
Coletivo Todas as Vozes anuncia rompimento em Ribeirão Preto e acusa vereador do PSOL de violência política de gênero e raça contra mulhereson julho 12, 2022 at 9:41 pm
- julho 12, 2022 Em comunicado, sete integrantes afirmam que o parlamentar Renan Faustino articulou com outros membros do partido para ficar com mandato exclusivo. Eles também denunciam assédio e perseguição. Ramon Faustino, do PSOL, rompeu com Coletivo Todas as Vozes
EPTV/Reprodução
Integrantes do mandato coletivo Todas as Vozes (PSOL) na Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto (SP) anunciaram, por meio das redes sociais, o rompimento com o vereador Ramon Faustino (PSOL).
Em uma carta publicada simultaneamente nas contas pessoais, Flávio Racy, Viviane Silva, Anita Silva, Patrícia Cardoso, Jéssica Romero, Mileide Melo e Márcia Rubiano afirmam que o coletivo está sendo obrigado a deixar o mandato de vereança por causa de um processo de violência política de gênero e raça, cometidas contra as mulheres que assinam o texto.
“Oficializamos o desligamento do Coletivo Todas as Vozes que não mais integrará o mandato do vereador Ramon Faustino. No entanto, ressaltamos que continuamos acreditando na coletividade e na integridade para fazer política”.
O texto diz que as violências foram praticadas por Ramon Faustino, Sheila Brandão, que também é integrante do mandato coletivo, e pela atual coordenação municipal da Primavera Socialista do PSOL, composta por João Braz Batizzoco, Matheus Batizzoco, além de Ramon e Sheila.
“O objetivo de impedir o exercício efetivamente coletivo do mandato, e deixá-lo a cargo exclusivo do representante legislativo Ramon, quem só usou mandato coletivo para ser eleito.”
Procurados pelo g1 nesta terça-feira (12), Ramon e Sheila não retornaram o contato até a publicação desta matéria.
Presidente do PSOL em Ribeirão Preto, Matheus Batizzoco informou que o partido ainda está debatendo internamente e, em breve, deve emitir uma nota de posicionamento sobre o assunto.
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Conflitos teriam começado em fevereiro de 2021
Em 2020, Renan Faustino foi eleito vereador pelo PSOL com 2.744 votos e com a promessa de levar em conta a opinião de outras pessoas nas decisões no Legislativo municipal. O coletivo Todas as Vozes era formado por nove pessoas: Faustino, Anita Silva, Márcia Rubiano, Sheila Brandão, Flávio Racy, Patrícia Cardoso, Jéssica Romero, Viviane Silva e Mileide Melo.
Segundo os co-vereadores, o grupo passou a enfrentar conflitos em fevereiro de 2021, logo após a posse do mandato em janeiro do mesmo ano.
“Seguramos até aqui por respeito aos nossos eleitores. Sofremos situações como a apresentação de documentos falsos para o coletivo assinar, boicote, roubo de ideias e projetos, difamação, isolamento dentro do partido, ameaças e inúmeras tentativas de silenciamento. Temos provas desses acontecimentos e divulgaremos em breve documentos que estavam sendo tratados dentro do PSOL”, diz o comunicado.
Denúncias de assédio e ameaças
Um trecho específico do comunicado destaca ainda que, em maio deste ano, o grupo teria recebido de uma das co-vereadoras denúncias de assédio moral, sexual e violência psicológica, envolvendo perseguição, ameaças e difamação.
“A vítima, após um processo de adoecimento, comunicou ao coletivo o que estava acontecendo, e passamos a cobrar uma posição do assediador e do partido, pois a sua situação era inadmissível. Então veio a retaliação com a destituição de nós sete. Não pactuamos com qualquer tipo de violência e vamos lutar por justiça. Quando entramos neste projeto, víamos em Ramon um representante com quem poderíamos construir um mandato histórico para a cidade, mas ele se provou justamente o contrário do que defendeu em campanha: um político personalista disposto a ir até às últimas consequências para manter o poder”.
Mandato coletivo é inédito em Ribeirão Preto
Além do Coletivo Todas as Vozes, a Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto tem a atuação do Coletivo Popular, representado por Judeti Zilli (PT), também eleita em 2020.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a legislação eleitoral brasileira não regulamenta o mandato coletivo, tendo o registro de candidatura caráter individual. Desta forma, apenas o candidato é registrado e, se eleito, diplomado.
“A resolução que trata do registro de candidatura para as eleições 2022 (Resolução TSE 23.609/19, com redação dada pela Resolução TSE 23.675/21) passou a autorizar a menção ao grupo ou coletivo de apoiadores na composição do nome do candidato. No entanto, o registro de candidatura permanece tendo caráter individual”.
O g1 entrou em contato com o presidente da Câmara dos Vereadores, Alessandro Maraca (MDB), mas não obteve um posicionamento até a última atualização desta matéria.
Veja mais notícias da região em g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoEm comunicado, sete integrantes afirmam que o parlamentar Renan Faustino articulou com outros membros do partido para ficar com mandato exclusivo. Eles também denunciam assédio e perseguição. Ramon Faustino, do PSOL, rompeu com Coletivo Todas as Vozes
EPTV/Reprodução
Integrantes do mandato coletivo Todas as Vozes (PSOL) na Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto (SP) anunciaram, por meio das redes sociais, o rompimento com o vereador Ramon Faustino (PSOL).
Em uma carta publicada simultaneamente nas contas pessoais, Flávio Racy, Viviane Silva, Anita Silva, Patrícia Cardoso, Jéssica Romero, Mileide Melo e Márcia Rubiano afirmam que o coletivo está sendo obrigado a deixar o mandato de vereança por causa de um processo de violência política de gênero e raça, cometidas contra as mulheres que assinam o texto.
“Oficializamos o desligamento do Coletivo Todas as Vozes que não mais integrará o mandato do vereador Ramon Faustino. No entanto, ressaltamos que continuamos acreditando na coletividade e na integridade para fazer política”.
O texto diz que as violências foram praticadas por Ramon Faustino, Sheila Brandão, que também é integrante do mandato coletivo, e pela atual coordenação municipal da Primavera Socialista do PSOL, composta por João Braz Batizzoco, Matheus Batizzoco, além de Ramon e Sheila.
“O objetivo de impedir o exercício efetivamente coletivo do mandato, e deixá-lo a cargo exclusivo do representante legislativo Ramon, quem só usou mandato coletivo para ser eleito.”
Procurados pelo g1 nesta terça-feira (12), Ramon e Sheila não retornaram o contato até a publicação desta matéria.
Presidente do PSOL em Ribeirão Preto, Matheus Batizzoco informou que o partido ainda está debatendo internamente e, em breve, deve emitir uma nota de posicionamento sobre o assunto.
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Conflitos teriam começado em fevereiro de 2021
Em 2020, Renan Faustino foi eleito vereador pelo PSOL com 2.744 votos e com a promessa de levar em conta a opinião de outras pessoas nas decisões no Legislativo municipal. O coletivo Todas as Vozes era formado por nove pessoas: Faustino, Anita Silva, Márcia Rubiano, Sheila Brandão, Flávio Racy, Patrícia Cardoso, Jéssica Romero, Viviane Silva e Mileide Melo.
Segundo os co-vereadores, o grupo passou a enfrentar conflitos em fevereiro de 2021, logo após a posse do mandato em janeiro do mesmo ano.
“Seguramos até aqui por respeito aos nossos eleitores. Sofremos situações como a apresentação de documentos falsos para o coletivo assinar, boicote, roubo de ideias e projetos, difamação, isolamento dentro do partido, ameaças e inúmeras tentativas de silenciamento. Temos provas desses acontecimentos e divulgaremos em breve documentos que estavam sendo tratados dentro do PSOL”, diz o comunicado.
Denúncias de assédio e ameaças
Um trecho específico do comunicado destaca ainda que, em maio deste ano, o grupo teria recebido de uma das co-vereadoras denúncias de assédio moral, sexual e violência psicológica, envolvendo perseguição, ameaças e difamação.
“A vítima, após um processo de adoecimento, comunicou ao coletivo o que estava acontecendo, e passamos a cobrar uma posição do assediador e do partido, pois a sua situação era inadmissível. Então veio a retaliação com a destituição de nós sete. Não pactuamos com qualquer tipo de violência e vamos lutar por justiça. Quando entramos neste projeto, víamos em Ramon um representante com quem poderíamos construir um mandato histórico para a cidade, mas ele se provou justamente o contrário do que defendeu em campanha: um político personalista disposto a ir até às últimas consequências para manter o poder”.
Mandato coletivo é inédito em Ribeirão Preto
Além do Coletivo Todas as Vozes, a Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto tem a atuação do Coletivo Popular, representado por Judeti Zilli (PT), também eleita em 2020.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a legislação eleitoral brasileira não regulamenta o mandato coletivo, tendo o registro de candidatura caráter individual. Desta forma, apenas o candidato é registrado e, se eleito, diplomado.
“A resolução que trata do registro de candidatura para as eleições 2022 (Resolução TSE 23.609/19, com redação dada pela Resolução TSE 23.675/21) passou a autorizar a menção ao grupo ou coletivo de apoiadores na composição do nome do candidato. No entanto, o registro de candidatura permanece tendo caráter individual”.
O g1 entrou em contato com o presidente da Câmara dos Vereadores, Alessandro Maraca (MDB), mas não obteve um posicionamento até a última atualização desta matéria.
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