
Bailarina de Ribeirão Preto é escolhida para maior competição de balé do mundo e família se mobiliza para pagar viagemon novembro 20, 2023 at 8:03 am
- novembro 20, 2023 Maria Eduarda Longo, de 10 anos, é a única solista do interior de São Paulo a passar em seleção. Evento acontece em Nova York e é uma das maiores vitrines para novos talentos do balé. Mãe dá aulas, vende rifas e molhos caseiros para realizar sonho da filha. Bailarina de Ribeirão Preto, SP, é selecionada para campeonato internacional de balé
Com talento e dedicação, Maria Eduarda Longo, de 10 anos, conseguiu uma vaga no Youth America Grand Prix (YAGP), maior competição de balé do mundo e uma das principais vitrines para novos talentos.
Apesar da pouca idade, no entanto, ela sabe exatamente onde quer chegar e a oportunidade que tem em mãos neste momento pode ser a porta de entrada para a realização de um sonho.
“Eu quero ser uma bailarina profissional, sair do país e entrar em uma companhia [de dança]”.
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Natural de Ribeirão Preto (SP), Maria Eduarda recebeu a notícia da classificação durante uma seletiva que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) e contou com mais de 300 bailarinos (veja no vídeo acima).
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Primeiro contato com a dança
Foi na escola que estudava, durante as aulas de dança, que Duda aprendeu os primeiros passos. A varanda de casa virou palco e, durante as apresentações improvisadas para a família, a avó notou o talento da neta.
“A gente começou a perceber que realmente ela tinha um dom, uma facilidade para a dança, de todas as formas”, conta Mainá Longo, mãe da bailarina.
Quando Duda fez 6 anos, Mainá começou a procura por uma escola de dança e, depois de um ano, viu os olhos da filha brilharem ao assistir a uma apresentação de festa junina de uma instituição.
Com a variação de ‘The Fairy Doll’, a bailarina de dez anos foi classificada para o campeonato mundial
Ela afirma que sabia que ali estava o futuro da menina e a matriculou para que começasse a estudar balé propriamente. Desde então, Duda frequenta a mesma escola em Ribeirão Preto.
No começo, as aulas eram apenas de jazz, mas depois de seis meses, Duda chamou atenção da diretora da escola em uma apresentação de fim de ano.
“Ela entrou no palco, dançou, arrasou e a dona da escola viu que, realmente, ela levava jeito para aquilo. Ela me chamou e ofereceu um desconto, para que eu a colocasse em mais modalidades. Aí ela começou a fazer balé, jazz e sapateado”, diz Mainá.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
A primeira competição e o primeiro pódio vieram logo depois, aos 7 anos. Em uma competição em São Paulo (SP), Duda dançou sapateado, conquistou o primeiro lugar e entrou para o grupo competitivo da escola em Ribeirão.
Apesar da paixão pela dança no geral, aos 8 anos o talento para o balé falou mais alto. Isabela Lellis, professora da menina, notou a aptidão.
“Desde o começo, eu e a Amanda, diretora da escola, a gente via um talento para o balé clássico, uma predisposição física, alguns atributos que a gente observa. Fora a dedicação e a maturidade que ela tinha em relação às aulas”.
Já são quatro anos de parceria e a dedicação da menina e da professora só tem crescido ao longo dos anos.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Agora aos 10, Duda faz, em média, cinco horas de aula todos os dias. São diferentes modalidades, mas o foco é no balé clássico.
“A gente começou a investir nisso, investir em peso. Aula todo dia, fisioterapia, desconto de um lado, desconto do outro, a dona da escola dela sempre me ajudou bastante também”, diz a mãe da bailarina.
Apoio incondicional da família
Filha única e de pais divorciados, Duda sempre teve apoio incondicional da mãe para seguir o sonho de ser bailarina. Mainá conta que sempre se desdobrou para garantir que a filha pudesse ir cada vez mais longe. Até o dinheiro do aluguel da casa onde as duas moravam recebeu outro destino.
“Quando começou essa coisa da dança, esse investimento um pouco mais alto, abri mão de morar [em uma casa] e voltei a morar com meus pais para sobrar mais dinheiro”.
A mãe da Duda, Mainé, é a principal incentivadora e se desdobra para realizar o sonho da filha de ser bailarina
Foto: Arquivo Pessoal
Duda estuda em escola pública e a mãe, que é professora, se divide entre o trabalho, aulas particulares, venda de molhos caseiros, pizzas e rifas para complementar a renda.
“Ao invés de fazer, por exemplo, uma viagem de férias eu e ela sempre vamos para as viagens referentes ao balé. Sempre a prioridade”.
Além da parte financeira, Mainá acompanha a filha em todas as viagens e conta com o apoio dos pais dela, avós de Duda, para cuidar e ajudar na confecção de pizzas, molhos e rifas.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Grande oportunidade
A oportunidade da vida de Duda está batendo à porta da família neste momento. O YAGP é uma das mais importantes competições de balé clássico do mundo. São dez dias em Nova York, com aulas e oficinas de dança, além da competição.
Quando a menina decidiu participar das seletivas, Mainá diz que avisou a filha que as chances de conseguir ir para Nova York eram muito pequenas, principalmente por questões financeiras e burocráticas.
“Eu falei para ela ‘filha vai lá, se diverte e aproveita. Deixa os outros disputarem essa vaga aí, porque se a gente ganhar, a gente não vai mesmo'”.
Maria Eduarda com a bailaria Ana Botafogo nas seletivas no Rio de Janeiro
Foto: Arquivo Pessoal
Durante as seletivas, Duda foi chamada para dançar na gala do evento, e conseguiu a classificação.
Mainá lembra que o evento aconteceu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a bailarina Ana Botafogo assistiu junto com a plateia a apresentação de balé neoclássico da menina.
“Quando ela desceu do palco, ela veio, abraçou a professora e na hora que ela me abraçou, falou ‘e agora mãe? E eu falei agora eu não sei’”.
Depois de conversar com as professoras da filha, Mainá decidiu tentar juntar o dinheiro para a viagem e projeta um gasto em torno de R$ 45 mil (viajam Duda, a mãe e a professora).
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
“É uma oportunidade que ela não pode perder, as maiores escolas de balé do mundo estão lá para oferecer bolsa. Já teve brasileira que ganhou bolsa”, diz Mainá.
Para custear a viagem, Duda e a mãe abriram uma vaquinha on-line e estão ainda mais empenhadas na produção de molhos, pizzas e rifas. A final acontece em abril de 2024 e, até lá, Mainá espera conseguir realizar o sonho da filha.
“É uma conquista dela que não dá para passar em branco e um feito muito grande. Ela é extremamente dedicada, extremamente focada, ela não falta nas aulas, nos ensaios, se dedica demais. É uma coisa impressionante de se ver para uma menina de 10 anos”.
*Sob a supervisão de Flávia Santucci.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoMaria Eduarda Longo, de 10 anos, é a única solista do interior de São Paulo a passar em seleção. Evento acontece em Nova York e é uma das maiores vitrines para novos talentos do balé. Mãe dá aulas, vende rifas e molhos caseiros para realizar sonho da filha. Bailarina de Ribeirão Preto, SP, é selecionada para campeonato internacional de balé
Com talento e dedicação, Maria Eduarda Longo, de 10 anos, conseguiu uma vaga no Youth America Grand Prix (YAGP), maior competição de balé do mundo e uma das principais vitrines para novos talentos.
Apesar da pouca idade, no entanto, ela sabe exatamente onde quer chegar e a oportunidade que tem em mãos neste momento pode ser a porta de entrada para a realização de um sonho.
“Eu quero ser uma bailarina profissional, sair do país e entrar em uma companhia [de dança]”.
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Natural de Ribeirão Preto (SP), Maria Eduarda recebeu a notícia da classificação durante uma seletiva que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) e contou com mais de 300 bailarinos (veja no vídeo acima).
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Primeiro contato com a dança
Foi na escola que estudava, durante as aulas de dança, que Duda aprendeu os primeiros passos. A varanda de casa virou palco e, durante as apresentações improvisadas para a família, a avó notou o talento da neta.
“A gente começou a perceber que realmente ela tinha um dom, uma facilidade para a dança, de todas as formas”, conta Mainá Longo, mãe da bailarina.
Quando Duda fez 6 anos, Mainá começou a procura por uma escola de dança e, depois de um ano, viu os olhos da filha brilharem ao assistir a uma apresentação de festa junina de uma instituição.
Com a variação de ‘The Fairy Doll’, a bailarina de dez anos foi classificada para o campeonato mundial
Ela afirma que sabia que ali estava o futuro da menina e a matriculou para que começasse a estudar balé propriamente. Desde então, Duda frequenta a mesma escola em Ribeirão Preto.
No começo, as aulas eram apenas de jazz, mas depois de seis meses, Duda chamou atenção da diretora da escola em uma apresentação de fim de ano.
“Ela entrou no palco, dançou, arrasou e a dona da escola viu que, realmente, ela levava jeito para aquilo. Ela me chamou e ofereceu um desconto, para que eu a colocasse em mais modalidades. Aí ela começou a fazer balé, jazz e sapateado”, diz Mainá.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
A primeira competição e o primeiro pódio vieram logo depois, aos 7 anos. Em uma competição em São Paulo (SP), Duda dançou sapateado, conquistou o primeiro lugar e entrou para o grupo competitivo da escola em Ribeirão.
Apesar da paixão pela dança no geral, aos 8 anos o talento para o balé falou mais alto. Isabela Lellis, professora da menina, notou a aptidão.
“Desde o começo, eu e a Amanda, diretora da escola, a gente via um talento para o balé clássico, uma predisposição física, alguns atributos que a gente observa. Fora a dedicação e a maturidade que ela tinha em relação às aulas”.
Já são quatro anos de parceria e a dedicação da menina e da professora só tem crescido ao longo dos anos.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Agora aos 10, Duda faz, em média, cinco horas de aula todos os dias. São diferentes modalidades, mas o foco é no balé clássico.
“A gente começou a investir nisso, investir em peso. Aula todo dia, fisioterapia, desconto de um lado, desconto do outro, a dona da escola dela sempre me ajudou bastante também”, diz a mãe da bailarina.
Apoio incondicional da família
Filha única e de pais divorciados, Duda sempre teve apoio incondicional da mãe para seguir o sonho de ser bailarina. Mainá conta que sempre se desdobrou para garantir que a filha pudesse ir cada vez mais longe. Até o dinheiro do aluguel da casa onde as duas moravam recebeu outro destino.
“Quando começou essa coisa da dança, esse investimento um pouco mais alto, abri mão de morar [em uma casa] e voltei a morar com meus pais para sobrar mais dinheiro”.
A mãe da Duda, Mainé, é a principal incentivadora e se desdobra para realizar o sonho da filha de ser bailarina
Foto: Arquivo Pessoal
Duda estuda em escola pública e a mãe, que é professora, se divide entre o trabalho, aulas particulares, venda de molhos caseiros, pizzas e rifas para complementar a renda.
“Ao invés de fazer, por exemplo, uma viagem de férias eu e ela sempre vamos para as viagens referentes ao balé. Sempre a prioridade”.
Além da parte financeira, Mainá acompanha a filha em todas as viagens e conta com o apoio dos pais dela, avós de Duda, para cuidar e ajudar na confecção de pizzas, molhos e rifas.
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
Grande oportunidade
A oportunidade da vida de Duda está batendo à porta da família neste momento. O YAGP é uma das mais importantes competições de balé clássico do mundo. São dez dias em Nova York, com aulas e oficinas de dança, além da competição.
Quando a menina decidiu participar das seletivas, Mainá diz que avisou a filha que as chances de conseguir ir para Nova York eram muito pequenas, principalmente por questões financeiras e burocráticas.
“Eu falei para ela ‘filha vai lá, se diverte e aproveita. Deixa os outros disputarem essa vaga aí, porque se a gente ganhar, a gente não vai mesmo'”.
Maria Eduarda com a bailaria Ana Botafogo nas seletivas no Rio de Janeiro
Foto: Arquivo Pessoal
Durante as seletivas, Duda foi chamada para dançar na gala do evento, e conseguiu a classificação.
Mainá lembra que o evento aconteceu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a bailarina Ana Botafogo assistiu junto com a plateia a apresentação de balé neoclássico da menina.
“Quando ela desceu do palco, ela veio, abraçou a professora e na hora que ela me abraçou, falou ‘e agora mãe? E eu falei agora eu não sei’”.
Depois de conversar com as professoras da filha, Mainá decidiu tentar juntar o dinheiro para a viagem e projeta um gasto em torno de R$ 45 mil (viajam Duda, a mãe e a professora).
A bailarina Maria Eduarda Longo, de 10 anos, natural de Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
“É uma oportunidade que ela não pode perder, as maiores escolas de balé do mundo estão lá para oferecer bolsa. Já teve brasileira que ganhou bolsa”, diz Mainá.
Para custear a viagem, Duda e a mãe abriram uma vaquinha on-line e estão ainda mais empenhadas na produção de molhos, pizzas e rifas. A final acontece em abril de 2024 e, até lá, Mainá espera conseguir realizar o sonho da filha.
“É uma conquista dela que não dá para passar em branco e um feito muito grande. Ela é extremamente dedicada, extremamente focada, ela não falta nas aulas, nos ensaios, se dedica demais. É uma coisa impressionante de se ver para uma menina de 10 anos”.
*Sob a supervisão de Flávia Santucci.
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