
O que se sabe sobre morte de adolescente achado com sinais de tortura após pegar celular em loja no interior de SPon junho 8, 2025 at 8:00 am
- junho 8, 2025 Corpo de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi encontrado em rio próximo a Pontal no último sábado (6), uma semana após desaparecimento. Quatro pessoas estão presas por suspeita do crime. Corpo de adolescente agredido após pegar celular é achado no Rio Pardo em Pontal, SP
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal (SP), a 40 quilômetros de Ribeirão Preto (SP). Ele desapareceu no último domingo (1) após ser levado de casa em uma caminhonete por pelo menos três homens.
O corpo do adolescente foi achado na manhã deste sábado (7), às margens do Rio Pardo entre Pontal e o distrito de Cândia. Segundo um primo, ele tinha sinais de tortura.
O caso gerou comoção na cidade e protestos.
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Até o momento, quatro homens suspeitos do crime foram presos temporariamente por ordem da Justiça. A Polícia Civil cogita que Alex tenha sido morto por causa de um celular.
Segundo a investigação, na madrugada do desaparecimento, o garoto, que não tinha celular, encontrou um telefone em um depósito de bebidas e o levou para casa. A principal hipótese da polícia é que ele tenha sido alvo de uma retaliação do dono do aparelho.
Sequestro, cárcere privado, tortura e homicídio estão entre os crimes investigados pela polícia.
Nesta matéria, o g1 mostra o que sabe sobre o caso.
Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos, foi morto em Pontal, SP
Arquivo pessoal
1.Como Alex desapareceu
Segundo a irmã de Alex, na madrugada de domingo, o jovem foi até um depósito de bebidas perto da casa dele. Ao voltar, o adolescente disse que tinha encontrado um celular. Kemily Pereira Rocha disse que ele estava feliz porque não tinha um telefone.
Ela foi dormir e, pela manhã, não encontrou o irmão, mas pensou que ele tivesse ido à feira, como de costume.
Os pais deles voltaram de viagem e estranharam a ausência do filho, que também não fez contato.
Segundo a trabalhadora rural Evilene Pereira dos Santos, mãe de Alex, um vizinho contou à polícia que viu quando uma caminhonete parou na porta da casa na madrugada. Segundo a testemunha, o garoto foi agredido logo ao sair da residência e colocado à força no veículo.
“Ele [Alex] foi no depósito durante a madrugada, viu o celular em cima do balcão, pegou o celular, pôs no bolso. O dono do celular voltou no depósito lá e pediu o celular, aí a moça [funcionária] disse que sabia com quem estava. E nisso ela trouxe esse rapaz aqui na minha casa e chamou meu filho. Quando meu filho saiu, ele já bateu no meu filho, já jogou no carro. Foi o que passaram para mim”, disse Evilene.
A mãe foi à polícia e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento.
Caminhonete usada para transportar Alex até o galpão onde foi agredido em Pontal, SP
Reprodução/Câmeras de segurança
2.Como a polícia chegou aos suspeitos
Com ajuda de depoimentos e de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil identificou o veículo envolvido no sumiço do jovem.
De acordo com o delegado Cláudio Messias Alves, quatro pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento na terça-feira (3), sendo que uma delas confessou que o adolescente foi levado a um galpão e fortemente agredido. Ele também teria sido torturado.
Após serem ouvidos, os suspeitos foram liberados.
“O fato é que ele foi agredido lá e, segundo o dono da caminhonete, dono do celular, após alguns minutos de agressões contra o adolescente, ele teria levado ele [Alex] e deixado numa estrada de terra próximo a uma mata perto do distrito de Cândia”, disse.
Policiais e a família do jovem estiveram no local, mas ele não foi encontrado.
A caminhonete foi apreendida. O galpão para onde Alex foi levado passou por perícia, e o celular foi recuperado.
A mãe do adolescente se mostrou esperançosa em encontrar o filho com vida.
Depósito de bebidas onde Alex Gabriel Santos pegou celular antes de desaparecer em Pontal, SP
Tiago Aureliano/EPTV
3.Como os suspeitos foram presos
Na quinta-feira (5), cães da Guarda Civil Municipal (GCM) de Pontal farejaram o rastro de Alex às margens do Rio Pardo, o que ajudou a polícia e o Corpo de Bombeiros nas buscas pelo garoto.
No mesmo dia, a pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão temporária de quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento.
Foram presos: Uanderson dos Santos Dias, de 19 anos, João Guilherme Moreira, de 27 anos, dono do celular, Alex Sander Benedito Ferreira, de 23 anos, e Jean Carlos Nadoly, de 28 anos. As defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto.
Uma mulher que é funcionária do depósito de bebidas é tratada pela polícia, até o momento, como testemunha.
A família da vítima, no entanto, contesta, já que ela levou o dono do aparelho à casa de Alex e acompanhou o crime. A defesa dela alega que não havia como prever a ação e disse que ela tem colaborado com a investigação.
Na sexta-feira (6), o delegado seccional de Sertãozinho (SP), Plaucio Fernandes, informou que novos indícios apontaram para a confirmação da morte do jovem. Investigadores também encontraram vestígios de sangue na caminhonete do dono do celular e em um ponto às margens do Rio Pardo, além de um par de tênis, que seria do adolescente.
“Recebemos hoje [sexta-feira] à tarde uma informação muito relevante que confirma que o adolescente foi realmente assassinado, vítima de homicídio, e indicaram o possível local de desova do corpo na beira do rio, em um barranco”.
Um dos suspeitos presos por envolvimento na morte do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal, SP
Reprodução/EPTV
4.Como o corpo foi encontrado
Na manhã do último sábado, bombeiros e policiais se reuniram para as buscas em um ponto específico do Rio Pardo, entre Pontal e Cândia, próximo a uma usina.
O corpo de Alex foi encontrado por volta das 10h, e a área foi isolada para o resgate e o trabalho da perícia. Familiares acompanharam o trabalho.
O trabalhador rural Samuel Lopes da Silva, primo do adolescente, contou que ele tinha sinais de tortura.
“Ele foi encontrado amarrado, os braços e as pernas, amarrado com arame farpado, com corda, com um saco na cabeça. Só pela situação que foi encontrado, a gente já sabe o sofrimento que ele passou. A gente não consegue imaginar a dor que ele deve ter sentido, o medo.”
Policiais onde corpo do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi achando neste sábado (7) em Pontal, SP
Werlon Cesar/EPTV
5.Qual é a motivação do crime
As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por uma retaliação a um suposto furto do celular por Alex. Mas, a princípio, a Polícia Civil descarta a hipótese de que ele tenha praticado um crime.
“Quanto ao celular, o que mais parece é que o proprietário tenha esquecido no balcão ou até mesmo deixado cair lá no depósito e esse adolescente encontrou. Ele tinha a intenção de ficar com o aparelho, porque ele formatou e retirou o chip. Tudo isso segundo versão de um dos envolvidos”, disse o delegado Cláudio Messias Alves.
A mãe de Alex afirmou que ele nunca se envolveu com drogas ou teve problemas com a polícia. Apesar de não ter falado com o filho antes do sumiço, ela acredita que ele tenha encontrado o celular no depósito de bebidas, e não furtado o aparelho.
Além de esclarecer a motivação, a polícia busca identificar a participação de cada um dos suspeitos no crime.
Evilene Pereira dos Santos é mãe de Alex Gabriel Santos
Tiago Aureliano/EPTV
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca
Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e regiãoCorpo de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi encontrado em rio próximo a Pontal no último sábado (6), uma semana após desaparecimento. Quatro pessoas estão presas por suspeita do crime. Corpo de adolescente agredido após pegar celular é achado no Rio Pardo em Pontal, SP
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal (SP), a 40 quilômetros de Ribeirão Preto (SP). Ele desapareceu no último domingo (1) após ser levado de casa em uma caminhonete por pelo menos três homens.
O corpo do adolescente foi achado na manhã deste sábado (7), às margens do Rio Pardo entre Pontal e o distrito de Cândia. Segundo um primo, ele tinha sinais de tortura.
O caso gerou comoção na cidade e protestos.
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Até o momento, quatro homens suspeitos do crime foram presos temporariamente por ordem da Justiça. A Polícia Civil cogita que Alex tenha sido morto por causa de um celular.
Segundo a investigação, na madrugada do desaparecimento, o garoto, que não tinha celular, encontrou um telefone em um depósito de bebidas e o levou para casa. A principal hipótese da polícia é que ele tenha sido alvo de uma retaliação do dono do aparelho.
Sequestro, cárcere privado, tortura e homicídio estão entre os crimes investigados pela polícia.
Nesta matéria, o g1 mostra o que sabe sobre o caso.
Alex Gabriel dos Santos, de 16 anos, foi morto em Pontal, SP
Arquivo pessoal
1.Como Alex desapareceu
Segundo a irmã de Alex, na madrugada de domingo, o jovem foi até um depósito de bebidas perto da casa dele. Ao voltar, o adolescente disse que tinha encontrado um celular. Kemily Pereira Rocha disse que ele estava feliz porque não tinha um telefone.
Ela foi dormir e, pela manhã, não encontrou o irmão, mas pensou que ele tivesse ido à feira, como de costume.
Os pais deles voltaram de viagem e estranharam a ausência do filho, que também não fez contato.
Segundo a trabalhadora rural Evilene Pereira dos Santos, mãe de Alex, um vizinho contou à polícia que viu quando uma caminhonete parou na porta da casa na madrugada. Segundo a testemunha, o garoto foi agredido logo ao sair da residência e colocado à força no veículo.
“Ele [Alex] foi no depósito durante a madrugada, viu o celular em cima do balcão, pegou o celular, pôs no bolso. O dono do celular voltou no depósito lá e pediu o celular, aí a moça [funcionária] disse que sabia com quem estava. E nisso ela trouxe esse rapaz aqui na minha casa e chamou meu filho. Quando meu filho saiu, ele já bateu no meu filho, já jogou no carro. Foi o que passaram para mim”, disse Evilene.
A mãe foi à polícia e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento.
Caminhonete usada para transportar Alex até o galpão onde foi agredido em Pontal, SP
Reprodução/Câmeras de segurança
2.Como a polícia chegou aos suspeitos
Com ajuda de depoimentos e de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil identificou o veículo envolvido no sumiço do jovem.
De acordo com o delegado Cláudio Messias Alves, quatro pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento na terça-feira (3), sendo que uma delas confessou que o adolescente foi levado a um galpão e fortemente agredido. Ele também teria sido torturado.
Após serem ouvidos, os suspeitos foram liberados.
“O fato é que ele foi agredido lá e, segundo o dono da caminhonete, dono do celular, após alguns minutos de agressões contra o adolescente, ele teria levado ele [Alex] e deixado numa estrada de terra próximo a uma mata perto do distrito de Cândia”, disse.
Policiais e a família do jovem estiveram no local, mas ele não foi encontrado.
A caminhonete foi apreendida. O galpão para onde Alex foi levado passou por perícia, e o celular foi recuperado.
A mãe do adolescente se mostrou esperançosa em encontrar o filho com vida.
Depósito de bebidas onde Alex Gabriel Santos pegou celular antes de desaparecer em Pontal, SP
Tiago Aureliano/EPTV
3.Como os suspeitos foram presos
Na quinta-feira (5), cães da Guarda Civil Municipal (GCM) de Pontal farejaram o rastro de Alex às margens do Rio Pardo, o que ajudou a polícia e o Corpo de Bombeiros nas buscas pelo garoto.
No mesmo dia, a pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão temporária de quatro suspeitos de envolvimento no desaparecimento.
Foram presos: Uanderson dos Santos Dias, de 19 anos, João Guilherme Moreira, de 27 anos, dono do celular, Alex Sander Benedito Ferreira, de 23 anos, e Jean Carlos Nadoly, de 28 anos. As defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto.
Uma mulher que é funcionária do depósito de bebidas é tratada pela polícia, até o momento, como testemunha.
A família da vítima, no entanto, contesta, já que ela levou o dono do aparelho à casa de Alex e acompanhou o crime. A defesa dela alega que não havia como prever a ação e disse que ela tem colaborado com a investigação.
Na sexta-feira (6), o delegado seccional de Sertãozinho (SP), Plaucio Fernandes, informou que novos indícios apontaram para a confirmação da morte do jovem. Investigadores também encontraram vestígios de sangue na caminhonete do dono do celular e em um ponto às margens do Rio Pardo, além de um par de tênis, que seria do adolescente.
“Recebemos hoje [sexta-feira] à tarde uma informação muito relevante que confirma que o adolescente foi realmente assassinado, vítima de homicídio, e indicaram o possível local de desova do corpo na beira do rio, em um barranco”.
Um dos suspeitos presos por envolvimento na morte do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, em Pontal, SP
Reprodução/EPTV
4.Como o corpo foi encontrado
Na manhã do último sábado, bombeiros e policiais se reuniram para as buscas em um ponto específico do Rio Pardo, entre Pontal e Cândia, próximo a uma usina.
O corpo de Alex foi encontrado por volta das 10h, e a área foi isolada para o resgate e o trabalho da perícia. Familiares acompanharam o trabalho.
O trabalhador rural Samuel Lopes da Silva, primo do adolescente, contou que ele tinha sinais de tortura.
“Ele foi encontrado amarrado, os braços e as pernas, amarrado com arame farpado, com corda, com um saco na cabeça. Só pela situação que foi encontrado, a gente já sabe o sofrimento que ele passou. A gente não consegue imaginar a dor que ele deve ter sentido, o medo.”
Policiais onde corpo do adolescente Alex Gabriel Santos, de 16 anos, foi achando neste sábado (7) em Pontal, SP
Werlon Cesar/EPTV
5.Qual é a motivação do crime
As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado por uma retaliação a um suposto furto do celular por Alex. Mas, a princípio, a Polícia Civil descarta a hipótese de que ele tenha praticado um crime.
“Quanto ao celular, o que mais parece é que o proprietário tenha esquecido no balcão ou até mesmo deixado cair lá no depósito e esse adolescente encontrou. Ele tinha a intenção de ficar com o aparelho, porque ele formatou e retirou o chip. Tudo isso segundo versão de um dos envolvidos”, disse o delegado Cláudio Messias Alves.
A mãe de Alex afirmou que ele nunca se envolveu com drogas ou teve problemas com a polícia. Apesar de não ter falado com o filho antes do sumiço, ela acredita que ele tenha encontrado o celular no depósito de bebidas, e não furtado o aparelho.
Além de esclarecer a motivação, a polícia busca identificar a participação de cada um dos suspeitos no crime.
Evilene Pereira dos Santos é mãe de Alex Gabriel Santos
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