MP denuncia dono de escola por nove mortes em desmoronamento de gruta em Altinópolis, SPon julho 26, 2022 at 5:36 pm
- julho 26, 2022 Para a Promotoria, empresário deve ser julgado por nove homicídios culposos, quando não há intenção de matar. Acidente aconteceu no fim de outubro de 2021 e deixou outros 19 feridos. Bombeiros trabalham no resgate de vítimas na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, SP
Divulgação/Polícia Militar
O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça o dono da escola responsável pelo treinamento que terminou com as mortes de nove pessoas na gruta Duas Bocas, em Altinópolis (SP), no fim de outubro de 2021. Segundo a Promotoria, Sebastião Francisco Abreu Neto deve responder por nove homicídios culposos, quando não há intenção de matar.
A denúncia foi encaminhada na segunda-feira (25) à Justiça de Altinópolis. De acordo com o promotor Ivan Cintra Borges, o curso de busca e salvamento na gruta Duas Bocas vendido pela escola de Abreu Neto não poderia ter acontecido no formato definido.
“Cursos e treinamentos em ambientes externos somente podem ocorrer em local seguro e controlado, assegurando-se o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) a todos os participantes. A empresa não forneceu sequer capacetes a todos os inscritos, que precisavam fazer rodízio para usar os equipamentos”, diz a nota divulgada pelo Ministério Público nesta terça-feira (26).
Ainda de acordo com a denúncia do MP, qualquer tipo de instrução e treinamento dentro da gruta era contraindicada por causa da formação de arenito, estrutura geológica sujeita à perda de estabilização e a desmoronamentos.
Em nota, a defesa de Abreu Neto disse que a denúncia é uma tentativa infeliz do Ministério Público de chamar atenção.
“A defesa vê a denúncia como uma tentativa infeliz da promotoria chamar os holofotes para si. O soterramento nada teve a ver com uso ou não de EPI, que aliás todos estavam usando. A gruta era aberta ao público e a pessoa que organizou o curso, infelizmente já faleceu, porém tinha todas as qualificações necessárias para fazê-lo. O que o MP está fazendo é uma tentativa baixa e cruel de se promover em cima da desgraça alheia.”
Em dezembro de 2021, a Polícia Civil já havia indiciado Sebastião Francisco Abreu Neto por nove homicídios qualificados. Segundo o delegado Rodrigo Salvino Patto, responsável pelo inquérito, o dono da escola não deveria ter permitido o curso na gruta por causa das condições climáticas da região no dia do treinamento.
Grupo soterrado
O desmoronamento aconteceu na madrugada de 31 de outubro de 2021. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 28 bombeiros civis e instrutores faziam um treinamento no interior da gruta Duas Bocas, quando o teto desabou, deixando parte do grupo retido.
Das dez vítimas completamente soterradas, nove morreram: Celso Galina Júnior, instrutor responsável pelo curso, Jenifer Caroline da Silva, José Cândido Messias da Silva, Elaine Cristina de Carvalho, Rodrigo Triffoni Calegari, Jonatas Ítalo Lopes, Débora Silva Ferreira, Ana Carla Costa Rodrigues de Barros e Natan de Souza Martins.
O laudo da perícia técnica descartou ação humana no desmoronamento – escavação ou uso de máquinas e ferramentas –, mas apontou falhas na formação rochosa composta por arenito, em razão de desgaste do tempo e da ação do clima.
Esta matéria está em atualização
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoPara a Promotoria, empresário deve ser julgado por nove homicídios culposos, quando não há intenção de matar. Acidente aconteceu no fim de outubro de 2021 e deixou outros 19 feridos. Bombeiros trabalham no resgate de vítimas na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, SP
Divulgação/Polícia Militar
O Ministério Público (MP) denunciou à Justiça o dono da escola responsável pelo treinamento que terminou com as mortes de nove pessoas na gruta Duas Bocas, em Altinópolis (SP), no fim de outubro de 2021. Segundo a Promotoria, Sebastião Francisco Abreu Neto deve responder por nove homicídios culposos, quando não há intenção de matar.
A denúncia foi encaminhada na segunda-feira (25) à Justiça de Altinópolis. De acordo com o promotor Ivan Cintra Borges, o curso de busca e salvamento na gruta Duas Bocas vendido pela escola de Abreu Neto não poderia ter acontecido no formato definido.
“Cursos e treinamentos em ambientes externos somente podem ocorrer em local seguro e controlado, assegurando-se o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) a todos os participantes. A empresa não forneceu sequer capacetes a todos os inscritos, que precisavam fazer rodízio para usar os equipamentos”, diz a nota divulgada pelo Ministério Público nesta terça-feira (26).
Ainda de acordo com a denúncia do MP, qualquer tipo de instrução e treinamento dentro da gruta era contraindicada por causa da formação de arenito, estrutura geológica sujeita à perda de estabilização e a desmoronamentos.
Em nota, a defesa de Abreu Neto disse que a denúncia é uma tentativa infeliz do Ministério Público de chamar atenção.
“A defesa vê a denúncia como uma tentativa infeliz da promotoria chamar os holofotes para si. O soterramento nada teve a ver com uso ou não de EPI, que aliás todos estavam usando. A gruta era aberta ao público e a pessoa que organizou o curso, infelizmente já faleceu, porém tinha todas as qualificações necessárias para fazê-lo. O que o MP está fazendo é uma tentativa baixa e cruel de se promover em cima da desgraça alheia.”
Em dezembro de 2021, a Polícia Civil já havia indiciado Sebastião Francisco Abreu Neto por nove homicídios qualificados. Segundo o delegado Rodrigo Salvino Patto, responsável pelo inquérito, o dono da escola não deveria ter permitido o curso na gruta por causa das condições climáticas da região no dia do treinamento.
Grupo soterrado
O desmoronamento aconteceu na madrugada de 31 de outubro de 2021. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 28 bombeiros civis e instrutores faziam um treinamento no interior da gruta Duas Bocas, quando o teto desabou, deixando parte do grupo retido.
Das dez vítimas completamente soterradas, nove morreram: Celso Galina Júnior, instrutor responsável pelo curso, Jenifer Caroline da Silva, José Cândido Messias da Silva, Elaine Cristina de Carvalho, Rodrigo Triffoni Calegari, Jonatas Ítalo Lopes, Débora Silva Ferreira, Ana Carla Costa Rodrigues de Barros e Natan de Souza Martins.
O laudo da perícia técnica descartou ação humana no desmoronamento – escavação ou uso de máquinas e ferramentas –, mas apontou falhas na formação rochosa composta por arenito, em razão de desgaste do tempo e da ação do clima.
Esta matéria está em atualização
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
Quer aprender como investir no mercado financeiro de forma segura e eficiente de forma automatizada?
Conheça o Scalper Trader Auto Bot, Agora!
You may also like
Conheça o Scalper Trader Auto Bot, Agora!

You may also like
Posts recentes
- Mensagens entre agiotas e devedores mostram ameaças de quadrilha nas cobranças em Franca, SP, diz MPon dezembro 9, 2023 at 8:21 pm
- ‘Barato da Cozinha’: aprenda a fazer filé mignon suíno no abacaxi para ceia de Natalon dezembro 9, 2023 at 3:24 pm
- Caminhão com peça gigante enrosca em fio e derruba poste em cima de carro de apoio em Igarapava, SPon dezembro 9, 2023 at 2:56 pm
- Homem é preso por suspeita de roubo a fazenda e estupro de vítima em Serra Azul, SPon dezembro 9, 2023 at 2:05 pm
- Pow Festival em Ribeirão Preto reúne nomes da inovação e da criatividade e mais atraçõeson dezembro 9, 2023 at 1:21 pm
Deixe um comentário