Brasileiro que morou na Ucrânia lamenta ataque da Rússia: ‘Sensação de muito pesar, muita tristeza’, dizon fevereiro 24, 2022 at 2:44 pm

Emmanuel Barreto, de Ribeirão Preto, morou em Kiev de 2019 a 2021 e critica a investida contra os ucranianos. Ataques começaram na madrugada desta quinta-feira (24). Emmanuel Barreto é de Ribeirão Preto, SP, e morou na Ucrânia
Arquivo Pessoal
O brasileiro Emmanuel Barreto, de 49 anos, morou em Kiev, capital da Ucrânia, entre 2019 e 2021. Atualmente em Ribeirão Preto (SP), acompanha com tristeza o noticiário sobre o ataque da Rússia, ordenado pelo presidente Vladimir Putin, iniciado na madrugada desta quinta-feira (24).
“A minha sensação é de muito pesar, muita tristeza de ver povos irmãos nesta situação por conta de um governo absolutista, totalitário como o governo russo, que não permite que países próximos à sua fronteira sigam seu próprio caminho”, disse ao g1.
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A ampla operação militar russa tem como objetivo invadir a Ucrânia. Explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas, como Kiev e Kharkiv, foram registradas.
Por conta disso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, instaurou a lei marcial, que é quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país, e pediu calma à população.
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a nação que tentar interferir nos ataques sofrerá “consequências nunca antes experimentadas na história”.
Veículos militares da Rússia, incluindo blindados, têm sido vistos cruzando as fronteiras ao norte, ao sul, a oeste e a leste da Ucrânia
BBC
‘Putin defende seu regime, não o povo’
Barreto foi para Ucrânia em 2019 após se casar com uma ucraniana que conheceu pela internet por meio de amigos em comum.
Morou em Kiev até 2021, quando se separou da esposa e voltou a Ribeirão Preto, onde mora hoje e é responsável por uma Web Rádio de Rock, com programação voltada aos ucranianos também.
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No período em que esteve na Europa, observou que o comportamento do povo ucraniano é de patriotismo e defesa da democracia o que, na visão dele, vai contra os princípios do país vizinho.
“A impressão que eu tenho, que eu vi de lá, é que o Putin está defendendo o seu regime, não o povo russo. E que a grande maioria do povo da Ucrânia é patriota, sim, quer a democracia, mas tem esse problema, esse vizinho poderoso, que é a Rússia”.
Brasileiro que morou na Ucrânia critica governo russo de Putin
Arquivo Pessoal
Motivação dos ataques
Os ataques da Rússia são motivados pela intenção ucraniana de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada pelos Estados Unidos em 1949, durante a Guerra Fria, e de ser aproximar da União Europeia.
A tensão ficou mais forte no Leste Europeu em janeiro, quando tropas russas ocuparam a fronteira da Ucrânia, o que sinalizou uma possível invasão. Desde então, mais de 150 mil soldados se posicionaram na região.
A Ucrânia se tornou independente em 1991 após a dissolução da União Soviética. Os laços históricos e culturais se misturaram, mas, em 2014, mudanças na política interna da Ucrânia e a anexação da Crimeia ao território russo mudaram o rumo das relações.
Segundo Barreto, as ideias russas encontram ressonância em uma pequena parte do leste da Ucrânia, considerada separatista, como Luhansk e Donetsk, reconhecidas como independentes por Putin na segunda-feira (21)
“O que eu pude observar é que existe uma certa confusão de pessoas que são motivadas por uma identidade soviética, que foram ensinados desde cedo que ocidente seria uma ameaça para eles e para os valores deles, para tudo que acreditam, e acabam apoiando governos totalitários como o do Putin”, afirmou o brasileiro.
Pontos de tensão na Ucrânia, após ataque da Rússia
Arquivo pessoal
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre a região de Ribeirão PretoEmmanuel Barreto, de Ribeirão Preto, morou em Kiev de 2019 a 2021 e critica a investida contra os ucranianos. Ataques começaram na madrugada desta quinta-feira (24). Emmanuel Barreto é de Ribeirão Preto, SP, e morou na Ucrânia
Arquivo Pessoal
O brasileiro Emmanuel Barreto, de 49 anos, morou em Kiev, capital da Ucrânia, entre 2019 e 2021. Atualmente em Ribeirão Preto (SP), acompanha com tristeza o noticiário sobre o ataque da Rússia, ordenado pelo presidente Vladimir Putin, iniciado na madrugada desta quinta-feira (24).
“A minha sensação é de muito pesar, muita tristeza de ver povos irmãos nesta situação por conta de um governo absolutista, totalitário como o governo russo, que não permite que países próximos à sua fronteira sigam seu próprio caminho”, disse ao g1.
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Por conta disso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, instaurou a lei marcial, que é quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país, e pediu calma à população.
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a nação que tentar interferir nos ataques sofrerá “consequências nunca antes experimentadas na história”.
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Barreto foi para Ucrânia em 2019 após se casar com uma ucraniana que conheceu pela internet por meio de amigos em comum.
Morou em Kiev até 2021, quando se separou da esposa e voltou a Ribeirão Preto, onde mora hoje e é responsável por uma Web Rádio de Rock, com programação voltada aos ucranianos também.
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“A impressão que eu tenho, que eu vi de lá, é que o Putin está defendendo o seu regime, não o povo russo. E que a grande maioria do povo da Ucrânia é patriota, sim, quer a democracia, mas tem esse problema, esse vizinho poderoso, que é a Rússia”.
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A tensão ficou mais forte no Leste Europeu em janeiro, quando tropas russas ocuparam a fronteira da Ucrânia, o que sinalizou uma possível invasão. Desde então, mais de 150 mil soldados se posicionaram na região.
A Ucrânia se tornou independente em 1991 após a dissolução da União Soviética. Os laços históricos e culturais se misturaram, mas, em 2014, mudanças na política interna da Ucrânia e a anexação da Crimeia ao território russo mudaram o rumo das relações.
Segundo Barreto, as ideias russas encontram ressonância em uma pequena parte do leste da Ucrânia, considerada separatista, como Luhansk e Donetsk, reconhecidas como independentes por Putin na segunda-feira (21)
“O que eu pude observar é que existe uma certa confusão de pessoas que são motivadas por uma identidade soviética, que foram ensinados desde cedo que ocidente seria uma ameaça para eles e para os valores deles, para tudo que acreditam, e acabam apoiando governos totalitários como o do Putin”, afirmou o brasileiro.
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