
‘Não foi fácil, mas fui à luta’, diz pintor e dançarino com síndrome de Down em Ribeirão Preto, SPon março 21, 2022 at 9:01 am
- março 21, 2022 Kleber Fávaro, de 41 anos, também é artesão e garante o sustento comercializando os trabalhos que faz. Representante de instituição que acolhe pessoas com a deficiência pede mais conscientização por conta do dia internacional da síndrome de Down nesta segunda-feira (21). Dançarino profissional Kleber Fávaro durante uma apresentação em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Pintor, dançarino profissional e artesão aos 41 anos, Kleber Fávaro, de Ribeirão Preto (SP), teve a trajetória de vida repleta de desafios e lutas diárias por conta da síndrome de Down.
Mas com empenho e vontade, entre as muitas atividades que exerce e singularidades que possui, fez da síndrome apenas mais uma de suas características e se manteve firme na meta de tornar os sonhos realidade.
“Sei que não foi fácil, mas eu fui à luta. Fui até o fim”, diz.
LEIA TAMBÉM
Síndrome de Down não é doença, é uma condição inerente à pessoa; Não há cura ou tratamento
Caçula de duas irmãs, ele começou a se envolver com a dança em 2006 e apresentou-se em diversas ocasiões e locais. Apaixonado por tango e fã dos sertanejos Chitãozinho & Xororó, Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano, Kleber é descrito por amigos e pela mãe como uma pessoa amorosa e educada.
Apesar da surpresa com a condição do filho e de toda força que precisaria ter para enfrentar os desafios para orientá-lo da melhor maneira possível, Regina Helena Fávaro não hesitou em lutar para que os preconceitos, dificuldades e exclusões fossem combatidos.
“Foi surpresa. Eu soube depois de três meses que ele nasceu. No início é muito difícil, mas eu pensei: ‘tem que dar certo’. Então a gente começou a lutar”, diz.
Dançarino profissional Kleber Fávaro, em apresentação em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Vivendo da arte
Envolvido com a arte desde cedo, Kleber foi construindo a identidade de suas obras e encontrou na pintura de quadros uma forma de alcançar os objetivos que possui.
Atualmente, é da comercialização de quadros autorais que ele tira o sustento financeiro pessoal. Na junção de tintas e telas, o artista se inspira em paisagens, animais e flores para expressar a sua sensibilidade.
O artista também ministra oficinas de artes plásticas de forma gratuita em eventos de Ribeirão Preto, como o encontro de domingo (20) em prol do dia internacional da síndrome de Down, comemorado nesta segunda-feira (21).
“Meu propósito é fazer bastante coisas com meus quadros. Fazer meu planejamento através do meu ganha pão de cada dia”, aponta.
Pinturas do artista plástico Kleber Fávaro, de Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Mãe e filha na luta pela conscientização
Aos 17 anos, Ana Luísa, que tem síndrome de Down, é descrita pela mãe, Sheyla Dutra, como uma jovem educada, generosa, companheira e empática.
Desde que nasceu, uma das prioridades da família foi oferecer a ela estímulo e ferramentas para que a menina pudesse traçar o próprio desenvolvimento de forma independente.
No mesmo ano em que viu a garota nascer, Sheyla criou o projeto Família Diversidade e Amigos (Fada), em Ribeirão Preto, após perceber a dificuldade em obter informações sobre a síndrome de Down.
“Sentia a falta de informação que os tutores tinham em relação a tudo que envolvia o assunto. O projeto oferece acolhimento e empoderamento familiar. A gente acolhe essas famílias, orienta”, explica.
Sheyla Dutra e Ana Luisa em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Redes sociais
Sheyla se entregou quase que integralmente ao fortalecimento do projeto e Ana Luísa construiu, e segue construindo, autonomia na vida com dedicação e determinação.
A jovem possui graduação em cursos nas mais variadas áreas e está focada no mercado de trabalho. Para o futuro, tem como objetivo manter o próprio salão de beleza.
“Eu gosto muito de ser maquiadora e cabeleireira. Me maquio sozinha e gosto de maquiar outras pessoas. Meu plano é abrir meu próprio salão”, diz a garota.
Ana Luisa, de 17 anos, sonha em abrir seu próprio salão em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Dia internacional da síndrome de Down
Celebrado no Brasil desde 2006 e oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) seis anos depois, o dia 21 de março é marcado pela mobilização de projetos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições. Iniciativas como encontros, palestras e rodas de conversa são as mais comuns na data.
Para Sheyla, 21 de março representa mais que apenas um dia no calendário e é sinônimo de ação.
“Essa data não visa bater parabéns, soprar velinhas, nada disso. E sim para trazer à população o conhecimento da causa, trazer uma consciência e dar visibilidade a esses indivíduos (…) É muito importante falar com as pessoas e não sobre as pessoas, não delas, mas com elas. É preciso ouvir mais, ser mais empático, tolerante e conviver com essa diferença, porque diferente todos somos ”.
O que é a síndrome de Down?
A síndrome de Down é considerada pela medicina como a ocorrência genética mais comum entre os nascimentos.
Nela, o indivíduo nasce portando três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células. Quem não tem a síndrome, nasce com dois.
Quem tem essa característica não necessita de tratamento, já que não se trata de uma doença.
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas possuem a síndrome, de acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
*Sob supervisão de Vinícius Alves
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoKleber Fávaro, de 41 anos, também é artesão e garante o sustento comercializando os trabalhos que faz. Representante de instituição que acolhe pessoas com a deficiência pede mais conscientização por conta do dia internacional da síndrome de Down nesta segunda-feira (21). Dançarino profissional Kleber Fávaro durante uma apresentação em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Pintor, dançarino profissional e artesão aos 41 anos, Kleber Fávaro, de Ribeirão Preto (SP), teve a trajetória de vida repleta de desafios e lutas diárias por conta da síndrome de Down.
Mas com empenho e vontade, entre as muitas atividades que exerce e singularidades que possui, fez da síndrome apenas mais uma de suas características e se manteve firme na meta de tornar os sonhos realidade.
“Sei que não foi fácil, mas eu fui à luta. Fui até o fim”, diz.
LEIA TAMBÉM
Síndrome de Down não é doença, é uma condição inerente à pessoa; Não há cura ou tratamento
Caçula de duas irmãs, ele começou a se envolver com a dança em 2006 e apresentou-se em diversas ocasiões e locais. Apaixonado por tango e fã dos sertanejos Chitãozinho & Xororó, Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano, Kleber é descrito por amigos e pela mãe como uma pessoa amorosa e educada.
Apesar da surpresa com a condição do filho e de toda força que precisaria ter para enfrentar os desafios para orientá-lo da melhor maneira possível, Regina Helena Fávaro não hesitou em lutar para que os preconceitos, dificuldades e exclusões fossem combatidos.
“Foi surpresa. Eu soube depois de três meses que ele nasceu. No início é muito difícil, mas eu pensei: ‘tem que dar certo’. Então a gente começou a lutar”, diz.
Dançarino profissional Kleber Fávaro, em apresentação em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Vivendo da arte
Envolvido com a arte desde cedo, Kleber foi construindo a identidade de suas obras e encontrou na pintura de quadros uma forma de alcançar os objetivos que possui.
Atualmente, é da comercialização de quadros autorais que ele tira o sustento financeiro pessoal. Na junção de tintas e telas, o artista se inspira em paisagens, animais e flores para expressar a sua sensibilidade.
O artista também ministra oficinas de artes plásticas de forma gratuita em eventos de Ribeirão Preto, como o encontro de domingo (20) em prol do dia internacional da síndrome de Down, comemorado nesta segunda-feira (21).
“Meu propósito é fazer bastante coisas com meus quadros. Fazer meu planejamento através do meu ganha pão de cada dia”, aponta.
Pinturas do artista plástico Kleber Fávaro, de Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Mãe e filha na luta pela conscientização
Aos 17 anos, Ana Luísa, que tem síndrome de Down, é descrita pela mãe, Sheyla Dutra, como uma jovem educada, generosa, companheira e empática.
Desde que nasceu, uma das prioridades da família foi oferecer a ela estímulo e ferramentas para que a menina pudesse traçar o próprio desenvolvimento de forma independente.
No mesmo ano em que viu a garota nascer, Sheyla criou o projeto Família Diversidade e Amigos (Fada), em Ribeirão Preto, após perceber a dificuldade em obter informações sobre a síndrome de Down.
“Sentia a falta de informação que os tutores tinham em relação a tudo que envolvia o assunto. O projeto oferece acolhimento e empoderamento familiar. A gente acolhe essas famílias, orienta”, explica.
Sheyla Dutra e Ana Luisa em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Redes sociais
Sheyla se entregou quase que integralmente ao fortalecimento do projeto e Ana Luísa construiu, e segue construindo, autonomia na vida com dedicação e determinação.
A jovem possui graduação em cursos nas mais variadas áreas e está focada no mercado de trabalho. Para o futuro, tem como objetivo manter o próprio salão de beleza.
“Eu gosto muito de ser maquiadora e cabeleireira. Me maquio sozinha e gosto de maquiar outras pessoas. Meu plano é abrir meu próprio salão”, diz a garota.
Ana Luisa, de 17 anos, sonha em abrir seu próprio salão em Ribeirão Preto (SP)
Arquivo pessoal
Dia internacional da síndrome de Down
Celebrado no Brasil desde 2006 e oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) seis anos depois, o dia 21 de março é marcado pela mobilização de projetos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições. Iniciativas como encontros, palestras e rodas de conversa são as mais comuns na data.
Para Sheyla, 21 de março representa mais que apenas um dia no calendário e é sinônimo de ação.
“Essa data não visa bater parabéns, soprar velinhas, nada disso. E sim para trazer à população o conhecimento da causa, trazer uma consciência e dar visibilidade a esses indivíduos (…) É muito importante falar com as pessoas e não sobre as pessoas, não delas, mas com elas. É preciso ouvir mais, ser mais empático, tolerante e conviver com essa diferença, porque diferente todos somos ”.
O que é a síndrome de Down?
A síndrome de Down é considerada pela medicina como a ocorrência genética mais comum entre os nascimentos.
Nela, o indivíduo nasce portando três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células. Quem não tem a síndrome, nasce com dois.
Quem tem essa característica não necessita de tratamento, já que não se trata de uma doença.
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas possuem a síndrome, de acordo com o último levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
*Sob supervisão de Vinícius Alves
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
Quer aprender como investir no mercado financeiro de forma segura e eficiente de forma automatizada?
Conheça o Scalper Trader Auto Bot, Agora!
You may also like
Conheça o Scalper Trader Auto Bot, Agora!

You may also like
Posts recentes
- Sequência de batidas em avenida da zona Sul deixa dois em estado grave em Ribeirão Preto, SPon maio 28, 2023 at 6:27 pm
- Medo de reações adversas é o principal motivo que leva pais a deixarem de vacinar filhos, aponta pesquisaon maio 28, 2023 at 5:48 pm
- Resgatados em rodovias após atropelamento ou abandono, animais buscam lares em Ribeirão Preto, SPon maio 28, 2023 at 2:58 pm
- Fibromialgia e artrite reumatóide: especialista responde perguntas sobre as doençason maio 28, 2023 at 1:25 pm
- Casal de Ribeirão Preto que adotou bebê no Malawi explica processo de adoção internacionalon maio 28, 2023 at 8:00 am
Deixe um comentário