Ana Pink: Justiça autoriza influencer investigada por lavagem de dinheiro a cumprir prisão em casa em Ribeirão Preto, SPon março 25, 2022 at 5:57 pm
- março 25, 2022 Pedido foi feito pela defesa dela, que alegou que as provas do processo já haviam sido produzidas. Além disso, advogado disse que ela tem três filhos menores de 12 anos, o que é uma prerrogativa para deixar a cadeia. Ana Pink, influencer e empresária de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Instagram
A Justiça de Ribeirão Preto (SP) autorizou nesta sexta-feira (25) que a influencer digital Ana Paula Ferreira, ou Ana Pink, cumpra prisão domiciliar.
Ela e o marido foram presos preventivamente em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa em um esquema de supostas fraudes na obtenção de crédito consignado. (Entenda abaixo)
A decisão é da juíza Carolina Moreira Gama e foi proferida após o advogado dela, Wagner Simões, alegar que Ana não tinha necessidade de ficar presa porque as provas do processo já haviam sido produzidas.
“E também porque ela porque ela tem filhos menores de idade, menores de 12 anos, e isso é uma condição para que seja determinada prisão domiciliar”, disse Simões ao g1.
Ana tem cinco filhos. Um é maior de idade e quatro são menores. Dos quatro, três têm menos de 12 anos. A Justiça determinou que a influencer só pode sair de casa em horários permitidos, como o período em que tiver que levar e buscar as crianças na escola.
“Tenho que apresentar os horários que ela vai ter rotina fora de casa. A gente só vai informar esses horários, a juíza pediu para a gente informar”.
Ana Pink, que é dona de uma empresa digital de acesso a crédito, está na Penitenciária de Guariba (SP) e aguarda o alvará de soltura para deixar o local ainda nesta sexta. O marido dela, o advogado Maiclerson Gomes da Silva, conhecido como Maick Gomes, continua preso no Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto (SP).
Ana Pink e Maick Gomes foram presos em operação do Gaeco em Ribeirão Preto, SP
Redes Sociais
Investigações
O Gaeco apresentou práticas como operações bancárias em nome de terceiros, aquisição de dados indevidos no sistema previdenciário, saques em valores expressivos e movimentações incompatíveis com a renda declarada na denúncia contra o casal e os outros membros suspeitos de participação no esquema.
De acordo com as investigações, foram mais de R$ 10 milhões por mês em empréstimos obtidos de forma indevida e ao menos 360 mil pessoas que tiveram dados pessoais expostos pelo esquema criminoso.
O casal foi preso preventivamente em casa, em um condomínio de luxo em Bonfim Paulista, na quinta-feira (17), quando também foram apreendidos documentos e extratos bancários.
Além disso, a Justiça bloqueou os bens avaliados em R$ 114 milhões do casal e dos outros envolvidos no esquema investigado.
Ana Pink e o marido, Maick Gomes, posam para foto junto com carro de luxo avaliado em R$ 570 mil
Redes Sociais
Obtenção indevida de dados
As denúncias apontam que o dinheiro era obtido ilegalmente por meio de fraudes na obtenção no crédito consignado. Segundo as investigações, o casal fechava contratos em nomes de terceiros sem o consentimento deles.
Para isso, o Gaeco aponta que eram obtidas informações sigilosas de beneficiários do sistema previdenciário por uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O órgão ainda não se manifestou sobre o caso.
Essas planilhas compradas por Ana Pink, segundo as autoridades, continham dados como tipo de benefício a receber, existência de eventuais impedimentos, limites para empréstimos, banco e conta em que o pagamento é feito.
Esse mesmo tipo de dado, de acordo com as denúncias, também era obtido por programas-robôs, desenvolvidos por outro investigado, que permitiam a invasão remota do sistema previdenciário.
Segundo as autoridades, entre agosto de 2020 e março de 2021, informações sensíveis de mais de 360 mil beneficiários foram extraídos e destinadas aos envolvidos.
Ana Pink, empresária e influencer de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/ Redes sociais
Fraudes no crédito consignado
Para conseguir ter lucro com as transações e viabilizar as fraudes no crédito consignado, segundo o Gaeco, os suspeitos firmaram uma parceria com empresas de crédito, entre elas uma de Florianópolis (SC) que tinha certificação do Banco Central para ter acesso aos recursos financeiros pagos pelas instituições credoras.
Essa mesma empresa, de acordo com as denúncias, destinou entre julho de 2020 e setembro de 2021 R$ 13,2 milhões para empresas ligadas a Ana Pink e sua família, e também definia estratégias para aumentar o volume dos créditos forjados e para burlar a fiscalização das instituições financeiras.
O esquema também contava, segundo os investigadores, com uma pessoa que fingia ser do serviço de atendimento ao consumidor (SAC) de instituições bancárias.
Além de obter dados indevidos de clientes para serem utilizados nas propostas, também atendia clientes que, ao receberem cobranças indevidas por empréstimos que não fizeram, ligavam para reclamar. Essa pessoa, de acordo com a denúncia, ludibriava as vítimas com promessas de cancelamento e estorno das parcelas pagas.
Lavagem de dinheiro
O dinheiro obtido ilegalmente nessas transações, segundo as denúncias, era disfarçado por meio de transações bancárias envolvendo diferentes pessoas e empresas ligadas aos suspeitos.
Além disso, os investigadores identificaram que recursos foram destinados na compra de bens como empreendimentos imobiliários em Olímpia (SP), apartamentos e imóvel em condomínio de luxo em Ribeirão Preto, além de carros.
O Gaeco ainda teve acesso a repasses de valores para uma futura empresa parceira em São Paulo, onde os empresários estudavam ampliar as operações.
Casal suspeito de lavagem de dinheiro é preso em Ribeirão
Michele Souza/CBN Ribeirão
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e regiãoPedido foi feito pela defesa dela, que alegou que as provas do processo já haviam sido produzidas. Além disso, advogado disse que ela tem três filhos menores de 12 anos, o que é uma prerrogativa para deixar a cadeia. Ana Pink, influencer e empresária de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Instagram
A Justiça de Ribeirão Preto (SP) autorizou nesta sexta-feira (25) que a influencer digital Ana Paula Ferreira, ou Ana Pink, cumpra prisão domiciliar.
Ela e o marido foram presos preventivamente em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de lavagem de dinheiro e organização criminosa em um esquema de supostas fraudes na obtenção de crédito consignado. (Entenda abaixo)
A decisão é da juíza Carolina Moreira Gama e foi proferida após o advogado dela, Wagner Simões, alegar que Ana não tinha necessidade de ficar presa porque as provas do processo já haviam sido produzidas.
“E também porque ela porque ela tem filhos menores de idade, menores de 12 anos, e isso é uma condição para que seja determinada prisão domiciliar”, disse Simões ao g1.
Ana tem cinco filhos. Um é maior de idade e quatro são menores. Dos quatro, três têm menos de 12 anos. A Justiça determinou que a influencer só pode sair de casa em horários permitidos, como o período em que tiver que levar e buscar as crianças na escola.
“Tenho que apresentar os horários que ela vai ter rotina fora de casa. A gente só vai informar esses horários, a juíza pediu para a gente informar”.
Ana Pink, que é dona de uma empresa digital de acesso a crédito, está na Penitenciária de Guariba (SP) e aguarda o alvará de soltura para deixar o local ainda nesta sexta. O marido dela, o advogado Maiclerson Gomes da Silva, conhecido como Maick Gomes, continua preso no Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto (SP).
Ana Pink e Maick Gomes foram presos em operação do Gaeco em Ribeirão Preto, SP
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Investigações
O Gaeco apresentou práticas como operações bancárias em nome de terceiros, aquisição de dados indevidos no sistema previdenciário, saques em valores expressivos e movimentações incompatíveis com a renda declarada na denúncia contra o casal e os outros membros suspeitos de participação no esquema.
De acordo com as investigações, foram mais de R$ 10 milhões por mês em empréstimos obtidos de forma indevida e ao menos 360 mil pessoas que tiveram dados pessoais expostos pelo esquema criminoso.
O casal foi preso preventivamente em casa, em um condomínio de luxo em Bonfim Paulista, na quinta-feira (17), quando também foram apreendidos documentos e extratos bancários.
Além disso, a Justiça bloqueou os bens avaliados em R$ 114 milhões do casal e dos outros envolvidos no esquema investigado.
Ana Pink e o marido, Maick Gomes, posam para foto junto com carro de luxo avaliado em R$ 570 mil
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Obtenção indevida de dados
As denúncias apontam que o dinheiro era obtido ilegalmente por meio de fraudes na obtenção no crédito consignado. Segundo as investigações, o casal fechava contratos em nomes de terceiros sem o consentimento deles.
Para isso, o Gaeco aponta que eram obtidas informações sigilosas de beneficiários do sistema previdenciário por uma empresa de software no Vale do Paraíba, que invadiu e explorou a base de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O órgão ainda não se manifestou sobre o caso.
Essas planilhas compradas por Ana Pink, segundo as autoridades, continham dados como tipo de benefício a receber, existência de eventuais impedimentos, limites para empréstimos, banco e conta em que o pagamento é feito.
Esse mesmo tipo de dado, de acordo com as denúncias, também era obtido por programas-robôs, desenvolvidos por outro investigado, que permitiam a invasão remota do sistema previdenciário.
Segundo as autoridades, entre agosto de 2020 e março de 2021, informações sensíveis de mais de 360 mil beneficiários foram extraídos e destinadas aos envolvidos.
Ana Pink, empresária e influencer de Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/ Redes sociais
Fraudes no crédito consignado
Para conseguir ter lucro com as transações e viabilizar as fraudes no crédito consignado, segundo o Gaeco, os suspeitos firmaram uma parceria com empresas de crédito, entre elas uma de Florianópolis (SC) que tinha certificação do Banco Central para ter acesso aos recursos financeiros pagos pelas instituições credoras.
Essa mesma empresa, de acordo com as denúncias, destinou entre julho de 2020 e setembro de 2021 R$ 13,2 milhões para empresas ligadas a Ana Pink e sua família, e também definia estratégias para aumentar o volume dos créditos forjados e para burlar a fiscalização das instituições financeiras.
O esquema também contava, segundo os investigadores, com uma pessoa que fingia ser do serviço de atendimento ao consumidor (SAC) de instituições bancárias.
Além de obter dados indevidos de clientes para serem utilizados nas propostas, também atendia clientes que, ao receberem cobranças indevidas por empréstimos que não fizeram, ligavam para reclamar. Essa pessoa, de acordo com a denúncia, ludibriava as vítimas com promessas de cancelamento e estorno das parcelas pagas.
Lavagem de dinheiro
O dinheiro obtido ilegalmente nessas transações, segundo as denúncias, era disfarçado por meio de transações bancárias envolvendo diferentes pessoas e empresas ligadas aos suspeitos.
Além disso, os investigadores identificaram que recursos foram destinados na compra de bens como empreendimentos imobiliários em Olímpia (SP), apartamentos e imóvel em condomínio de luxo em Ribeirão Preto, além de carros.
O Gaeco ainda teve acesso a repasses de valores para uma futura empresa parceira em São Paulo, onde os empresários estudavam ampliar as operações.
Casal suspeito de lavagem de dinheiro é preso em Ribeirão
Michele Souza/CBN Ribeirão
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