Com problemas na cadeia de produção, lojistas de Ribeirão Preto já compram roupas para o Natalon julho 24, 2022 at 5:09 pm
- julho 24, 2022 Segundo comerciantes, preços altos e atrasos na entrega de pedidos à indústria causam insegurança. Roupas acumulam inflação de 10,69% no primeiro semestre de 2022, de acordo com o IBGE. Preço das roupas acumula alta de 10,69% no primeiro semestre
Gerente de uma loja de roupas masculinas no Centro de Ribeirão Preto (SP), Antônio Carlos Benedicto afirma que os preços praticados atualmente nunca foram tão altos. Para tentar não prejudicar as vendas, reajustes foram feitos, mas não em sua totalidade para o cliente.
“Todos os empresários estão assustados por falta de mercadoria. Sobe na fábrica, você tem que puxar um pouquinho também, em torno de 7% a 8%. Se você não repassa, você não consegue repor a mercadoria no próximo pedido. Alguns clientes que levavam três ou quatro camisas, hoje ele leva uma.”
O preço nas alturas observado por Antônio Carlos se reflete na inflação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado no primeiro semestre de 2022 é de 10,69%.
A calça feminina e os vestidos estão entre os mais que registraram alta de janeiro a junho deste ano, conforme dados do Sindicato da Indústria Têxtil.
Reajuste de preços no 1º semestre de 2022:
Calça feminina: 15,95%
Vestido: 15,65%
Calça infantil: 14,10%
Blusa feminina: 10,52%
Camisa/camiseta masculina: 10,48%
Calça masculina: 9,93%
Roupa masculina: 9,85%
Roupa de cama: 9,22%
Lingerie: 9,14%
Camiseta infantil: 8,65%
Costureira trabalha produzindo roupas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Problemas na produção
Uma das principais matérias-primas usadas para produção de roupas é o algodão. O Brasil tem a China como principal fornecedora de insumos. Dificuldades com logística por causa da pandemia de Covid desde 2021 agravam ainda mais a situação.
O dólar alto, acima dos R$ 5, também não ajuda o setor nacional a oferecer preços melhores aos consumidores. Segundo Márcio Hércules Augusto, dono de uma indústria , nos últimos três meses, o reajuste foi de cerca de 25%.
“A matéria-prima está sendo atualizada em dólar, a demanda interna do Brasil é muito alta pela produção que tem. Temos que importar a matéria-prima e ela vem reajustada. A indústria acaba absorvendo todo esse ônus e deveríamos tentar repassar um pouco mais, mas ainda conseguimos segurar um pouco, porque senão fica muito fora o preço”, afirma.
Como a matéria-prima não chega, as fábricas produzem menos e a entrega de mercadorias fica comprometida.
Lojas de roupas masculinas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Pode faltar produto para o fim de ano
A Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de confecção projeta uma desaceleração para o setor até o fim de 2022. O crescimento deve ficar em 1,2%, número muito abaixo do registrado em 2021, que foi 11,7%.
“Datas como Dia dos Pais, que é muito importante para o mercado, muitas lojas, muitas indústrias podem ficar sem matéria-prima porque não chega no prazo correto por causa do prazo de logística, importação, trâmites dos portos. Tudo isso atrasa a entrega da matéria-prima”, diz Augusto.
Com receio por causa do atraso nas encomendas, o gerente Antônio Carlos já está antecipando as compras do período de Natal para garantir o estoque.
“Nós estamos fazendo uma programação de mercadorias que era uma coisa feita pós Dia dos Pais, de agosto em diante. Estamos comprando já no mês de julho para termos mercadoria no fim de ano. Se eu deixar mais 15 dias, eu já não tenho a mercadoria [para dezembro].”
Indústria de roupas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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Gerente de uma loja de roupas masculinas no Centro de Ribeirão Preto (SP), Antônio Carlos Benedicto afirma que os preços praticados atualmente nunca foram tão altos. Para tentar não prejudicar as vendas, reajustes foram feitos, mas não em sua totalidade para o cliente.
“Todos os empresários estão assustados por falta de mercadoria. Sobe na fábrica, você tem que puxar um pouquinho também, em torno de 7% a 8%. Se você não repassa, você não consegue repor a mercadoria no próximo pedido. Alguns clientes que levavam três ou quatro camisas, hoje ele leva uma.”
O preço nas alturas observado por Antônio Carlos se reflete na inflação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado no primeiro semestre de 2022 é de 10,69%.
A calça feminina e os vestidos estão entre os mais que registraram alta de janeiro a junho deste ano, conforme dados do Sindicato da Indústria Têxtil.
Reajuste de preços no 1º semestre de 2022:
Calça feminina: 15,95%
Vestido: 15,65%
Calça infantil: 14,10%
Blusa feminina: 10,52%
Camisa/camiseta masculina: 10,48%
Calça masculina: 9,93%
Roupa masculina: 9,85%
Roupa de cama: 9,22%
Lingerie: 9,14%
Camiseta infantil: 8,65%
Costureira trabalha produzindo roupas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Problemas na produção
Uma das principais matérias-primas usadas para produção de roupas é o algodão. O Brasil tem a China como principal fornecedora de insumos. Dificuldades com logística por causa da pandemia de Covid desde 2021 agravam ainda mais a situação.
O dólar alto, acima dos R$ 5, também não ajuda o setor nacional a oferecer preços melhores aos consumidores. Segundo Márcio Hércules Augusto, dono de uma indústria , nos últimos três meses, o reajuste foi de cerca de 25%.
“A matéria-prima está sendo atualizada em dólar, a demanda interna do Brasil é muito alta pela produção que tem. Temos que importar a matéria-prima e ela vem reajustada. A indústria acaba absorvendo todo esse ônus e deveríamos tentar repassar um pouco mais, mas ainda conseguimos segurar um pouco, porque senão fica muito fora o preço”, afirma.
Como a matéria-prima não chega, as fábricas produzem menos e a entrega de mercadorias fica comprometida.
Lojas de roupas masculinas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Pode faltar produto para o fim de ano
A Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de confecção projeta uma desaceleração para o setor até o fim de 2022. O crescimento deve ficar em 1,2%, número muito abaixo do registrado em 2021, que foi 11,7%.
“Datas como Dia dos Pais, que é muito importante para o mercado, muitas lojas, muitas indústrias podem ficar sem matéria-prima porque não chega no prazo correto por causa do prazo de logística, importação, trâmites dos portos. Tudo isso atrasa a entrega da matéria-prima”, diz Augusto.
Com receio por causa do atraso nas encomendas, o gerente Antônio Carlos já está antecipando as compras do período de Natal para garantir o estoque.
“Nós estamos fazendo uma programação de mercadorias que era uma coisa feita pós Dia dos Pais, de agosto em diante. Estamos comprando já no mês de julho para termos mercadoria no fim de ano. Se eu deixar mais 15 dias, eu já não tenho a mercadoria [para dezembro].”
Indústria de roupas em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
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