentado pelo Brasil na conferência do clima com relação à necessidade de se estimular, além da elétrica, diferentes fontes renováveis de energia.
“O mundo numa rota única, elétrica, pode até ser uma realidade para algum país, não é uma realidade para um continente chamado Brasil, não é uma realidade para o mundo. Nós defendemos todas as rotas, continuaremos defendendo as rotas como a combustão à base de biometano, que também é uma energia renovável. E que é importantíssimo não fecharmos a rota única que alguns países vieram propor como solução para mudança do clima.”
O ministro declarou ainda seu apoio ao agronegócio, considerado por ele um setor amigo do meio ambiente, e colocou a redução das emissões dos gases do efeito estufa como parte de um paradoxo, em que também é preciso garantir segurança energética e alimentar para o planeta, diante de problemas como a guerra na Ucrânia.
“A solução pra mudança do clima não é proibir, reduzir, multar. É empreender, inovar e acelerar, e gerar o emprego verde, é nessa rota que o governo federal vai.”
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