Acostumada com altas temperaturas no Brasil, advogada se surpreende com onda de calor na França: ‘Está bem difícil’on julho 23, 2022 at 6:40 pm
- julho 23, 2022 Com termômetros na casa dos 40ºC, tarefas comuns a moradores e turistas, como passeios a pontos turísticos, têm se tornado exceção, afirma Maria dos Anjos, de Ribeirão Preto, SP. Ribeirão-pretanos que vivem na Europa e nos EUA comentam onda de calor
Natural de Ribeirão Preto (SP), a advogada Maria dos Anjos Pereira Batista, que há três meses mora Grenoble, no sudeste da França, aponta que desde que se mudou para a região a trabalho nunca enfrentou uma onda de calor tão poderosa como a que tem vivido com a chegada do verão.
Apesar de se considerar uma pessoa acostumada com as altas temperaturas, por ter presenciado o clima tropical úmido do município em que nasceu, ela afirma que vivenciar os termômetros na casa dos 40ºC em Paris não tem sido uma tarefa fácil.
“Eu sou acostumada ao clima de Ribeirão Preto, que é calor, mas aqui está bem difícil […] desde que cheguei esse foi o maior período de calor que eu presenciei. Eu estava em Paris nesse final de semana e fez 40ºC, com sensação térmica bem maior”, diz.
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Maria dos Anjos Pereira Batista, natural de Ribeirão Preto (SP), aponta desafios trazidos pela onda de calor na Europa
Arquivo pessoal
Driblando o calor
Em um país estruturado para enfrentar baixas temperaturas, a advogada destaca que a presença de aparelhos de ar-condicionado não são comuns nos ambientes, o que intensifica a necessidade de outras alternativas que reduzam a sensação de abafamento.
Maria aponta que encontrar casas com janelas ou portas abertas tem se tornado raridade, isso porque uma das formas adotadas pelos franceses para impedir a entrada do calor em casa tem sido o isolamento.
“Eles fecham toda a casa para que o calor não entre. Como as paredes são grossas para reservar o calor lá dentro, eles fecham tudo para ficar um clima mais ameno dentro de casa e o calor não entrar. Funciona bastante por aqui”, explica.
Até mesmo para uma brasileira acostumada com o calor, as temperaturas altas têm trazido prejuízos. Vivendo em uma região conhecida por seus pontos turísticos, Maria afirma que explorar a cidade se tornou impossível nos últimos dias.
“Aqui tem muitos pontos turísticos, trilhas para fazer nas montanhas, mas com esse calor, fica impossível sair de casa […] o ideal é que essa onda de calor vá embora para que o clima fique mais ameno para poder aproveitar alguns pontos turísticos antes do inverno chegar, porque logo o inverno está aí e o frio demais, a neve, atrapalha a gente a praticar as atividades que tem na região”.
Brasileira registra franceses se refrescando durante onda de calor em Paris
Arquivo pessoal
Racionamento de água
Na divisa da Suíça com a Itália, a compradora Laiz Manfrin Silveira conta que além das altas temperaturas e das sensações térmicas mais altas ainda, a chegada de uma seca recorde tem tornado a vida dos moradores mais complicada.
“A Itália tem enfrentado sua pior seca dos últimos 70 anos, o que tem afetado a capacidade de produção de energia elétrica. Então a gente tem tido um racionamento de água nas casas, principalmente no Norte da Itália”, explica.
A seca no maior rio da Itália: ‘Nasci aqui, nunca vi nada igual’
Diante à situação, alternativas como visitas a praias e regiões montanhosas têm sido procuradas pelos habitantes. Laiz afirma que esses passeios, em meio ao período de férias no país, nunca estiveram tão presentes no dia a dia dos moradores.
“A gente tem procurado cada vez mais por alternativas para se refrescar. Agora é época de férias aqui, então o pessoal tem ido à praia, para região de lagos, montanhas. É um jeitinho que a gente encontrou para enfrentar essa onda de calor que a gente está tendo no momento”, aponta.
Brasileira Laiz Manfrin Silveira registra moradores se refrescando em parque durante onda de calor na Europa
Arquivo pessoal
‘Situação histórica’
Diante a mais de mil mortes em decorrência do calor registradas em Portugal e na Espanha, a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, alerta para uma onda de calor histórica. Segundo ela, a situação enfrentada na Europa trata-se de uma manifestação da mudança climática.
“É uma situação completamente histórica e as ondas de calor na Europa estão sendo mais frequentes e mais intensas numa clara manifestação da mudança climática que é percebido na Europa”, aponta.
Ainda segundo Josélia, o calor que tem atingido as regiões não se compara com as temperaturas registradas no Brasil. Por conta da falta de costume com as altas temperaturas e sensações térmicas, colapsos e desidratações se tornam um risco.
“O calor excessivo é um problema porque mata, você tem problema de desidratação, entra em colapso. Nós aqui no Brasil estamos até preparados para sentir calor assim. No nosso verão, muitas áreas do Brasil tem dias que as temperaturas bate nos 40ºC ou mais, agora isso na Europa não é comum. O que estamos vendo lá é uma situação extrema”, diz.
A meteorologista Josélia Pegorim aponta perigos trazidos pela onda de calor enfrentada na Europa
Reprodução
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
*Sob supervisão de Vinícius Alves
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Apesar de se considerar uma pessoa acostumada com as altas temperaturas, por ter presenciado o clima tropical úmido do município em que nasceu, ela afirma que vivenciar os termômetros na casa dos 40ºC em Paris não tem sido uma tarefa fácil.
“Eu sou acostumada ao clima de Ribeirão Preto, que é calor, mas aqui está bem difícil […] desde que cheguei esse foi o maior período de calor que eu presenciei. Eu estava em Paris nesse final de semana e fez 40ºC, com sensação térmica bem maior”, diz.
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Driblando o calor
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“Eles fecham toda a casa para que o calor não entre. Como as paredes são grossas para reservar o calor lá dentro, eles fecham tudo para ficar um clima mais ameno dentro de casa e o calor não entrar. Funciona bastante por aqui”, explica.
Até mesmo para uma brasileira acostumada com o calor, as temperaturas altas têm trazido prejuízos. Vivendo em uma região conhecida por seus pontos turísticos, Maria afirma que explorar a cidade se tornou impossível nos últimos dias.
“Aqui tem muitos pontos turísticos, trilhas para fazer nas montanhas, mas com esse calor, fica impossível sair de casa […] o ideal é que essa onda de calor vá embora para que o clima fique mais ameno para poder aproveitar alguns pontos turísticos antes do inverno chegar, porque logo o inverno está aí e o frio demais, a neve, atrapalha a gente a praticar as atividades que tem na região”.
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“A Itália tem enfrentado sua pior seca dos últimos 70 anos, o que tem afetado a capacidade de produção de energia elétrica. Então a gente tem tido um racionamento de água nas casas, principalmente no Norte da Itália”, explica.
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“A gente tem procurado cada vez mais por alternativas para se refrescar. Agora é época de férias aqui, então o pessoal tem ido à praia, para região de lagos, montanhas. É um jeitinho que a gente encontrou para enfrentar essa onda de calor que a gente está tendo no momento”, aponta.
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“É uma situação completamente histórica e as ondas de calor na Europa estão sendo mais frequentes e mais intensas numa clara manifestação da mudança climática que é percebido na Europa”, aponta.
Ainda segundo Josélia, o calor que tem atingido as regiões não se compara com as temperaturas registradas no Brasil. Por conta da falta de costume com as altas temperaturas e sensações térmicas, colapsos e desidratações se tornam um risco.
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Reprodução
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