
Casal de músicos que vive no Brasil acompanha tensão na Ucrânia: ‘Povo não quer guerra’on fevereiro 22, 2022 at 9:01 am
- fevereiro 22, 2022 Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan deixaram país de origem há duas décadas, mas ainda têm familiares no leste europeu e temem conflito armado. Ucranianos que vivem em Ribeirão Preto comentam situação entre Ucrânia e Rússia
Há 24 anos, o músico arranjador Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan deixaram a Ucrânia para viver em Ribeirão Preto (SP). Eles chegaram à cidade a convite do maestro Roberto Minczuk, para integrar a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, e adotaram o Brasil como segundo lar.
Hoje, mais do que nunca, os pensamentos estão do outro lado do mundo. A preocupação é a possibilidade de uma guerra entre Rússia e a Ucrânia. Como parte da família ainda vive no país de origem deles, a tensão política deixa o casal aflito.
“A gente não acha que o Putin está certo fazendo isso e que a Ucrânia está certa ou errada com as coisas que ela está fazendo na política. Acho que o mais importante é saber que o próprio povo não quer guerra”, afirma Snizhana.
“Se ucraniano e russo vão ter a amizade que sempre tinham, seria um sonho. Uma coisa que eu queria muito”, diz Bogdan.
LEIA TAMBÉM:
Por que os EUA acreditam que a Rússia pode atacar a Ucrânia?
Crise na Ucrânia: por que aumentaram os temores de invasão?
O músico arranjador Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan vivem no Brasil e acompanham cenário na Ucrânia
Chico Escolano/EPTV
Crise
A tensão que preocupa o casal começou no Leste Europeu em janeiro deste ano depois que tropas russas ocuparam a fronteira da Ucrânia, o que sinalizou uma possível invasão. Desde então, mais de 150 mil soldados estão posicionados na região.
O principal motivo apontado por especialistas em política internacional para a crise são a intenção da Ucrânia de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a aproximação dela da União Europeia.
A Ucrânia se tornou independente em 1991 após a dissolução da União Soviética. Os laços históricos e culturais se misturaram, mas, em 2014, mudanças na política interna da Ucrânia e a anexação da Crimeia ao território russo mudaram o rumo das relações.
Região de fronteira entre a Rússia e a Ucrânia em 19 de fevereiro de 2022
Andrey Boroludim/AFP
Agora, a Rússia quer que os EUA e seus aliados impeçam a Ucrânia e outras ex-nações soviéticas de ingressarem na Otan, abstenham-se de posicionar equipamentos militares perto da Rússia e recuem as forças da aliança da Europa Oriental.
Os EUA e a Otan rejeitam essas demandas, mas estão se oferecendo para discutir possíveis limites para o uso de mísseis, maior transparência dos exercícios militares e outras medidas de construção de confiança.
O presidente americano, Joe Biden, afirma que as tropas russas estão em prontidão para atacar a Ucrânia nos próximos dias.
Uma mulher olha pela janela de uma casa em Sievierodonetsk, na região de Luhansk, no leste da Ucrânia.
AP Foto/Vadim Ghirda
Em um dos episódios recentes, o governo russo anunciou a retirada de tropas da região de fronteira com a Ucrânia. A notícia foi bem recebida, porém, a Otan realizou investigações e disse que a mobilização não ocorreu.
Nesta segunda-feira (21), o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas regiões separatistas da Ucrânia , Luhansk e Donetsk, como independentes, em mais um passo que ajuda a incendiar a crise.
Esperança
Além de acompanhar o noticiário nacional, Bogdan e Snizhana buscam entender melhor o conflito conversando com parentes que vivem na Russia e na Ucrânia.
“É muito difícil ver o que está acontecendo. Nós saímos de lá após o fim da Guerra Fria, mas daqui a gente continua a pensar como se Ucrânia e Rússia fossem o mesmo país. O mais dolorido é ver o que está acontecendo entre dois países irmãos”, afirma Bogdan.
O ucraniano Bogdan Dragan toca composição de Tchaikovski em Ribeirão Preto, SP
Chico Escolano/EPTV
Do Brasil, o músico deseja uma conciliação. Ao som de ‘Doce Sonho’, de Tchaikovski, compositor que era meio russo e meio ucraniano, ele lembra que o diálogo é sempre possível.
“A gente pode falar que estamos acreditando e pensando positivo que não vai chegar à guerra. O desejo é que não tenha guerra. Não há motivo para brigar.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região
:Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan deixaram país de origem há duas décadas, mas ainda têm familiares no leste europeu e temem conflito armado. Ucranianos que vivem em Ribeirão Preto comentam situação entre Ucrânia e Rússia
Há 24 anos, o músico arranjador Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan deixaram a Ucrânia para viver em Ribeirão Preto (SP). Eles chegaram à cidade a convite do maestro Roberto Minczuk, para integrar a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, e adotaram o Brasil como segundo lar.
Hoje, mais do que nunca, os pensamentos estão do outro lado do mundo. A preocupação é a possibilidade de uma guerra entre Rússia e a Ucrânia. Como parte da família ainda vive no país de origem deles, a tensão política deixa o casal aflito.
“A gente não acha que o Putin está certo fazendo isso e que a Ucrânia está certa ou errada com as coisas que ela está fazendo na política. Acho que o mais importante é saber que o próprio povo não quer guerra”, afirma Snizhana.
“Se ucraniano e russo vão ter a amizade que sempre tinham, seria um sonho. Uma coisa que eu queria muito”, diz Bogdan.
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O músico arranjador Bogdan Dragan e a musicista Snizhana Drahan vivem no Brasil e acompanham cenário na Ucrânia
Chico Escolano/EPTV
Crise
A tensão que preocupa o casal começou no Leste Europeu em janeiro deste ano depois que tropas russas ocuparam a fronteira da Ucrânia, o que sinalizou uma possível invasão. Desde então, mais de 150 mil soldados estão posicionados na região.
O principal motivo apontado por especialistas em política internacional para a crise são a intenção da Ucrânia de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a aproximação dela da União Europeia.
A Ucrânia se tornou independente em 1991 após a dissolução da União Soviética. Os laços históricos e culturais se misturaram, mas, em 2014, mudanças na política interna da Ucrânia e a anexação da Crimeia ao território russo mudaram o rumo das relações.
Região de fronteira entre a Rússia e a Ucrânia em 19 de fevereiro de 2022
Andrey Boroludim/AFP
Agora, a Rússia quer que os EUA e seus aliados impeçam a Ucrânia e outras ex-nações soviéticas de ingressarem na Otan, abstenham-se de posicionar equipamentos militares perto da Rússia e recuem as forças da aliança da Europa Oriental.
Os EUA e a Otan rejeitam essas demandas, mas estão se oferecendo para discutir possíveis limites para o uso de mísseis, maior transparência dos exercícios militares e outras medidas de construção de confiança.
O presidente americano, Joe Biden, afirma que as tropas russas estão em prontidão para atacar a Ucrânia nos próximos dias.
Uma mulher olha pela janela de uma casa em Sievierodonetsk, na região de Luhansk, no leste da Ucrânia.
AP Foto/Vadim Ghirda
Em um dos episódios recentes, o governo russo anunciou a retirada de tropas da região de fronteira com a Ucrânia. A notícia foi bem recebida, porém, a Otan realizou investigações e disse que a mobilização não ocorreu.
Nesta segunda-feira (21), o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas regiões separatistas da Ucrânia , Luhansk e Donetsk, como independentes, em mais um passo que ajuda a incendiar a crise.
Esperança
Além de acompanhar o noticiário nacional, Bogdan e Snizhana buscam entender melhor o conflito conversando com parentes que vivem na Russia e na Ucrânia.
“É muito difícil ver o que está acontecendo. Nós saímos de lá após o fim da Guerra Fria, mas daqui a gente continua a pensar como se Ucrânia e Rússia fossem o mesmo país. O mais dolorido é ver o que está acontecendo entre dois países irmãos”, afirma Bogdan.
O ucraniano Bogdan Dragan toca composição de Tchaikovski em Ribeirão Preto, SP
Chico Escolano/EPTV
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“A gente pode falar que estamos acreditando e pensando positivo que não vai chegar à guerra. O desejo é que não tenha guerra. Não há motivo para brigar.”
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
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